sábado, 24 de setembro de 2011

Capítulo 2 (11° Mês Parte 3)


- O que fazer? Tocar o interfone? Não teria graça. – Vanessa tira seu celular e disca o número da sua casa, chama por três vezes até que sua mãe atende.

- Alô?

- Mãe? Sou eu Vanessa!

- Oi filha! Nossa como você está? Tudo bem aí nos EUA? 

- Ah mãe! Tá tudo bem sim, e você como está? 

- Estou bem filha, tirando sua ausência, o resto tá ótimo. Tô com muitas saudades.

Vanessa não consegue falar mais, sente um nó na garganta, ao invés de usar o interfone toca a campainha com pressa.

- Mais o que é isso? – Mári fala irritada.

Vanessa tenta abafar a risada, sabia que sua mãe detestava quem não usava o interfone, até hoje não entendia porque ela insistia em manter os dois, campainha e interfone ao mesmo tempo. 

Pergunta como se não soubesse de nada: - O que foi mãe?

- Alguém tocando a campainha, e deve ter pressa!

- KKKKK’! Não acredito que você não desligou a campainha ainda mãe.

- Ah Vanessa, eu esqueço e são muitas coisas na minha cabeça, você sabe que sou ruim de lembrar.

- Mais vai lá, vê quem é. Deve ser importante a essa hora!

- Deve ser alguma criança bagunçando por aí. Certeza!

Vanessa toca mais uma vez com urgência e fala? – Dá pra ouvir daqui mãe, vai lá por favor.

- Tá bom filha, vou desligar e te retorno depois certo?

- Certo. Queria muito te dar um abraço agora, morrendo de saudades.

- Eu também filha, mais do que você imagina, mais falta pouco, a questão agora é de dias, logo você vai voltar.

- É falta muito pouco mãe, estou te aguardando.

Vanessa desliga o telefone antes de sua mãe falasse mais alguma coisa. Mári desce com pressa enquanto a campainha era tocada com urgência falava alto: - Já vai. Só mais um minuto!

Coração acelerado. Como será que ela reagiria? – Barulho de chaves tintilhando, porta se abrindo. Surpresa.

- Você advinhou quando disse que faltava pouco pra eu te abraçar. – Vanessa olha pro relógio. – Foram exatamente dois minutos mãe!

Mári estava em choque, não conseguia parar de olhar sua filha, como quem estava vendo coisas, ou sonhando.

- Mãe? Você está bem? Eu não devia...

Mári é rápida e em segundos abraça sua filha: - Xiiiii, não fala nada, só me abraça.

Ficam ali assim por minutos. – Sabe aquela sensação de quando você é  criança e se perde da sua mãe no parque? Você se sente sozinho, perdido e quando a encontra novamente você tem seu mundo de volta? Sim era assim que Vanessa pensava e sentia. Ela estava no seu mundo, segura, protegida naquele abraço e poderia ficar ali, assim por anos e não se importaria. Era seu mundo de novo em suas mãos. E nada mais importava.

Depois da chegada, dos abraços, das lágrimas. Vanessa adentrou mais uma vez na sua casa. Tudo permanecia do mesmo jeito, só alguns móveis em lugares diferentes, mais o cheiro, o calor, nenhum dos melhores hotéis se comparava, teve receio de contar do seu apartamento, dali a alguns dias partiria e não sabia se a mãe viria com ela. Sentiria falta dali, da sua casa, do seu cantinho.

Mais contou tudo, deitada no colo da sua mãe enquanto ela acariciava seus cabelos, contou como foram os quase 11 meses, cada lágrima, cada momento de dor, Richard, seus momentos no parque, os remédios, o que aconteceu quando Luan esteva lá. – Mári morreu de raiva com o que ele fez, e não exitou em esconder de Vanessa.- Mais ela ouvia atentamente, sem interromper. 

Vanessa continuou, falou de Sorocaba com gratidão e brilho nos olhos, contou da canção, dos momentos que viveram, da amizade que se formara, falou também de quando pisou no Brasil e foi falar com sua tia, do seu apartamento no Rio, de Richard ter ajudado com mais do que devia até parar ali no momento que ela estava, deitada no colo de sua mãe sendo afagada mais uma vez, o melhor lugar do mundo.

Já era tarde, mais nem perceberam.

- Quer falar alguma coisa mãe?

- Bom Vanessa, eu só tenho a agradecer, de verdade as pessoas que cruzaram seu caminho, como o Richard e o Sorocaba, serei muito grata, é lamentável filha o fato de você estar dependente desses remédios, e isso só aumenta ainda mais minha raiva daquele garoto. Desculpe mais me sinto assim, por outro lado, vejo que você não tem mais medo de falar no que aconteceu, e isso é bom, você está forte. 

