sábado, 31 de dezembro de 2011

Capítulo 4 ( Parte 10)

Chegam em Paquetá, parecia mais um pequeno povoado, tranqüilo, pacato, mais a praia era linda, Luan marca com seu André o horário de volta e parte sem rumo com Vanessa.

 
- Aonde quer ir primeiro? – Luan caminha de frente pra ela sorrindo.


- Vamos caminhar um pouco pela praia e você vai me contar como teve essa idéia de me trazer até aqui.


- E você vai me contar como despistou sua mãe e chegou até aqui. – impõe a troca.


- Fechado.


Tiram as sandálias, e ocupam uma das mãos, já que a outra permanecia unindo-os.


- Primeiro você, como enganou a Mari? – diz curioso.


- A essa hora eu estou limpando meu apartamento, porque um cano estourou como no apartamento da Nanny lembra? E eu tive que sair as preças de lá. – ela ria da cara de Luan.


- Copiou a idéia não foi? 


- ótima idéia por sinal, pelo menos até agora deu certo. Mais agora é a sua vez vai...porque Paquetá?


- Porque a Carolina lembra muito você, menina de praia, meiga, e travessa.


- Travessa eu? – diz com cara de inocente.


- Travessa e tão menina quanto mulher, lembra que a Carolina da história era uma menina? – ela faz que sim com a cabeça – de tranças assim como você está hoje, a diferença é que ela tem cabelos escuros, por isso o nome a moreninha, mais sabe o que mais me chamou atenção? O que ela fez no seu primeiro encontro com Augusto, lembra?


- Claro que sei! Derramou café sobre ele. – ela ri como se imaginasse a cena.


- E isso te lembra alguma coisa? – para pegando uma concha de um leve tom rosa e a guardando no bolso.


- Sim, nós...- aperta sua mão com força.


- Mais deixa eu continuar...e lembra o que acontece depois?


- Ah vai me contar a história é? Melhor sentarmos embaixo de uma árvore. 


- Não, vamos caminhando mesmo, mais você lembra ou não lembra? – pergunta sem paciência como se aquilo fosse realmente importante.


- Ah, faz muito tempo que li, mais tem uma confusão, a ama de Carolina bebe muito e Carolina a encontra caída no chão, e entra em desespero, todo mundo corre assustado ao ver os gritos dela. É isso?  - junta as sobrancelhas.


Luan faz que sim com um gesto sutil. – Isso mesmo e...


- Todos começam a dar diagnósticos absurdos para tentar acalmá-la e esconder que a mulher estava bêbada, afinal Carolina só tinha 15 anos.


- Mais Carolina só acredita em uma pessoa. – fita o céu enquanto vários pássaros passavam por cima de suas cabeças.


- Augusto! Sim, ele era médico, mais o que isso tem a ver com nós? – para e o faz olhar para ela, Luan fica um tempo a observando, como seu cabelo ficava mais bonito sob os raios de sol, parecia que ela era seu sol na terra, seu sol particular. - Luan? – reclama atenção.


- Você...sempre acredita em mim, sempre está comigo, me ama independentemente do que eu faço, falo, penso. Caroliana era assim.


- Verdade. – concorda, ela estava gostando da similaridade que Luan trazia e continua - Outro ponto.


Luan aponta pra um grande rochedo. – Tá vendo ali?

 
- Sim, a Gruta, e lá em cima a pedra que Carolina sempre ficava. – aponta pro alto e Luan olha em sua direção.

- Isso, e o que ela fazia lá? Lembra? – Luan ajusta o boné, algumas pessoas se aproximavam.

- Nossa...você leu o livro ontem é isso? 


Luan ri. – Não, mais você não lembra? – fala não acreditando como se fosse impossível.


- Ela cantava...Augusto sempre espiava ela cantando lá no alto. – os dois paravam admirando o local, como se estivessem assistindo a cena bem ali a sua frente.


- E isso te lembra alguma pessoa? – sorri a puxando pra perto.


- Eu? – fala em dúvida .


- Nunca ouvi voz mais linda que a sua, você realmente não valoriza isso. – mexe a cabeça em negação.


- Ah para Luan! – ele beija a ponta do seu nariz - Mais estou achando interessante isso, continua.


- Bom, mais chega uma parte que Augusto vai embora...- fala em tom triste como se ele fosse o próprio Augusto.


- Como você sempre faz...tem que voltar pra sua vida e me deixar. – o acompanha.


