domingo, 5 de fevereiro de 2012

Capítulo 4 ( Parte 48)


Vanessa andou até o carro, mais não quis demonstrar fragilidade, mesmo com o corpo todo dolorido demonstrou-se forte, negando a ajuda de Richard até lá, agradeceu a Paula pela conversa o que a surpreendeu, a fazendo questionar se suas palavras tinham causado algum efeito sobre ela, chegou em casa e quis ficar no seu quarto, o que fez Maria tirar as coisas de Richard que o ocupava deixando-o livre pra ela. 

 

Vanessa precisava do seu cantinho, pensar em algumas coisas, e ali lhe traziam várias lembranças de Luan, se estivesse certa e no fundo não tinha dúvidas disso, foi ali onde se amaram e nasceu aquele bebê que ela carregava. Mais do contrário do queiria fazer, em pensar sobre tudo o que aconteceu,  adormeceu, tendo vários sonhos coloridos, em tons fortes.

 

Richard seguiu pra casa de Iara, ainda em dúvida porque não sabia se o que tinham era realmente sério, ainda era cedo, mais queria conhecer a família dela, o que Mari deu total apoio, dizendo que ficaria bem com Vanessa, e se precisasse ligaria. Afinal ela estava dormindo.

 

Começava a anoitecer, Richard ligou dizendo que ficaria até mais tarde, traquilizou a todos ao saber que Vanessa ainda dormia.  - Uma explicação?  - Mari respondia sua pergunta se era normal dormir por tanto tempo – Gravidas. Demonstrando total normalidade arrancou risadas de todos que aguardavam notícias, que foram silenciadas ao desligarem os telefones e a campainha da sua casa tocar, só podia ser ele.

 

Ao abrir o portão, viu um homem frágil, triste, com olheiras e que parecia ter chorado muito. Essa era a imagem de Luan, vestia roupas em tons escuros, provavelmente demonstrando seu estado de espírito. Mari o recebeu com um abraço, era o mínimo que podia fazer por ele.

 

- E ela como está? – pergunta com a voz rouca.

 

- Dormindo lá em cima. – aponta indicando o local. – desde que chegou ela dorme, deve estar cansada, mulheres grávidas tem disso no início da gestação. -  explicava.

 

- Não foi uma boa hora não é mesmo? Melhor eu voltar. – recuava, não era forte o suficiente.

 

- Não, essa é melhor hora, o Richard não está, só eu ela e a Maria, você pode subir, conhece o caminho, está no seu quarto. – apontava escada acima. Mari queria que eles resolvessem logo isso, pelo bem da criança, pensava talvez que Vanessa estivesse mais maleável com tudo que aconteceu.

 

Luan pensa um pouco, mal podia acreditar que aquela era a Mari de antes, mais sabia que de alguma forma aquela criança transformou a todos, e esperava que a Vanessa também. – Eu posso mesmo?

 

- Claro, a porta está aberta e se conheço bem essa fase, ela vai demorar a acordar. – ri. – Boa sorte.

 

Luan sobe as escadas devagar, seu cuidado começava a partir dali, seus olhos vão logo em direção aquela porta que tanto conhecia, mais aquele corredor estreito que lhe traziam tantas lembranças fazia com que um filme passasse por sua cabeça, a primeira vez que esteve ali, como se conheceram, o tempo que estavam separados, como fez para conquistá-la novamente, e o que levou a ele estar ali, agora parado em frente aquela porta, pra pedir perdão a mulher que ama e que esperava um filho seu. – põe a mão na parede em sinal de apoio – Você consegue Luan, chegou até aqui, não desiste, pelo teu filho... Um filho? – pensava passando as mãos pelos cabelos -  a palavra soava tão doce, ser pai mais ainda, lembra das várias discurssões que teve com Vanessa, sobre o nome do bebê, seria um menino ou menina? Gêmeos talvez? A idéia era maravilhosa, se imaginava segurando aquela pequena vidinha em seus braços, o queria, queria fazer parte dessa vida, cuidar, orientar segurar na mão e  ajudar a dar seu primeiro passo, e foi isso que lhe deu força e coragem pra abrir aquela porta, devagar, pisando no chão com cuidado.

 

Lá estava ela, dormia com uma das mãos na barriga – Tão linda – Luan pensava – os cabelos soltos caiam-lhe sobre o corpo dando uma feição levemente angelical, mais mesmo assim aparentava estar cansada, ele observa sua perna enfaixada, e o braço também, a blusa levantada evidenciava uma mancha rocha em suas costas – isso causa angústia em Luan – mais ao tempo que olha isso, vê também sua barriga quase como era antes, mais parecia que já tomava uma leve forma mais arredondada, ali, bem ali estava seu filho, parte sua, parte dela, com seu sangue, bem cuidado dentro da mulher que ama.

 

 Fica emocionado e leva uma das mãos até o rosto para conter uma lágrima -  a janela estava aberta, a mesma janela que a lua espiava os dois naquela noite, na noite em que aquele bebê foi gerado, mais ela – a lua – não estava ali hoje, um pancada de vento entra pelo quarto causando arrepios em Vanessa, Luan é rápido e a fecha, a janela faz um pouco de barulho, o que acaba a despertando.

