Casamento.

Correria. Enquanto Vanessa preparava lista de convidados, trabalhava e ainda era mãe. Luan fazia shows, preparava surpresas e morria de saudades. Ela lembrava muito bem do que ele disse: - Deixa tudo comigo, só se preocupe com os convidados, o resto eu resolvo. – Isso queria dizer que ele a surpreenderia mais uma vez. Se perguntava o que aprontava, ela iria casar e não sabia de nada que estava pra acontecer.

Não iria ser anunciado na mídia, quando faltassem algumas horas, Luan como prometido avisaria as fãs e explicaria tudo e o demais, surpresa.

- Onde vai ser o casamento? – Nanny perguntava enquanto andavam com Brenno pelo Jardim Botânico.

- Não sei. Só os convidados vão saber... e isso inclui você! Me conta vai!

- Não, não, não. Não conto! – mostra um pássaro que voava a Brenno e ele sorri com o feito do animal - Mais isso é loucura!

- Tenho um nome melhor...isso Luan! - Elas riem, algumas pessoas a param e pedem pra tirar foto, com a mulher e o filho do “Luan Santana”, Vanessa ainda não tinha acostumado, mais Brenno amava os Flashs e quando as pessoas diziam que ele era lindo, ou traziam rpesentinhos, mais continuam a conversa – ele vai vir aqui hoje, vou tentar arrancar algo...- sorri maliciosa.

-Espero que consiga! Só temos 15 dias! E eu sou madrinha pra variar! – ela ria.

Quando ela chegou do Jardim Botânico Luan já estava no apartamento, a abraçou e beijou Brenno.

- Papapa...tentava falar, seus olhinhos brilhavam ao ver o pai.

- Vem com o papai vem! – ele abaixa o pegando no colo - Tava passeando foi? – Luan conversava com Brenno – gostou do passeio com a mamãe e a tia Nanny.

- Ti-tia Bubu – falava triste.

- Ah a tia Bruna tá com saudades de você! Mais logo, logo estaremos todos juntos. – sorri. – e a mamãe? Tá preparada pra casar?

- Não, a mamãe não está né filho? Porque não sabe de nada e faltam 15 dias!

 

Luan ri -  Confia em mim!

- Desculpa, mais agora não dá. – quando olham Brenno ia caindo lentamente sobre o pescoço do pai, brincava com seu colar, ele estava cansado e morria de sono -  melhor colocarmos ele no berço.

Luan acompanha Vanessa e o deita em seu ebrço, acariciando seu rosto: - O Brenno é a única criança que tem mais berço no mundo, aqui, em Londrina e em Recife. – Luan ria.

- Ele precisa se aquietar num canto, nós precisamos também, acho que isso não faz bem pra ele, uma hora estamos no Rio, outra em Recife, Londrina...

- Eu sei, e é sobre isso que quero falar com você. – sorri.

Ela percebe que ele tinha alguma surpresa: - O que foi? O que aconteceu?

Tira um molho de chaves do bolso e mostra: - Comprei nossa casa! – falava orgulhoso.

- Nossa casa?!

- Hum Rum. – sorri.

- Onde?! São tantas chaves...- estranha.

- Bom, aqui é a chave da casa em Londrina – a entrega -  essa aqui é a do Rio, onde pretendemos ficar mais tempo.

- Espera! Duas casas? Luan isso é loucura...

- Sim, duas casas, de segunda a sexta moramos aqui, finais de semana em Londrina e...

- E? – sabia que tinha mais coisa.

- Temos uma casa de praia em Recife, mais não é uma casa qualquer, é aquela casa, do seu amigo, ele me vendeu e só falta fazer-mos uma reforma. Não é perfeito?

- Luan...isso é surreal! – não acreditava.

- Isso é só o começo...o começo do pra sempre! – a beija.

Deitados na cama, ele acariciava suas costas com o dedo indicador, em movimentos de sobe e desce. Uma das melhores sensações do mundo falava: - Eu estou cumprindo o que nem prometi sabia?

- Não entendo! – ajeita-se da forma que o encarasse nos olhos.

- Você disse da última vez sem promessas lembra? – ela concorda - Consegui acompanhar a sua gravidez, estou sempre por perto, vejo meu filho toda semana, iremos casar, ter nossa casa...nossas casas -  ri se corrigindo – e acho que estou te fazendo feliz...

- Como nunca pensei nesses últimos anos, mais por favor, não me esconde nada sobre o casamento, me conta o que está pra acontecer? – pedia perto dos seus lábios.

