Capítulo 4 ( Parte 45)

Vanessa era a mais anciosa de todos, velocidade, moto e adrenalina faziam muito bem pra ela, afinal sempre freqüentou esse local, tinha umas trilhas, cheia de árvores e muitos buracos, rampas que conhecia como a palma da sua mão. Lembrava da terra vermelha, do vento sob os cabelos, da sensação de liberdade e de sua mãe e os “tios” avisando que ela não podia. Um sorriso se desfez enquanto alisava a barriga com o dedo indicador, pelo menos veria os meninos se divertirem.

 

Paula era a que mais conversava, parecia mais a vontade, talvez pelo nervoso do que estava por vir, como seria? Ele não sabia que ela estava grávida, será que era errado? E se ela passasse mal? Não se perdoaria, mais era preciso tentar.

 

- Você já sente alguma coisa aí? – Paula pergunta apontando pra sua barriga.

 

- Não sei, as vezes tenho a sensação, mais ela é muito pequena ainda, quase três meses, não sei se dá pra sentir alguma coisa, mais meu corpo e minha mente estão alertas de que aqui dentro tem uma vida linda. – acaricia.

 

- Você acha que é menina? – continua o interrogatório.

 

- Porque? – não entendia.

 

- Ah, você se referiu a “ela” o tempo todo. – Paula justifica.

 

- Ah não, é só a questão da palavra criança, levo pro feminino, mais seja o que Deus quiser, menino ou menina, que venha saudável!

 

Iara e Richard mal prestavam atenção a conversa delas, algo entre os dois estava crescendo, graças a cupido Vanessa, eles se olhavam diferente, como se tivessem uma linguagem particular, a imagem séria de Richard se desfez em um homem bobo, que ria por tudo. – Amor – Vanessa pensava,e  Paula entendia o seu raciocínio.

 

- Mais eles sempre partem não é? Ele vai ter que ir embora.

 

- Mais nada impede de viverem isso, basta não quebrarem promessas e confiança. A distância é pequena em relação a isso. – repetia lembrando como driblava isso com Luan. Vanessa ainda se sentia desconfortável com Paula, não era a mesma coisa, mais estavam “tentando”.

 

- Chegamos! – Iara para na entrada do Clube, era enorme, parecia mais uma reserva, parque ambiental ou coisa do tipo, só viam muito verde, barulho dos motores e a terra vermelha.

 

- Ai não acredito que não vou poder andar. – Vanessa reclama. – to sentindo adrenalina nas evias aqui. – aponta pro braço.

 

- Você não poderá pelo menos nos próximos meses, não vamos deixar você fazer mal pra nossaafilhada, ou afilhado. – Iara diz imperativa, parecia sua mãe.

 

- Mais o Richard vai correr muito por mim, acredito nisso. – zomba.

 

Ele faz cara de medo. – Não sei.

 

- Rá, tá com medo gringo? – Paula ri junto com os outros.

 

- Não gosto muito de motos mais vamos ver quem chega primeiro. – desafia.

 

Paula olhava o relógio, porque Luan não tinha chegado ainda - Será que se perdeu? Ele ficou de ligar, já era pra estar aqui. – Caminham até uns provadores, onde colocariam os equipamentos de proteção, joelheira, cotoveleira, luvas e capacete. Já estavam de tênis e o guia mostrava as motos e explicava que tinha quatro trilhas, mais todas levariam ao mesmo local, tinha uma pequena queda D’água, a qual Vanessa lembrava bem. Ouviam atentos as instruções principalmente Richard.

 

Luan estava no hotel, nervoso, andando de um lado a outro pensando em como e o que fazer, Wellington ficou de chamar ele quando o carro estivesse pronto, segurava um papel com todas as coordenadas que Paula tinha dado, era fácil, não tinha como se perderem.

 

Ensaiou cada palavra, cada gesto e passava tudo mentalmente quando a porta se destranca e o seu segurança aparece, era hora de ir, se auto deseja boa sorte, e sabia que no fundo mesmo parecendo estar sozinho, todos tinham esperança, e que ele estava visivelmente arrependido, agora caberia a Vanessa enchergar isso.O caminho estava molhado, tinha chovido logo cedo, O motorista que os levavam de carro dirigia com cuidado, o silêncio reinava. 

 

No Clube, motores roncavam enquanto as veias de Vanessa pulsavam de vontade de estar numa das motos, os garotos tinham reclamado do barro vermelho em que a areia se transformava por conta da chuva que caiu logo cedo, o que aumentava a adrenalina. Quando dão partida pela mesma trilha, Iara e Richard saem na frente, Paula fica pois seu celular tocava, era Luan, mandando uma mensagem que estava a caminho, o guarda no bolso e olha fixamente pra Vanessa sorrindo, ela estranha sua forma de sorrir, parecia que estava advinhando algo, mais retribui, deseja boa sorte e ela dá partida sumindo rápido demais tentando acompanhar os outros, a moto derrapava o pneu mais não se deixou cair, e naquela velocidade logo alcançaria os pombinhos.