Vanessa olha pra correntinha e diz: - Eu sei, eu mudei.

- Pra melhor, filha, você não sabe o quanto me doia falar com você nos primeiros meses, você estava muito mal, frágil e feita em mil pedaços, e te ver hoje, aqui na minha frente falando de tudo naturalmente é um tanto reconfortante.

- Sabe mãe, o único sentimento que tenho hoje é de decepção, na verdade mágoa. Mais isso tende a passar, eu espero. Mais não sinto mais medo.

- É muito bom ouvir isso. – Mári olha pro relógio. -  Já sabe que horas são? Quase meia-noite!
- Mais já? Passou tão rápido. Realmente estou com sono. Vou pro meu quarto. Nossa, é muito bom dizer isso novamente, meu quarto!

- Está do jeito que você deixou. – Vanessa ia pegando sua malas Mári interrompe. – Deixe-as aí, amanhã guardamos tudo.

- Certo, amanhã tenho muito que resolver, tenho que voltar na Faculdade pra fazer minha matrícula, me localizar na empresa novamente, tenho que ver a Iara e avisar pra algumas pessoas que voltei.

- Amanhã certo? Agora descansa, temos tempo.

Vanessa pergunta com Dúvida: - Mãe?

- Sim? 

- Promete pensar em ir comigo pro Rio?

- Prometo. Agora o mais importante é você dormir, está precisando.

- Vou indo. – Vanessa a abraça, deseja boa noite e sobe.

Passa pelo corredor. – Lembra de relance de duas pessoas ali encostadas na parede enquanto se beijavam. – Balança a cabeça tentando apagar e pega a chave, estava na sua porta, destrava e abre. Escuro. Acende a luz. Sim estava tudo como antes, mais o cheiro de limpeza era claro e uma inundação de lembranças veio em seguida. Olhando pra sua cama lembra de quando Luan esteve ali, abraçado inúmeras vezes com ela. As lembranças permaneceram intactas, lembrou dele vasculhando seu quarto pela primeira vez, tocando em cada canto.

- Já faz muito tempo, tenho que mudar algumas coisas aqui, pelo menos em quanto estiver. Amanhã certo?

Vanessa abre seu guarda-roupas pega uma peça de dormir, toma seu banho toma seus remédios e deita. Agradece em silencio por tudo, não importaria o que viesse, se enfrentaria muitas turbulações, mais tudo valeria, por estar ali mais uma vez, e entendeu porque Richard disse que ela estava preparada, porque ela precisava voltar, mais que tudo, porque ali era seu lugar, mesmo cheio de mudanças e muitas pedras a desviar, mais tinha que estar ali. Essa era a hora não tinha mais dúvidas.

CONTINUA....
Aguardem próximo Post depois de Comentários amores.
Espero que estejam gostando. 
Como imaginam que vai ser essa volta de Vanessa pro Brasil?
Muitas coisas vão acontecer, mais o que realmente vocês esperam?
Vale comentar por aqui, pela @FanficUmaHdAmor e @vanesssinhaa.

9 comentários:

  1. eu espero REALMENTE que o Luan deixe o orgulho dele só por alguns instantes de lado, comece a investigar os fatos e tenha, NO MÍNIMO, uma boa conversa com a Vanessa pra esclarecer tudo e acabarem com esse sofrimento que está definhando os dois! posta logo ;)

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  2. Espero que tudo se resolva logo. Acho que Anderson quando souber vai pirar e vai fazer algo comprometedor, ai o Luan vai descobrir :D

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  3. o meu Deus Vanessa to super curiosa muié, ai tomara que ela liga pra Bruninha pra contar que voltou, ia ser tão baum!!!

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  4. O Luan tem que descobrir logo a verdade! E o Anderson tem que se ferrar, haha. *-*

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  5. ta cada vez melhor a fic,quero saber como Luan vai ficar quando souber que ela chegou no Brasil.

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  6. Eu acho que o luan deve investigar essa historia q aconteceu c/eles.. Não aguento mais vê eles seperados..posta logo.

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  7. Vanessa! Por favor não para nem tão cedo de escrever! Eu amo a sua fanfic e fica cada dia melhor!
    Tô torcendo muito pro Luan descobrir logo aquela armação do Anderson!

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  8. posta logooO quero ver a reação de LUAN quando saber toda a verdade....

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  9. Ansiosa pro Luan saber q ela já voltou :D

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