- Nem tente, não vai conseguir nada me seduzindo assim.

Mais ela continua – Vai meu amor -  percorria os dedos sobre seu peito nu  - Posso ao menos saber onde vai ser? – morde seu lábio inferior e o encarava tentando seduzi-lo.

- Paquetá. – não resiste e conta enquanto ela ria satisfeita, mais sabia que  aquilo seria a única informação que ele daria.

Era manhã de sábado, fazia sol..muito sol. Junto com cada convite, foi enviado as passagens, a cerimônia seria para poucas pessoas, apenas amigos e familiares, em meio a areia um altar improvisado com astes de bambu e flores em seu torno, todos vestiam branco e estavam descalços.

No altar estavam como padrinhos Iara ao lado de Richard, Nanny com Sorocaba, Anderson com Dagmar e Guilherme com sua namorada. Bruna passeava com Brenno pra cima e pra baixo, estava lindo com uma bermuda de tecido branca, camisa também branca e colete creme. Ela estava vestindo um tecido em tom cru, segurava uma cestinha de flores a qual Brenno queria porque queria jogar na areia.

Algumas cadeiras faziam filas do lado direito e esquerdo, em sua volta astes de flores naturais, todos amigos, pessoal da banda, familiares estavam presentes. Luan estava nervoso, cumprimentava os convidados, já tinha uma vida de casal com ela, mais agora era oficial, na presença de todos assumiria seu compromisso formando sua família, para se acalmar segurou Brenno no colo, brincou com ele e se angustiava ainda mais ao ver o filho perguntar pela mãe.

- Mama..mama-queria chorar.

- Ela deve tá vindo filho, eu também a quero certo? Ela não deve demorar e vai aparecer linda pra nós dois – será que entenderia? Luan se perguntava conevrsando como quem explica a um adulto, parecia que ele entendia, passou a mão no rosto do pai e sorriu, enquanto ele fechava os olhos e curtia a sensação de suas mãozinhas brincanco com ele.

Todos levantam, lá vinha ela. Bruna a sua frente jogava flores, que o vento fazia questão de espalhar por toda praia. Brenno nos braços da sua avó Mari sorria tentando pegar as peta-las que dançavam ao vento.

Ela estava linda, caminhava descalça, com um vestido tomara que caia de tecido leve branco e detalhes em renda, um boquê de flores do campo amarelas, ela escolheu essa cor em homenagem a Luan, seu sol particular, com  cabelos soltos e apenas uma flor de lado encarava no altar improvisado seu destino, o motivo que a fazia caminhar por aquela areia, o mesmo garoto de cabelos arrepiados que o acaso colocou em sua vida, e lembraria dele sempre assim . Não acreditava no que vivia e a emoção a tomava por completo, pensa em seu pai, quão feliz ele estaria, com o Brenno e com o seu casamento. E ali Estava ela casando na Ilha dos amores, onde fizeram juras, e mesmo antes daquela cerimônia já pertenciam um ao outro. 

Estava casando com o homem da sua vida, rodeada de amigos, com o céu e mar como testemunha, via Brenno pulando e batendo palmas pra ela nos braços de sua avó Mari. Sorri, pra criatura que deu sentido a sua vida e ele contribui.

 A felicidade estava completa, e começa a acreditar no “pra sempre” ao chegar no altar e segurar na mão do seu mundo, de calça em tom de tecido cru dobrada até o joelho, camisa branca de tecido fino, desabotoada deixando parte do seu peito nu e seu cabelo impecável sendo bagunçado pelo vento sorria pra ela. Lindo.  E a poucos minutos de ser todo seu, juntos em um pra sempre tão esperado.

Ele toma sua mão e leva até os lábios , seus olhos brilhavam: - Você está linda.

- Você também! – sussurra.

O Padre começava a cerimônia, agora nos braços da tia, Brenno trazia as alianças, Luan fez questão de serem as mesmas de todo o tempo de namoro deles, apenas as modificou, acrescentando ouro. Seu filho sorria e se comportava, entendia seu papel e a seriedade dele,  entrega as alianças ao pai, surpreendendo a todos, como sempre, batendo palmas no final. Vanessa beija seu rosto demoradamente e Bruna se vai com ele.

