Um ano depois...

- Luan? O que você está fazendo com o Vinícius? – Vanessa gritava da cozinha.

- Nada amor! O Brenno tá bem, to cuidando direitinho dele! – ele grita de volta.

- Vocês acreditam nisso? – Vanessa olha pra sua mãe,  Bruna e Marizete .

- Não! – respondem indo até a sala.

Luan estava sentado no chão do tapete, Brenno começava a dar seus primeiros passos, já estava com um ano e dois meses, no centro estava um prato com alguma comida dentro, Luan com uma das mãos segurava o filho pela cintura, enquanto com a outra levava uma pequena colher até sua boca, Brenno fechava os olhinhos, fazendo a careta mais incrível do mundo, e ao invés de engolir, ele colocava a comida pra fora, fazendo Luan rir.

 – Quiabo?! – Vanessa pergunta se aproximando dos dois.

- Meu filho, o Brenno é pequeno demais. – Marizete reclama.

- O Vinícius não come quiabo seu idiota, ele gosta da minha papinha. – Bruna reclama.

- Primeiro vocês tem que se decidir, quando o Brenno crescer vai ficar confuso, sem saber se ele se chama Brenno ou Vinícius. – Luan levava na brincadeira.

Estavam reunidos para um almoço na fazenda em Londrina, todos viriam, Nanny, Sorocaba, Iara, Guilherme, alguns familiares e amigos de Luan e Vanessa.

- Mais ele vai gostar, né papai? – Brinca enquanto ele ri.

- Pa..papai. – batia palminhas.

- Quando ele crescer Luan. – Vanessa reclama – por enquanto, nada de quiabos, nem frango ok?

Quando menos esperam Brenno coloca as mãozinhas pequeninas e gordinhas no prato leva um quiabo a boca. Luan ri eufórico: - Eu não falei? Puxou ao pai hein garoto! – Luan abaixa e segura ele no colo.

Brenno ri, ainda pequeno era travesso, ele não comia o quiabo, apenas brincava com ele na boca, para surpresa de Luan, ele acaba ressebendo um tratamento especial no rosto, o quiabo se espalhava por toda sua pele, e Brenno ria se divertindo.: - Aí é golpe baixo hein pai? E eu pensando que você ia comer? – ele batia palmas de felicidade, aplaudindo o próprio feito, e tinha agradado porque todos riam de suas graças.

- Mais, mais! – pedia.

- Mais não, sujou o pai todo!

- Vem titia, vem que eu vou fazer aquela papinha de morango que você ama.

Brenno se deleitava nos braços de Bruna, ela sim fez jus ao nome de tia preferida.

- Morango tá vendo? – Vanessa ri.

- Mais ele ainda vai gostar do quiabo. - Ela afz uma careta, enquanto pega um pano pra Luan limpar o rosto -  ah é? Você não gosta d equiabo?

- Nem um pouco. – ele se aproxima dela – Luan não faça isso. – tarde demais, ele já a beijava, lambuzando também seu rosto.

- O que acha agora do sabor do quiabo? – ria dela se limpando.

- Ainda acho nojento – ri da cara que ele faz -  mais experimentar assim foi bem melhor do que pensei!

Todos começam a chegar, Nanny caminhava de mãos dadas em meio a fazenda com Sorocaba, estavam com Brenno no braço, e Bruna morrendo de ciúmes, porque todos queriam pegar no bebê. Passava de mãos e mãos, e o pior, ele adorava aquilo, gostava de ter atenção de todos, Iara estava sozinha, aguardava Richard, que pedia transferência e conseguia o visto pra ficar definitivamente no Brasil, Guilherme fazia planos com Luan que cobrava as aulas de Surf, ele estava acompanhado da namorada e tentava ensinar a Brenno chamar sua mãe de Lully. Paula não pode vir, foi chamada de volta a Madri a trabalho, e voltou também por amor, alguém a esperava por lá.

- Brenno, vem cá com o tio Gui, o pegava nos braços: - Olha, mamãe...

- Brenno repetia: Ma..mama..mamãe. – ria olhando a mãe orgulhosa.

- Isso garoto! Agora diz: - Mamãe Lully! 

- Lu..lu..lui..mamãe não! – reclamava.

Todos riam e Vanessa o toma nos braços: - Não vai dar certo né bebê? – Brenno batia palmas, sabia que deveria ter feito alguma graça pra todos riem.