- Isso mesmo, Augusto volta pra Faculdade, mais marca com Carolina de sempre visitá-la nos finais de semana...


Agora começava uma continuidade, entre Luan e Vanessa.


- Mais o pai de Augusto não o deixa voltar.


Luan concorda: - E ele adoece, e quando Carolina descobre que ele fica doente quase enlouquece...


- Os pai dele procura vários médicos e não descobrem o que ele tem, e todas as tardes Carolina subia no rochedo e cantava pra Augusto voltar. Ele estava doente de amor. – Eu já estive assim – Vanessa admite.


- Isso mesmo, assim como nós ficamos enquanto estávamos separados, tem boa memória, o resto a  gente continua lá em cima – Luan aponta pra trilha que teriam que percorrer até chegar a gruta.



Tinha uma pequena escada, depois uma ponte, e o contraste do verde com as rochas era de tirar o fôlego.

 
Subiram as escadas em silêncio, viraram a direita e começaram a atravessar a ponte, a vista do mar já era magnífica.


- Está gostando? – Luan pergunta próximo ao seu ouvido lhe arrancando um beijo em seguida.

- Muito, está perfeito, quando vai parar de me surpreender hein?


- Nunca tá bom pra você?


- Perfeito! – param ao meio da ponte e ficam lá apoiados nela, enquanto várias pessoas iam e vinham os admirando e fazendo comentários ao passar, a cena era linda de se ver, os dois ali abraçados.


- Agora me conta, o que lembra sobre a gruta?


- A gruta? Nossa, isso é lá no começo do livro Luan...pelo que me lembre, a vó da Carolina, pergunta a Augusto se ele já tem um amor. É isso? – falava contra seu peito.


- E ele responde que sim, lembra da história? – acariciava seus cabelos.


- Do camafeu?


- Isso! Quando criança Augusto conheceu uma menininha na praia, lembra do nosso encontro na praia?


- Sim a terceira vez que nos vimos, como poderia esquecer?


- Lembrando que também foi numa praia certo? – Ela faz que sim com a cabeça – a menina brincava com uma concha e a perde, melhor, as ondas do mar as levam e Augusto a trás de volta, e começam uma amizade ali.


- Lembro bem dessa parte, brincaram o restante do dia juntos e a menininha pergunta a ele,: - “Sou bonita ou feia?


- Você é linda! – Luan acaricia seu rosto dizendo as falas dos personagens.


- Então quando formos grandes, vamos nos casar certo? – Vanessa ri continuando.


- Somos bons atores. – Luan admite. - mais lembra o que ela diz em seguida? 


- Ah,  ela fala de um primo, que tinha quebrado uma boneca dela, e tinha ficado extremamente chateada:  “ Os maridos não devem quebrar as bonecas de sua mulher!”


- Eu quebrei inúmeras bonecas suas. – Luan a abraça mais forte como quem pede desculpas.


- Isso já não importa mais! Porque como Carolina “ Eu quero me casar com um Senhor que vai sempre apanhar bonitas conchinhas pra mim” – ele ri lembrando a fala do livro enquanto Luan puxa a pequena concha que tinha apanhado na praia do seu bolso e a entrega.


 - Serve essa? – a entrega enquanto ela sorri e a pega guardando no bolso.


- Sim, mais e o camafeu? – Vanessa lembra – não estou muito lembrada do que acontece.


- É uma coisa que leva Augusto a ser médico lembra no início?


- Sim, sim, um Senhor passava mal numa casinha e eles vêem outras crianças chorando por estarem perdendo o pai, Augusto e a menina param pra ajudar, e o Senhor na hora da morte traça a profecia, que as duas crianças ali a sua frente iriam se casar e viver um amor.


- E o Senhor faz um casamento dos dois, abençoando desde aquele momento. – Luan conclui.

- E não tendo alianças, pois erampequenos, o Senhor pega o alfinete de Algusto, o Alfinete de Camafeu.


- Isso, e da menina, ela já sabendo que ele pediria, entrega um botão de esmeralda que trazia em sua camisa, e fizeram a troca, Augusto ficou com a esmeralda e a menina com o camafeu. – Luan aponta pra seus anéis.


- Nossas alianças? – Vanessa entende mais fala em tom de pergunta.


- Sim, não são como a esmeralda e o camafeu, mais tem o mesmo significado, nosso amor eterno.


Vanessa fica emocionada, era linda a semelhança que ele fazia dos dois com a história do livro, Luan percebe que ela estava emocionada e a abraça forte, acariciando seus cabelos. – Vamos pra gruta?