 

Ela desperta serena, tranqüila, tentando entender a imagem que se formava a sua frente, coça o olho, e entende que era ele.

 

- Desculpe, não queria te acordar. – se explica, mais não sai de onde estava, permanecia a sua frente.

 

- Já estava na hora, dormi demais -  tenta se sentar mais geme de dor, Luan num movimento rápido chega perto, assustado tenta ajudá-la.

 

- Eu te ajudo – ela morde o lábio abafando a dor enquanto sentia o toque das mãos quentes de Luan sobre seu corpo e percebe em sua mão que ele usava a aliança dos dois, não luta contra, precisava de ajuda, ele acomoda um travesseiro ao qual ela encosta-se nele e senta de frente pra ela.

 

- Obrigada. – agradece com educação.

 

- Não precisa ser educada -  Luan percebe – eu estou aqui pra ouvir tudo que mereço. – mexe nas mãos -  desculpe por invadir sua casa, mais eu precisava...

 

- Eu sei que precisamos conversar Luan -  falava tranqüila -  já esperava por isso.

 

- Vanessa, eu sei que me desculpar não adianta em nada – ela o olhava fixamente – mais não quero que fique chateada com a Paula, ela foi a única que me ajudou, e a sua mãe também que permitiu minha entrada, todos inclusive minha família estão contra mim...

 

- Luan – ela o interrompe, ele não gostava de a ver assim, fria daquela forma, o tratando com desprezo -  eu não quero falar nisso, não agora. – ele não entende – aconteceu muita coisa hoje, foram muitas emoções e quero dizer que vamos sim ter essa conversa, agora não sou só eu e você, tem alguém aqui  que muda tudo – aponta pra barriga.

 

 Luan não resiste e pergunta: - Eu, posso tocar sua barriga? Por favor? – quase suplica.

 

Vanessa se assusta com isso, pensa um pouco e Luan é paciente, espera sua resposta: - pode.

 

Ele se aproxima com cuidado, levanta a sua blusa e passa a mão de leve em seu ventre, parecia que acalentava a criança, Vanessa fecha os olhos e uma lágrima cai deles, ele não percebe, abaixa a cabeça e beija sua barriga sussurrando: - meu filho, que bom que está bem – dando uma leve risada. – olha pra Vanessa e vê que ela estava emocionada -  obrigado, por isso, sei que não mereço, mais...

 

Fala pausadamente: - Não..precisa..me agradecer. – limpa o rosto.

 

- Eu tive tanto medo, quando soube daquela maneira, de perder nosso filho -  ela estremesse ao ouvir ele falar assim - Porque não ia me contar? – não resiste  e pergunta, ela faz cara de susto ao ouvir aquilo -  a sua mãe me contou. – admite.

 

- Eu...eu... tenho meus motivos. – não sabia como contar na verdade.

 

- Produção independente? – questiona -  pelo que me lembre disso, é quando o pai não quer o bebê, ou não sabe da sua existência, e garanto que comigo não é assim. Eu quero – fala imperativo, seu tom a assusta. – Vanessa mesmo que não me perdoe, mesmo que não fique mais comigo, mesmo que você diga que não me ama mais, que eu fui um canalha, um cafageste que eu não te mereço, o que não deixa de ser verdade tudo que eu  disse agora mais EU NÃO QUERO FICAR LONGE DESSA CRIANÇA. Quero cuidar, quero ser chamado de pai, segurar sua mão enquanto dá os primeiros passos, botar no colo e encher de beijos, cantar pra ela dormir, dar papinha na boca, fazer ela rir, portanto por favor, não me prive disso.

 

- Olha Luan, eu preciso de um tempo, aconteceu muitas coisas e...

 

- Me desculpe, mais não posso esperar mais, eu sou o pai Vanessa, não pode negar isso!

 

- Entenda! – fala no mesmo tom de desespero de Luan - É tudo muito novo pra mim, eu não esperava que isso acontecesse, foi uma surpresa e...

 

Ele a interrompe: - Pra mim também não foi diferente, mais foi lindo, e muda tudo. Aconteceu, bem aqui – aponta pro quarto -  onde estamos agora, você não viu, mais a lua foi testemunha disso tudo, e ela nos espiava naquela noite, quem sabe já advinhava o que estava por vir, esse bebê, pra mudar nossas vidas?

 

- Deveriamos ter tomado as precauções, mais não, deixamos acontecer e... seria menos doloroso com uma criança em jogo. – fala em tom de rompimento.

 

- Não diz assim, por favor...

 

- É a verdade Luan, apenas isso. Mais prometo quando voltar no Rio conversarmos melhor...

 

- Não, eu digo e repito, não espero nem mais um minuto, no máximo, até amanhã, eu larguei tudo e vim pra isso...aí podemos conversar de tudo, do bebê, e do...bom...

