Capítulo 4 ( Parte 44)

 

Queria ter lhe conhecido antes, muito antes...
Para que nenhum de nós dois tivesse medos ou cicatrizes...
Queria ter estado com você quando seu coração descobriu o que era AMOR...
E juntos poder ter aprendido as lições da vida e do coração...
Pena termos nos encontrado só agora, já com o coração viciado em outros amores... Com uma imagem meio falsa do que é felicidade....

 

Vanessa observava o mar e lembrava dessas palavras que tinha lido no mesmo livro que folheava logo cedo. Imaginava como seria ter conhecido o Luan antes, antes de tudo, da fama, do dinheiro, será que ele seria o mesmo? Será que tudo seria diferente? Ou se ele não tivesse conquistado tudo aquilo, mesmo assim teriam se conhecido? Observa ao longe e vê a imagem de um casal de apaixonados caindo ao mar, rindo, se molhando e brincando na areia desenhando seus nomes.  Era a lembrança dos dois na última vez que estiveram ali.

 

Acaricia sua barriga com uma mão enquanto enxuga as lágrimas com outra. – Desculpa bebê, estava lembrando do seu pai, estivemos juntos aqui da última vez. Tá, eu prometo não mais chorar, a mamãe não vai mais ficar triste, por você. – Falava com a criança e pensava se ela era capaz de entender. – A mamãe precisa resolver a vida dela, saber o que fazer primeiro, logo vamos voltar pra nossa casa. – para e pensa um pouco -  eu sei, eu também não queria ir embora da casa da vovó, mais você vai amar a casa da mamãe, conhecer a tia Nanny, e quando estiver grande voltaremos aqui, juntinhos, você vai brincar na areia, correr, molhar or pés na água morninha do mar e eu vou estar com você. – pensa que Luan não estaria com elas e mais uma lágrima cai. – Não quero que fique triste, você vai conhecer seu pai, mais vamos viver longe certo? Ele trabalha muito e...não sei como vai ser, tenho muito medo – pensa -  não, ele vai gostar de você, eu espero, mais só seremos eu e você, sempre certo? Quando você estiver bem grandinha vai entender melhor. – pensa nos pais de Luan, que saberiam primeiro do que ele – você tem uma tia linda, não é como a tia Iara, Nanny e Paula,. – a inclui no meio – nem como o tio Richard,  é a irmã do seu pai, a tia Bruna, ela é linda e vai te adorar muito, também tem seus avós, o vovô Amarildo e a vovó Marizete. – Eu sei, deve estar se perguntando se falta mais alguém, falta sim, o pai da mamãe, ele está lá em cima – olha pro céu – cuidando de nós, e com certeza te amando muito, ele adoraria você, e vou tentar fazer tudo que ele faria junto com a gente, te levar pra acampar, ensinar a tocar violão, ver o pôr do sol, contar estrelas deitada na grama. – Não achava loucura falar com a criança, do contrário a fazia bem, a fazia mais forte, e de alguma forma no seu interior acreditava que ela entendia tudo aquilo.

 

Luan só observava, dá dois passos a frente, mais vê Vanessa levantando e caminhando molhando os pés na areia – recua – não teria coragem, não conseguiria se aproximar, era covarde demais pra enfrentá-la. Mais não podia perder essa oportunidade, não sabia se conseguiria falar com ela outro dia. Mais não estava preparado, como a abordaria? – Oi Vanessa, preciso falar com você, quero perdir desculpas por ter beijado a Denise. – simples assim? Não, não estava preparado e  resolve voltar até o carro. Mais era impossível controlar o desejo de ficar ali,  para e fica observando ela mais um pouco.

 

Vanessa começa a sentir fome, caminhava molhando os pés, a sensação era de paz, tranqüilidade, só ela e o seu bebê, sem  pressão e toda aquela preocupação, sentia-se livre. – Você tá com fome não é? – toca a barriga – o César disse pra nos alimentarmos bem, então – olha o relógio – já tá na hora de voltar pra casa da vovó – ri – eu sei, é cedo, eu também queria ficar mais um pouco, só que nós duas temos que comer ok? Vamos fazer tudo que o Tio César falou, prometo virmos aqui de novo antes de irmos embora.

 

Luan percebe que ela vinha em sua direção, mais caminhava de cabeça baixa não o via, ele tira o chinelo e começa a correr rápido demais. Vanessa se assusta, por instinto coloca a mão na barriga, como pra proteger seu filho, e vê aquele vulto, um homem? Começa a caminhar rápido demais até a casa onde estava seu carro, tinha medo e queria sair dali.

 

- Paula, vamos! Rápido. – diz com a voz ofegante entrando no carro.

 

- O que foi Luan? E aí? Conversaram?

 

- Ela vai nos ver , vamos liga logo o carro e vamos voltar.

 

Paula vê que ele estava nervoso demais, liga o carro e saem fazendo um barulho alto de pneus “cantando”. Vanessa observa longe aquele carro sair, o que estava acontecendo? Olha e vê seu carro do mesmo jeito, parecia normal, não tinham mexido, pega suas sandálias e entra no carro rápido, estava assustada, mais aquele carro parecia familiar, e quem dirigia era uma mulher, acompanhada da mesma pessoa de camisa azul e boné que viu correr na praia, quem seria? Na duvida o melhor era voltar.

 

- Luan, então você não falou com ela? EU NÃO ACREDITO NISSO! – Falava irritada dentro do quarto. – Essa era a chance e você a desperdiçou!

 

- Eu não estava preparado. – dizia sentado na cama com as mãos na cabeça ainda cansado. – eu sei, fui covarde, mais não posso chegar junto dela sem mais nem menos, eu não saberia o que dizer, preciso me preparar.