- Vamos, quer dizer, pra pedra que Carolina ficava, porque a gruta não fica lá embaixo? – Vanessa questinona.


- Isso, passaremos lá na volta, seguindo em frente então.


Caminham até o rochedo cinza, a vista era perfeita e tinham poucas pessoas ali.

 
- Foi daqui que Carolina sempre via Augusto partir e voltar de barco – Luan começava a contar a história apontando pro mar -  eu sei justamente o que ela sentiu quando viu seu amor partir e voltar de verdade pros seus braços. Foi assim que me senti quando vi você entrar por aquela porta ontem a noite, sabia que veio pra ficar, foi assim quando nos beijamos na chuva naquele dia, sabia que era você, meu certo, meu errado, meu mundo. – prucura sua mão e entrelaçam os dedos.


- Sempre foi assim Luan, e sempre vai ser. – encosta seu corpo no dele, eram como dois imãs, não queriam ficar separados, e nem podiam.


- Não tenho dúvidas disso. - E o que aconteceu aqui? Na última vez que estiveram juntos?


- Você daria um bom contador de histórias, alguém sabe desse seu dom?


- Não, nem eu sabia, mais não enrola vai, conta.


- Carolina e Augusto? – ele faz que sim – ah isso é fácil, ela não quiz casar com ele, mesmo o amando.


- Maldosa essa Carolina hein? – ele ri a abraçando e vendo alguns barcos que saiam sem rumo.


- Demais, sabia que ele amava aquela menina da praia, e não queria alguém que tinha o coração ocupado por um amor tão forte. Ela começa a falar do juramento que ele fez na cama do homem a beira da morte, porque ela tinha escutado Augusto falando sobre isso e o obriga a procurar a menina.


- E Augusto negava tudo, dizia que agora só existia Carolina.


- Teimoso igual a você...


Luan concorda e continua: -  Mais ele se desespera, ele a amava! – fala indignado.


- E ela manda ele ir embora atrás da menina do camafeu, era o certo a fazer Luan. – defendia Carolina.


- Igual quando você me mandou sumir da sua vida lá em Salvador?


- Você mereceu.


- Eu sei. – admite.


- “Então vá embora e ache a menina do camafeu, entregue-lhe a esmeralda e eu aceito casar com você.” – Vanessa falava como Carolina.


- “E lhe direi que não poderei cumprir a promessa, porque amo a outra agora.”


- E o que acontece? – Vanessa pergunta.


- Carolina entrega o camafeu a Augusto, era ela desde o início.


- Como sempre foi com a gente, sempre foi você desde o início, desde a primeira vez que esbarrei com você naquele aeroporto, nos encontramos na praia, nos separamos, mais mesmo assim sempre foi você. Não existe a real possibilidade de ter outra pessoa.


- Por isso te trouxe aqui, essa história lembra um pouco a gente, a começar pelo início, você pra mim é aquela menina travessa, de tranças, brilho nos olhos que eu tenho que proteger e sempre trazer conchas bonitas pra você. – Vanessa se afasta tirando os óculos, sabia que Luan não poderia fazer isso, mais pelo menos ele precisava a olhar, ver que o que falava era da sua alma.


- Luan...Eu não vou te pedir nada... afinal eu nunca quiz promessas entre a gente, e não vou te cobrar aquilo que você não pode me dar... Mas, quando estiver comigo, seja todo você, corpo e alma. Por favor, não me apareça pela metade. Não gosto disso, não gosto de promessas porque são sempre quebradas, mais eu preciso ouvir, promete não quebrar minhas bonecas?



Luan entende o que ela quis dizer e a abraça - Prometo. – afaga suas costas – prometo só trazer conchas bonitas pra minha menina.


A colocação de Luan não trouxe nenhuma lembrança pra Vanessa, preferia sim ele a chamando assim, soava doce, sincero. Ela era sua menina, sua Carolina, e ele seu Augusto.

Ficam ali mais um tempo admirando a paisagem, o sol estava alto, provavelmente passava do meio-dia, resolvem descer.


- Estou com sede. – Vanessa reclama.


- Sei onde vamos tomar água. – Luan sai a puxando rápido e param num túnel, mais como uma entrada, estava silencioso e não tinha ninguém.


- Mais o que é isso?- Vanessa pergunta.


- A entrada da gruta lembra? Vem vamos. – Luan a puxa e entram, estava um pouco escura, mais o brilho do sol ainda iluminava o ambiente.