 

- Ok, ok.  – Vanessa entende que ele falava do beijo - Melhor acabar logo com isso, amanhã então. – decide.

 

- Onde? – pergunta.

 

- Na praia.

 

- Aquela praia? – refere-se a Itamaracá.

 

- Isso, estarei aguardando lá, bem cedo.

 

- Mais poderá dirigir, e o bebê, você não tá bem... – Fala preocupado.

 

- Eu estarei melhor, fisicamente e psicologicamente, pronta pra decidir o que sera de mim, você e o bebê. – Luan a olha com medo, parecia que já sabia o que ela tinha decidido.

 

- Ok, amanhã ás nove?

 

- Ás nove. – concorda.

 

Luan levanta pra ir embora e percebe que a aliança dela estava ao lado da cama, sorri, talvez houvesse alguma esperança, tira a sua enquanto Vanessa observava e coloca ao lado da dela -  Amanhã leve-as também, já que vamos decidir tudo, também decidiremos o que fazer com elas. – vira-se até a porta -  só mais uma coisa -  volta e toca mais uma vez sua barriga, acariciando com os dedos, dessa vez demoradamente ela fica imóvel, a sensação era tão boa de se sentir que poderia passar mil anos, mais ele para e sai sem olhar para ela outra vez.

 

Vazio. O quarto sentia falta de sua presença, ela também sentia e até o bebê que quase impercepitível parecia sentir falta do pai, tudo reclamava a presença de Luan ali, tudo. As palavras de Luan sobre o filho dos dois invadiam seu interior, planos de um futuro que pareciam tão distantes, ou quase impossíveis. E agora, pela primeira vez ela não sabia o que fazer, estava perdida, sem chão, seus planos tinham sido esmagados por Luan, só conseguia pensar em uma  necessidade extrema de ter a mão dele em sua barriga mais uma vez. 

 

CONTINUA...

Amores! Tá aí o capítulo...

Como será essa conversa? Garanto que será longa e decisiva pros dois!

Aguardem e comentem!

Paz&Bem

@FanficUmaHdAmo @_Vanesssaa_

16 comentários:

  1. tomara que eles se acertem né? mais eu tenho certeza que isso vai acontecer,
    maaaaaaaaaaaaaaais @laarihrafaella.

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  2. continuaaaaaaaaaaaaaaaaaaa Gisele Morski.

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  3. sim, eles vãão se acertar, tenho certeza!

    posta mais @paulaagaia.

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  4. aaaaaaain vanessa, não vou conseguir esperar até amanhã de tarde, tem mais um hoje né? curiosidade a mil aqui, mais eles tem que se acertar SIM,

    mais @Ls_Miamour.

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  5. Lindoo, Nossa os dois tem qe ter uma conversa serissima, sera o qe a Vanessa vai resolver, Tomara qe de tudo certo, Mas e Mas concerteza, Ansiosa pro proximo capitulo @InfinitoLoveLS

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  6. AAAAAAA que lindo o Luan acariciando a barriga dela *-* eles se amam, espero que depois dessa conversa eles se acertem e fiquem bem de novo e tudo de certo. (yn'
    Parabéns pela fic Vanessa... adorooooo.
    Beijos,
    Daiane.

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  7. Vanessa, você mais uma vez me deixou sem palavras. Acho que nem preciso dizer que me emocionei. Ainda mais ler ouvindo essas músicas e sabendo de toda a história dos dois.

    Mesmo Lua tendo errado, ele está arrependido. O que é visível. E acho que uma das piores dores é àquela do arrependimento por ter feito algo ruim à alguém.

    Vanessa tem que perceber isso e deixar - mais uma vez - o amor que ela sente por Luan falar mais alto. Não só o amor por ele, mais pelo amor que ela já sente pelo bebê. Esse bebê mesmo ainda estando na barriga dela, nos primeiros passos de sua formação, ela sente a falta do pai.

    Eles tem que conversar, Luan tem que pedir perdão. E ela tem que aceitar. Eles não podem ficar mais longe um do outro.

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  8. aain, axei lindo ele beijando a barriga dela?!

    posta mais hoje né?

    @deboraakuk

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  9. eles vão se acertar sim, mais e mais

    @gruubeer

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  10. concordo plenamente com a Yana ;)

    mais e mais.

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  11. Me sigurei pra nao chorar... Foi lindo Espero que esta conversa se resolva tudo que esta pendente entre os dois!!
    Bjs
    BrendaCaroline @Luandivo_

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  12. linnnnnnnnnnnnnnnnnndooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo.
    @nicoleebastos

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  13. AAAAAAAAAAAAAAH.. CHORANDO AQUI... QUERO MAAAAAIS VANE..
    @SomosLuanetes_

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  14. AAAAAAAAAAAAAAAAAI JESUS! Eles tem que se acertar agora, eles vão se acertar (yn)

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  15. AAAAAI essses dois cabeças duras tem que se acertar logoo

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  16. Cara, eu chorei, muito perfeito KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK @somdasuavozls

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