 

- Te garanto uma coisa, não vai mais ter chance como essa. – adverte – e sinceramente, não sei como vamos fazer agora.

 

- Tá, tudo bem, tentamos, vamos esperar. Quem sabe o destino não ajuda. – fala sorrindo de canto.

 

- Não acredito em destinos, mais ok. Qualquer coisa entro em contato. – diz saindo, tão frustrada quanto Luan.

 

Vanessa chegou em casa rápido demais, o que a mãe estranhou, ela parecia mais leve e serena, só que perceberam que algo a preocupava também, pelo que viu na praia, mais não comentou com eles, pois duvidava que deixariam ela voltar lá sozinha,  tratou de ocupar seus pensamentos. Ligou pra Iara pra saber se teria alguma idéia de irem a algum lugar, queria sair. 

 

- Eu tinha marcado com o Richard de irmos até o clube de. – para.

 

- Que clube Iara? – pergunta – Iara? Não me diga que é até o Clube de Motos?

 

- Você não pode pilotar. – adverte.

 

- Vão me impedir de olhar também? – fala eufórica Iara sabia da sua paixão por motos.

 

- Ok. Vamos pela manhã então, eu, você a Paula e o Richard, mais você só nos bastidores certo?

 

- Tá bom. – aceita decepcionada. – fazer o que né?

 

Paula ouvia tudo, mais uma oportunidade, Luan poderia se passar tranquilamente por um dos motoqueiros que lá estariam. E já que Vanessa não andaria nas motos, só os outros, tecnicamente estaria sozinha.

 

- Você disse logo cedo que deixaria nas mãos do destino não foi? – Pergunta pelo telefone.

 

- Eu acredito nisso. – ri.

 

- Você tem muita sorte. Amanhã, no Clube de Motos ás nove ok?

 

- Mentira? Ela vai estar sozinha? – não acreditava.

 

- Tecnicamente sim, vamos todos, mais aí você vai ter que se virar pra chegar até lá, não posso te levar.

 

- Você me dá o endereço, eu dou um jeito. – fala eufórico.

 

- OK. Ensaia direito o que vai dizer, pra não amarelar amanhã, a sorte não bate na porta duas vezes.

 

- Mais se for o destino. – ri enquanto Paula desligava.

 

Amanhã, teria que ser amanhã, começa a pensar como chegaria nela, pelo que Paula falou, estaria sozinha, seria fácil, mais como falar, como dizer o que aconteceu? Teria explicação? Teria perdão? Confuso deita na cama, ninguém ligou pra saber como estava, nem seus pais, nem sua irmã, seus amigos, ou o pessoal do trabalho. Estava sozinho, e teria que sozinho, apenas com a ajuda de Paula, resolver essa situação. Era difícil e começava a ensaiar suas palavras mentalmente, teria que ter cautela, não seria como na afzenda, o que aconteceu não foi um engano, mais sim se concretizou de fato, não tinha nenhuma esprança dela perdoá-lo mais precisava tentar.

 

CONTINUA...

Amores! Ando meio esquecida, e agora com a rotina a tona já imaginam!

Bom deixa eu dividir aqui com vocês umas coisas!!

1° Quero agradecer a Edilaine ( Nanny) mais uma vez por não só ser parceira aqui na #Fic como sabem ela me apoiou desde o início, mais ela fez o feito de ligar pra Central de Fãs falar com o Arnaldo ( que admiro MUITO pela pessoa extraordinária que é e pela atenção que tem conosco) e falar da #Fic, ele seguiu o Twitter @FanficUmaHdAmor e disse que vai ler. ( Bom, não sei se isso vai ser possível, mais só de pensar na possibilidade já é uma recompensa incrível e espero que se concretize de verdade). IMENSAMENTE FELIZ POR ISSO.

2° Minha Twiticam não rolou...mais vou fazer agora o que eu pretendia lá. QUERO AGRADECER A VOCÊS PELOS MAIS DE 100 MIL ACESSOS AO BLOG. De fato nunca vi isso em outras Fanfic's, e nunca pensei de chegar a esse ponto. Juro. Mais a vocês que acreditaram, que se identificaram com a história, choraram, riram, esperaram os Post's e aturaram minhas palavras até hoje. MEU MUITO OBRIGADA. 

Vejo muitas pessoas dizerem aqui que em momentos tristes vinham aqui, liam e se sentiam bem melhor, outras aprenderam com os personagens, mudaram a forma de ver o Luan e enfim, muitos depoimentos lindos que já li aqui. Mais acreditem, se tem uma pessoa que mudou, que aprendeu e que se conheceu, melhor SE ACHOU fui eu. Nunca pensei ser capaz de escrever algo desse tipo, mesmo sendo do Luan não deixa de ser uma história, temos aqui mais de 180 capítulos, nunca pensei passar do 10° e olha onde estamos? Por incrível que pareça, mesmo trabalhando o dia todo, estudando a noite e escrevendo a #Fic, meu rendimento na Faculdade esse último ano foi meu melhor nesses 3 anos. De alguma forma me desafiei, escrevia aqui, e do outro lado cálculava minhas "continhas" no caderno. Percebi que mesmo me chamando de louca (minha mãe dizendo que isso era bobagem, que não serviria pra nada escrever isso) eu digo que foi muito importante, e concretizei mais uma vez que quando você faz algo com dedicação e porque gosta alcançamos a excelência facilmente. Obrigada pelos comentários,  e por me desafiar a cada capítulo, desde já digo que sentirei muita falta disso aqui. Meu segundo mundo...

Paz&Bem