As alianças são abençoadas e enquanto faziam a troca Luan faz um juramento diferente, surpreendendo a todos, principalmente a ela: - O amor me permitiu te encontrar, e me deu sentido para viver. Amor é confiança, confiança é lealdade, por isso prometo ser fiel, leal e confiar em ti. O amor precisa ser cuidado, e prometo cuidar pra que ele nunca morra. E que renasça todos os dias nas atitudes de carinho  cuidado que prometo ter por ti. E assim diante de amigos e parentes venho declamar meu amor a ti, e peço a Deus que me ajude a te amparar, te cuidar, te proteger, te acompanhar, ser teu suporte em todos os momentos principalmente os mais difíceis. Seja Deus meu auxiliador nesta promessa de amor, e que ambos possamos cumpri-la!

- Pode beijar a noiva. – o padre autoriza.

Sob lágrimas, aplausos, sorrisos e uma chuva de pétalas de rosas brancas, selam sua união, Brenno sautava nos braços da tia, ele queria estar entre os pais, Vanessa o toma pelos braços, podia sentir o peso da aliança em sua mão esquerda, e dão um beijo em Brenno, cada um no canto de sua bochecha.

- Minha família.- Luan sussurra. – meu mundo.

- O pra sempre começa aqui. -  Vanessa acaricia seu rosto.

- Mais ainda temos uma última surpresa.

- Surpresa?!

- Temos um show!

- Espera..Show?

- Meu show pra você!

Do outro lado da praia, podiam ver uma estrutura montada, Luan com sua linda mania de pensar nos outros, promoveu um show gratuito para as pessoas do pequeno povoado. Uma atitude humana como ele próprio,comemorando sua felicidade com os outros, foi tudo muito rápido, Sorocaba cantou com ele algumas canções, Luan fez mais uma vez a garota chocolate com Vanessa. – Como a primeira vez lembra? – ela concorda - ele brincava com ela enquanto dava o chocolate. Todos riram da vergonha de Vanessa ao levar a juntada por trás de Luan na música Nega. Bruna fechava os olhos de Brenno pra ele não ver a cena o que arrancou risadas altas de Sorocaba que estava ao seu lado, não ficou d egraça, ele levou um beliscão dela. 

Brenno era o fã número um, aplaudia o pai em todos os momentos, e Luan não se cansava de ver aquela criaturinha loira envolto nos braços da mãe, sua mulher. A cada momento que olhava pra eles recebia uma injeção de ânimo, renovava suas energias, criava asas e podia voar. Encerrou cantando sinais a música preferida de Vanessa, e não diferente de Brenno, porque dormia enquanto o pai a cantava pra ele.

 Em seguida ao show teria uma festa particular pros convidados e eles...

- Luan, aonde vamos? – ele a puxava pelo braço, o sol começava a se pôr, eles passaram rápido no salão, cortaram o bolo, tiraram algumas fotos, conversaram com todos, mais Luan tinha pressa.

- Olha, temos direito a uma lua de mel não temos? Nem que seja de uma noite apenas. – ria. – O Brenno vai ficar bem, hoje você é só minha.

- Como nos velhos tempos? – sorri.

- Como nos velhos tempos.

Seguiam mais uma vez em direção a praia, no mar uma lancha enorme estava toda iluminada e decorada.

- Nós vamos passar a lua de mel ali? – aponta.

- Você precisa ver lá dentro, vem! 

Um pequeno barco os levam até lá, Luan a ajuda a subir, na parte de fora, uma mesa estava montada, com champanhe, uma miniatura do bolo deles onde um boneco de cabelo arrepiado segurava a noiva nos braços e uma criancinha de cabelo loiro dedilhava o violão aos seus pés. A família completa. Na mesa também tinha alguns salgados, petiscos e janta. 

Ele abre o champanhe e brindam ali mesmo: - Obrigada por tudo isso. – ela agradece.

- Eu nunca vou deixar de te surpreender. Nunca. – A lua começava a surgir, ela adorava espiar os momentos de amor dos dois. Luan a toma pelos braços, e desce uma escada. O ambiente estava iluminado a luz de velas, pétalas de rosas espalhadas pelo chão e pela cama, um insenso queimava num canto, o aroma deixava o clima incrívelmente atraente e sedutor. A deita na cama mais do contrário do esperado, senta ao seu lado.

- O que foi? – ela pergunta sem entender -  ele a olhava diferente.

- Nada, Senhora Santana. – ri da forma que a chama-  to só te olhando aqui, vendo se mudou alguma coisa..

- Além do sobrenome? – ela ri.

