Anos se passaram, Luan continuava recebendo homenagens, acabava de receber a premiação da pessoa mais influente no Brasil, já havia completado 15 anos de carreira, seus filhos estavam maiores, Brenno agora com 14 anos e Carolina com 10. Vanessa, continuava linda e estava morrendo de saudades. Estava voltando da premiação, eles não puderam acompanhá-lo, Carol e Brenno tinham prova, a última para enfim tirarem férias.
Vanessa não trabalhava mais na central, com os anos os funcionários foram diminuindo, assim como os shows e o grande número de fãs, não havia necessidade de seu trabalho ali, montou seu próprio escritório de consultoria que era um dos maiores de Londrina, atendendo toda região.
- Brenno! Esse era meu último chiclete! – Carolina reclama enquanto Vanessa olha pelo retrovisor.
- Eu vou comprar mais pra você sua chata!
- Crianças! Parem de birra, daqui a pouco chegamos no aeroporto, e encontraremos o seu pai, não quero discurssões.
- Mais mamãe o Brenno...
- Sem mais Carol, comportados ok? Se não nada de final de semana no shopping com a tia Bruna. – Brenno ria satisfeito.
- Mais ainda tenho as unhas. – dá língua pro irmão.
- Nada de unhas também mocinha!
- Ok, ok! Me desculpa? – falava pro irmão, Luan e Vanessa habituaram ambos assim, sempre que discutiam, por menos que fosse o motivo, tinham de se desculpar.
- Te desculpo sua chata! – beija o rosto da irmã.
- Minha maquiagem!
Vanessa ria balançando a cabeça, Bruna tinha acostumado Carolina mal. Mais não importava, estariam dali a minutos vendo o Luan mais uma vez, depois de uma semana fora.
Nada tinha mudado, e sim se intensificado ainda mais com o tempo, seu coração batia acelerado, suas mãos suavam, as pernas vacilavam, tudo porque iria ver ele mais uma vez.
No avião Luan estalava os dedos nervoso com ele acontecia o mesmo, imaginava seu rosto, seu sorriso ao dizer que sentiu sua falta e que o amava. Pensava em tudo que aconteceu, e que era um homem de sorte em tê-la ao seu lado. Queria seu abraço, sua casa, seus filhos, e o beijo dela.
Vanessa caminhava a frente com pressa, Brenno e Carolina logo atrás riam do nervoso da mãe.
- Ele não vai fugir manhê! – Brenno ria gritando e Carol o beliscava - Ai!
Ela andava com pressa até a sala de desembarque, cabeça baixa, olhava pros pés com medo de vacilar e cair. Sente um choque e alguma coisa entrando pelo tecido de sua roupa, era frio e molhado.
- Ai me desculpe! Que desastrado eu. – parava encarando aquele homem de cabelos negros, e um corte comportado, diferente dos fios lindos espetados de anos atrás. Mais o sorriso permanecia o mesmo, ela o acompanha e também sorri.
- Luan?! – não acreditava.
- Como a primeira vez lembra? – ela faz que sim, enquanto ele acariciava seu rosto e a beijava, ambos acalmando os corações que não agüentavam mais de saudade daquilo. – eu te amo.
- Senti sua falta meu amor. Eu também te amo muito. – passa os dedos contornando sua sobrancelha, enquanto ele fechava seus olhos sentindo seu leve toque.
- Papai! – Carol cai em seus braços - trouxe prêmios pra mim?
- Oi minha princesa, está linda!
- Foi a tia Bru que me deu lá do escritório d emoda dela, gostou? – o pai diz que sim admirando sua roupa - mais e meus prêmios?
- Estão todos na mala. – ria e abraçava Brenno - em breve será seu irmão que lhe trará prêmios.
- Eu vou ter que dar pra ela? – pergunta indignado, seu pai pisca o olho e ele entende: - claro, darei sim, mais dividiremos ok? Se ganhar dois, é um meu e um seu!
- Jura Vinícius? – seus olhos brilhavam.
- Claro bobinha! Eu vou ser igual ao pai! – falava orgulhoso enchenco Luan de orgulho também!
- Então, estão todos prontos pra viagem? – Luan perguntava eufórico tirando as passagens da mala e entregando a cada um.
- Você guardou surpresa até hoje! – Vanessa reclama tocando seu nariz.
- Cancún? – Carolina grita - é isso mesmo pai? – abraça Brenno, ele adorava praia e ela pensava em comprar roupas por lá.
- Cancún, o lugar preferido da sua mãe, nunca a levei lá, já viajamos pra tantos lugares, e agora que estão crescidos, chegou a vez de irmos até lá.
- Luan, eu amei a surpresa meu amor! – o abraça.
- Eu prometi nunca deixar de te surpreender lembra?
- Como se fosse hoje. – ri.
- Espera, embarcamos a noite? – Brenno fica surpreso e sua mãe tanto quanto ele.
- Estamos de férias não é mesmo? Passaremos quize dias lá e depois iremos pros EUA, onde encontraremos o Tio Richard, a Tia Iara e..
- E a Marie - Carol zomba - não é Brenno? – ri maliciosa.
- É, vai ser legal. – fala envergonhado.
Vanessa e Luan achavam lindo o filho estar descobrindo as alegrias do primeiro amor. – Bom, então é melhor irmos arrumar as malas, temos uma viagem...- Vanessa saía puxando o marido e os filhos acompanhavam.
. . .
- Está gostando? – Luan perguntava enquanto caminhava ao pôr do sol na beira da praia, segurando sua mão.
- Perfeito meu amor, obrigada pelos melhores anos da minha vida.
- Temos a eternidade não é mesmo? É muito mais tempo do que o pra sempre.
- A eternidade. – repete.
O sol num tom laranja avermelhado iluminava os fios de cabelos dela, lindamente bagunçados pelo vento, ele a beija, a chamando para perto com uma das mãos e a tomando pelo pescoço. Param e ficam um tempo ali, apoiados um no outro.
- Eu te amo. – Luan sussurra.
- Eu te amo, e hoje posso dizer com certeza, que tudo valeu a pena.
Um grito os distraem, a frente deles Carolina corria, fugindo de uma alga marinha que Brenno segurava em um pedaço de madeira, ele ria do desespero da irmã, a joga ao mar e corre atrás dela a abraçando em seguida.
Luan ri e olha pra Vanessa ao seu lado, que fitava seus filhos com emoção.
- O que está pensando?
- Eu nunca me imaginei numa cena dessas, e percebo agora que sou a pessoa mais feliz e realizada do planeta. Obrigada, obrigada, obrigada por me proporcionar isso.
Ele vira de frente para ela, as crianças continuam correndo e se divertindo, acaricia seu rosto, enquanto ela fecha os olhos, aproveitando aquela sensação, aproxima seus lábios dos dela e a beija demoradamente, ela permanecia d eolhos fechados.
Ao abrir vê ele a olhando, ela sorri ele acompanha, o sorriso mais lindo do mundo, o tempo não tinha modificado em nada: - E eu quero ver você quando abrir os olhos novamente...
- Temos o nosso pra sempre que é eterno pra você fazer isso. – sorri e ela o acompanha de mãos dadas, enquanto o sol dava adeus ao seu lado, andavam olhando o futuro, olhando os frutos daquele amor, que parecia impossível, mais venceu as dificuldades, e o que aconteceu de ruim? Tomaram o mesmo destino das marcas dos seus pés na areia que eram levadas pelas ondas do mar de Cancún.