 

- É bebê, sou só eu e você agora. – alisa a barriga sentando em um dos bancos – a mamãe queria tanto ir – observa mais pessoas chegando e indo em direção as motos.

 

Já tinham se passado alguns minutos, Vanessa estava entediada, queria estar com sua turma, não faria estravagâncias, iria com calma, devagar demais quase parando se possível, queria ver a queda D’água no final da trilha, sentir aquela paz. – Porque não? – Pensava mordendo errado – temos quatro trilhas diferentes, eu vou devagar, posso ir em uma das outras três e encontrar eles lá, já vou estar mesmo, não adiantará brigas. Não Vanessa é errado, lembra o que o médico falou. – entrava em conflitos -  Você não se importa né bebê? A mamãe vai ter cuidado, juro, iremos devagar. – Levanta e vai até o guia que lhe daria as instruções, só por regras, mais já sabia de tudo. Sorria eufórica, era bom quebrar as regras vez em quando.

 

- Chegamos. – o motorista avisa atencioso. – vamos parar aqui, pra fazer o pagamento antes de entrar.

 

Luan não espera, desce rápido do carro dizendo a Wellington que pagasse mais é barrado na entrada.

 

- Pagar primeiro rapaz. – o segurança o impede. – regras são regras.

 

- Eu tenho pressa, tem alguém me esperando lá dentro, o meu segurança particular vai resolver tudo. – dizia nervoso.

 

- Que engraçado – zomba – eu não estou com nem um pouco de pressa, só com a entrada. – indica o caminho de volta a Luan.

 

Luan perde a paciência, tira o boné e o óculos ajeitando o cabelo, o homem a sua frente faz cara de espanto: - Dá pra me liberar?

 

- Luan Santana? – ele acente -  porque não me disse antes, claro, pode entrar. – abre um dos portões meio sem graça.

 

Não gostava de fazer uso da sua imagem, queria ser normal como todo mundo, mais nesse caso precisou usar disso, e ao entrar correndo, ainda consegue vê ela entrando numa parte reservada do Clube para se equipar dos aparelhos de segurança. Impossível não reconhecer aqueles cabelos loiros a dançarem com o vento.

 

Pede informação aonde conseguir uma moto, e o mesmo guia o direciona até onde Vanessa estava, mais ela já vinha saindo e ia em direção as motos, estava sozinha, corre, coloca as pressas os acessórios de proteção mais Vanessa já não estava mais, tinha saído com sua moto.

 

- Droga! – dirige-se até o guia – cara, onde aquela garota – tosse – bonita do cabelão – desenha com as mãos as formas de Vanessa percebendo que o cara entendia de quem ele falava – sabe dizer que trilha ela seguiu?

 

 - A loira? – olha pelos cantos -  aquela gostosa que saiu agorinha?

 

- É, aquela gostosa. – Luan fala entredentes.

 

- Ela seguiu a trilha dois, e espero que a acompanhe. – pisca o olho.

 

Luan não pensa duas vezes liga a moto e sai em disparada, escorrega no começo tinha pressa. Corria, escorregava, a moto fazia barulho, não estava com muita prática, fazia tempos que não pilotava uma moto e temia cair.

 

Vanessa andava devagar tinha cuidado, quando o terreno ficava plano ela acelerava um pouco o punho, sentia o vento batendo no rosto e a sensação era perfeita, liberdade e paz.  – Correr só mais um pouquinho não vai fazer mal não é? – conversa sozinha e acelera a moto rindo do barulho. Corria, desviava alguns buracos, saltava parecia tranqüila, tinha o domínio da situação, e com a prática que tinha nada aconteceria, mais até os melhores tropeçam e caem.

 

Ela não de dá conta de um buraco que tinha a sua frente, se assusta, tenta desviar e perde o controle da moto caindo ao chão. Batendo as costas em uma pedra. Susto, e vários pontinhos pretos em sua visão. Dor.  Ouve um barulho fora do comum, vinha  alguém poderia ajudá-la. Tenta levantar pra parar a pessoa mais não consegue, a moto estava sob sua perna. Ela ficou no chão esperando, a moto para e a pessoa desce rápido demais, tira o capacete correndo em sua direção enquanto ela o olhava assustada.

 

CONTINUA...

Xiiiii...digo nada a vocês, Vanessa teimosa não obedeceu as ordens, Luan aparece justamente nesse momento, como ela vai reagir? E o bebê? Humm...

AGUARDEM!

Paz&Bem

(Pessoal devido a correria, vou postar esse horário certo? Que é o tempo que chego em casa e paro pra me arrumar e ir pra Faculdade, e dar uma espiadinha na Net que ninguém é de ferro beleza? Tô louca aqui porque acompanho algumas #Fic's e não tô podendo ler. 

TÁ EU ENTENDO QUANDO VOCÊS SE SENTE AGORA. hihi. Amo vocês e como sou uma chorona de fato, sequei agora lendo seus comentários, vocês me matam sabia?)

Té amanhã!