- Estava pensando na nossa evolução, nas noites que velava seu sono quando namorávamos, quando estava grávida, com aquele barrigão lindo, enquanto você caminhava a meu encontro no altar, linda... e aqui agora, como minha mulher. Quero gravar esse momento pra sempre, e ainda lembrar lá no futuro, quando estivermos bem velhinhos, rodeados dos nossos netos. Terei ainda mais certeza que tudo valeu a pena.

- Luan? – pergunta em tom de curiosidade.

- Oi?

- Você teria mudado alguma coisa na nossa história, se pudesse apagar algum fato...

- Porque quer saber?

- Só por curiosodade. – acaricia seu rosto.

- Não, não mudaria nada, acho que tudo aconteceu da maneira que era pra acontecer, separação, momentos de amor, saudade, nosos filho, nos fizemos maduros, fortes, crescemos juntos pra chegar até aqui, dois pais responsáveis aos 23 anos de idade. – ri e ela o acompanha.

- E estamos aqui, juntos, casados. Quando tudo parecia não acontecer, quando tudo era contra – olha pra suas mãos e fita as alianças -  c a s a d o s.

- Sabe, eu já te disse isso, mais você é a pessoa certa pra mim, sempre soube disso, desde que bati meus olhos nos seus naquele aeroporto.

- E você, meu garoto de sotaque engraçado, jeito misterioso, que nunca parou de me surpreender. Meu sol particular.. – Luan dá um salto da cama.

- O que foi? – o olha assustado.

- Preciso te dizer uma coisa, tá eu decorei ok? Não ria, mais sempre me disse coisas bonitas e hoje eu quero fazer o mesmo com você.

- Luan, já não basta aquele juramento lindo lá na praia? Ainda tem mais!?

Ele ri, se concentra, a olha nos olhos, segura uma de suas mãos, tira uma mecha de cabelo do seu rosto e começa a falar : - Queria te dizer pra não parar de remar, porque te ver remando me dá vontade de não querer parar também.Tá me entendendo? – ela ouvia e concordava - Eu sei que sim. Eu entro nesse barco, é só me pedir. Nem precisa de jeito certo, só dizer e eu vou. Faz tempo que quero ingressar nessa viagem, mas pra isso preciso saber se você vai também. Porque sozinho, não vou. Não tem como remar sozinho, eu ficaria girando em torno de mim mesmo. Mas olha, eu só entro nesse barco se você prometer remar também!  -  Eu prometo, dizia - Eu abandono tudo, história, passado, cicatrizes. Mudo o visual, deixo o cabelo crescer, começo a comer direito, vou todo dia pra academia. Mas você tem que prometer que vai remar também, com vontade! Eu começo a ler sobre política, futebol, ficção científica, moda. Mas você tem que remar também. Sem você do meu lado eu desisto fácil, você sabe. E talvez essa viagem não dure mais do que alguns minutos, mas eu entro nesse barco, é só me pedir. Perco o medo de dirigir só pra atravessar o mundo pra te ver todo dia. Mas você tem que me prometer que vai remar junto comigo. Mesmo se esse barco estiver furado eu vou, basta me pedir. Mas a gente tem que afundar junto e descobrir que é possível nadar junto. Eu te ensino a nadar, juro! Mas você tem que me prometer que vai tentar, que vai se esforçar, que vai remar enquanto for preciso, enquanto tiver forças! Você tem que me prometer que essa viagem não vai ser a toa, que vale a pena. Que por você vale a pena. Que por nós vale apena. Remar. Re-amar. Amar.

-Por você vale a pena . – seus olhos queimavam nos de Luan.

- Escolhi esse porque é bem a nossa situação, não só por estarmos num barco, mais porque agora me sinto entrando nesse barco, mergulhando de cabeça, é tudo novo pra nós, seremos eu, você e o Brenno. Construímos uma família, nossa família, Senhora Santana, conto com você, o novo me assusta, nós saberemos lidar?

- Sabe...nunca gostei desse sobrenome, pelo status que trás...mais repete mais uma vez? –Fecha os olhos e aguardava ele falar mais uma vez.

- Senhora Santana, você promete me ajudar, mergulhar de cabeça comigo, entrar nesse barco?

- Claro Senhor Santana! – enlaça seus braços em volta do seu pescoço -  se remarmos juntos a partir de agora. 

- Eu enfrento o mundo com apenas uma mão, se você estiver segurando a outra. – repetem juntos.

CONTINUA...