– Está lembrada do que tem aqui não é?


- A fonte, olha ela ali. – aponta pra ela.


- E sabe o que acontece com quem bebe? – pergunta com brilho nos olhos.


- Ah não Luan! Você não quer...


- Vamos beber sim!


- Com as mãos?


- Claro. – ele toma a frente e bebe um pouco da água na palma das mãos.


- Você é inacreditável sabia? – imita seu gesto.


- Espero que aconteça de verdade o que diz lá no livro.  – diz tomando mais um pouco da água.


Vanessa também toma dizendo: - A única diferença é que chegamos aqui na Ilha já apaixonados.


- Verdade, mais melhor acreditar né?


- Sempre melhor, obrigada, por tudo, pela noite de ontem maravilhosa, pelo passeio hoje de manhã e por isso aqui, eu te amo, você é incrível e a pessoa que eu quero pra toda vida, não tenho mais dúvidas.


- Eu que agradeço, por me fazer ficar mais...romântico?


- Isso é uma novidade? Então nunca fez isso com ninguém? Estou lisongeada.


- O máximo que fiz foi uma canção – admite -  e isso também já tinha te dado, portanto...isso tudo é pra você, por você e só você que me fez fazer isso, porque é verdadeiro.


A beija demoradamente lá dentro da gruta que abençoou uma história de amor, mesmo por livro, e que assim como eles, abençoava vários casais que por ali passavam, na crença de sair mais apaixonados do que entraram, na Ilha dos encantos, dos sonhos e dos amores.
 
Passam o resto do dia na pequena ilha, almoçam em uma pousada, Luan estava incomodado, ele chamava atenção, afinal ninguém normal almoçava num canto reservado e permanecia de boné e óculos escuro, voltando as atenções todas para ele.- Se quiser podemos ir, não tem problema-  Vanessa estende a mão e ele a recebe compreensivo.


- Não se importa?


- De forma alguma, já tive o suficiente por hoje, obrigada. – sorri.


Ele ficava encantado com aquele sorriso, lindo que iluminava o ambiente e seu interior: - Mais não acabou por hoje, ainda tem a terceira parte.


- Ah é verdade, tinha esquecido, então vamos? – fala levantando e Luan fica, parecia que queria passar a eternidade ali com ela.


Luan olha a hora no celular, já eram quase 16h, chegariam no hotel quase 18h realmente tinham que partir. – Vamos – fala de mal grado.


Ao saírem e irem em direção a lancha, vêem uma senhora na praia, parando os casais e eles não davam atenção, Luan para e observa a mulher.


- O que foi Luan? – Vanessa para também observando a cena.


- O que ela tá oferecendo e ninguém quer? 


- Não sei, deve ser vendedora. – Vanessa não dá muita atenção.


- Mais só se interessa por casais? Vamos lá ver o que é amor? – Luan era extremamente curioso, não podia negar.


- Tem certeza? – ela mal terminava de falar e ele já havia a puxado indo em direção a Senhora.

- Luan vai devagar – pisavam com urgência a areia fofa, Luan corria porque a senhora parecia ter desistido das vendas e já ia em direção ao asfalto.


- Senhora! Senhora! Espera! – Luan gritava e a humilde velhinha vira sorridente ao ver o casal.

- Boa tarde meus jovens. – tinha a simplicidade de quem morava ali, nos olhos e no sorriso, um pano amarrado a cabeça, e vestia branco, mais já amarelo do uso.


- O que a Senhora vende aí? – Luan pergunta curioso apontando pro cesto. – vi só parando casais. – Vanessa o cutuca.


- Ah meus jovens, eu não vendo nada, eu fico aqui toda tarde observando os casais e oferecendo isso aqui. – Ela descobre o pano que tinha sobre o cesto e eles pdoem ver, um broche dourado, representando o camafeu e uma pedra verde, representando a esmeralda.


- A senhora faz igual ao livro? – Vanessa pergunta sem acreditar.


- Todas as tardes, procuro casais, os que se interessam é porque realmente se amam e levam a sério, esse ritual muitos nem ligam como vocês viram, é simbólico mais tem a natureza abençoando aqui. Vocês meus jovens, são os primeiros que vem me procuram, e vejo que tem muito amor entre os dois.


- Tem sim – Luan sorri satisfeito e Vanessa o cutuca mais uma vez. – Vamos fazer? – ele olha como quem pede permissão a Vanessa, mais era impossível esconder a vontade que ele tinha em fazer aquilo.