- Papa..papai! – Pulava nos braços da mãe querendo o pai!

- Vem pro pai vem! – ele sorria, adorava ver o pai tocar violão. 

Mais em minutos estava nos braços de Amarildo, depois de Mari, e da outra avó. Seguindo depois pros braços de Anderson, Dagmar, Marla e Day.

- Vem com a tia vem! – ela o segura – vai ficar enjoado de tantos rostos. – todo mundo ri.

- Ciumenta. – Luan zoa.

- Ah eu quero pegar também! – Rober reclamava – vem com o tio vem -  tirava ele dos braços de Bruna .

- Ti..tititi..

- Isso titio Brenno. – concluía o que o agroto não conseguia.

- Porque ninguém chama ele de Vinícius! – todos riam das reclamações de Vanessa que estava sentada no colo de Luan.

- Porque é mais bonito amor. – dizia convencido.

- Bo..boíto..titio? – Brenno engolia algumas palavras enquanto apertava o nariz de Rober, era esperto demais, e prestava atenção em tudo, aprendia rápido e repetia as palavras ditas por todos.

- Tão vendo? Ele me chamou de bonito! Isso Brenno o titio Rober é lindão não é? – ria todo bobo.

- Brenno! Tá aprendendo a mentir com quem hein filho? – Luan ria enquanto Rober o fuzilava com os olhos.

- Quando vai ser o casório? – Sorocaba perguntava depois de acabar de cantar com Luan.

- Não pensamos nisso ainda..- ela responde.

- Verdade, o tempo todo com o Brenno, preocupados com ele, não paramos pra pensar nisso né amor? – Vanessa concorda. 

- Eu reclamei várias vezes, mais ninguém me ouve! Vocês precisam casar, e eu quero estar linda de madrinha no altar! – Bruna reclamava.

- Verdade filho, temos que pensar nisso, vocês precisam se firmar, não podem viver na ponte aérea, Rio, Londrina e Recife.

- O que você acha? – Luan pergunta pra Vanessa.

- Não sei, precisamos de tempo.

- Mês que vem! – diz eufórico enquanto os outros aplaudem concordando!

- Luan! Um mês?!

- Qual o problema? 

- Nenhum! – o abraça e dessa vez quem aplaude é Brenno, ele adorava ver os pais juntos.

- Temos que pensar rápido, um mês ouviram! Um mês! Padrinhos, local da festa, igreja, roupas, convidados..meu Deus é muita coisa! – Bruna adorava festas, organizar eventos na família e já começava a trabalhar nisso.

Brenno via a euforia da tia e reclamava: - Ti- tia. Buna! – estendia os bracinhos.

- Temos que pensar na sua roupa também Brenno! Você vai estar impecável! Lindão – beija seu rosto enquanto ele ria.

Brenno tinha uma mistura, de Vanessa, com Luan que o deixava perfeito. Aquela pequena criaturinha loira, de um marron chocolate incrível nos olhos, sobrancelhas grossinhas, sílios grandes e covinhas quando sorria. Era como se tivessem pego uma foto de Luan pequeno e tingissem seu cabelo de loiro. Mais tinha o sorriso da mãe, o jeito de olhar, e de fechar os olhos quando tentava falar alguma coisa.

- Vovó...zete! – Chamava Marizete.

- Eu já sei o que você quer hein rapaizinho! – era a hora do chocolate de Brenno, quando voltou usava o chapéu que tinha ganho de Sorocaba antes de nascer, o que fez seus olhos brilharem e ver que não tinha sobrado ressentimentos.

Todos foram embora, Brenno dormia em seu berço, depois de Luan cantar várias vezes pra ele dormir, assim como fazia quando ainda estava na barriga de sua mãe.

Vanessa tomava banho, estava cansada, tinha sido um dia agitado, muita visita, pessoas, e familiares de Luan que ela nem conhecia ainda.

- O que você tem? Tá com medo de casar? – a enlaçava em seus braços -  De se amarrar pra sempre a mim?

- Deixa de ser bobo, é que, é um passo enorme. – fala contra seu peito.

- Eu sei, mais fazer o que se começamos do fim ao invés do início?! – ri alto.

- Tá falando do Brenno?

- Você não chamou ele de Vinícius pela primeira vez em um ano! Realmente alguma coisa está mudando.

- É, vamos casar! Bobo!

- E aí o pra sempre vai ser de fato pra sempre.

- Desde que seja com você, vale a pena.

CONTINUA...