- Vamos, vale a pena tentar não é? – sorri e os olhos da humilde senhora brilhavam pelo seu trabalho pelo menos naquele dia não ter sido em vão.


- Mais eu quero fazer diferente pode? – Luan interrompe e as duas o fitam sem enteder.


- Como você e a jovem quiser meu filho.


- Como assim Rafael? – Vanessa não entendia.


- O rapaz tem nome de anjo? – a senhora interrompe e Luan sorri acentindo.


- E a moça como chama? – a olha com ternura.


- Vanessa, não tem nada a ver com anjo. – fala envergonhada como se seu nome não tivess eum significado como o de Luan, sim ele era seu anjo.


- Mais tem a ver com natureza, minha neta também se chama Vanessa, significa liberdade, a moça deve gostar de borboletas? – ela diz que sim – porque é o animal que representa seu nome, um ser livre, voa e sonha alto. – percebem que a senhora era muito sábia e ela continua – então meu rapaz, como quer fazer?


- Quero fazer a troca com nossos próprios objetos pode? – Vanessa o olha estranho, o que iriam oferecer, pensava e Luan entende.


- Claro que sim, o que vai ser então? – os olha com curiosidade e Vanessa não acreditava que estava fazendo aquilo.


Luan tira se anel de coco e entrega nas mãos da pequena senhora de pele branca a sua frente.


- Seu anel? – Vanessa indaga sabendo que as fãs sentiriam falta disso que já fazia parte dele.


- É seu agora. – sorri.


- E a moça o que vai oferecer? 


- Não sei, sinceramente. – Olha pra suas mãos tinha apenas o anel de compromisso, a pulseira que tinha ganho de Sorocaba, mais passa as mãos pelo cabelo e lembra que tinha colocado uma presilha em forma de borboleta, sorri ao lembrar a história da senhora, era num tom de rosa, combinando com a sua blusa e entrega nas mãos da mulher, junto com o anel de Luan, que sorria satisfeito.


- Aguardem um minuto. 


Observam a pequena senhora se afastar em direção ao mar, e molha os objetos em seguida volta. Andava devagar, já por conta da idade e a areia que não ajudava.


- Não acredito que estamos fazendo isso Luan.


- O que? Não acredita que funcione?


- Sinceramente não sei.


Calam-se ao ver a pequena mulher voltar e começar a falar.


- Ajoelhem-se de frente ao outro por favor e fechem os olhos e deem-se as mãos.


Os dois de imediato o fazem, o vento bagunçava a trança de Vanessa, e a sensação era muito boa.


- O amor é um sentimento especial, e deve ser celebrado, cuidado e preservado, conta a história de duas crianças que se apaixonaram e fizeram essa troca que fazem agora, e nem o tempo, nem a distância apagaram de dentro deles esse sentimento puro, cuidem de cada objeto como se fossem vocês próprios, estão agora com um pedaço de cada um, uma representação do grande amor que vejo. Aqui abençoados diante do mar, do sol e dessa imensidão vos entrego um pedacinho desse amor.


Dentro de um pequeno saco branco, ela entrega o anel a Vanessa, já fechado, e faz o mesmo a Luan, em um saquinho verde a parte que cabia a Vanessa.


- Vão em paz meus jovens, e que seja eterno. – A senhora como que de missão cumprida segue seu caminho a passos lentos, enquanto os dois permanecem ali, ajoelhados.


- Você acredita? – Luan pergunta em dúvida.


- Apenas que seja eterno. – ela sorri.


- Que seja eterno. – Luan repete e selam aquele momento com um beijo enquanto o sol dava adeus e o céu se encontrava num leve tom de laranja com vermelho.

CONTINUA...
Esse foi grandão amores... (2em1)
Espero que tenham gostado e não acabou...
vem muita coisa pro aí!
Sim as fotos são de verdade, esse lugar realmente existe 
É lindo não é? Fiquei com vontade de conhecer!
E recomendo pra quem não leu o Livro LEIA, a história é encantada
"A Moreninha - Joaquim Manuel de Macedo"
Anônimos se identifiquem!
Sigam lá que eu sigo de volta!
@FanficUmaHdAmor  @vanesssinhaa

Um 2012 abençoado, com muita saúde, paz, realizações e alegrias para todos nós!
Muita Luz e amor!
Paz&Bem
Postarei amanhã!
Mais para isso...vamos com alguns comentários!
23 amores!!
E me contem o que acharam desse capítulo é importante!
Recomendo lerem ouvindo a música do lado...