Capítulo 2 (8° Mês Parte 10)

Era o último dia de Sorocaba nos EUA, iria voltar amanhã pro Brasil, Richard iria voltar no dia seguinte que ele partiria. Vanessa estava triste e feliz, por ver seu amigo de novo, mais por partir outro que a ajudara muito, por incrivel que pareça, ela não sentia mais nada ao pensar no Luan, quer dizer, nada de ruim, porque conseguiu separar a dor que sentia pelo amor que sente por ele, não o tinha esquecido claro, mais aprendeu a aceitar o que aconteceu e não se martirizar mais. E isso fez bem, só não conseguiu se livrar dos remédios, até que tentou por dois dias, mais infelizmente estava dependente deles e seus sonhos a traiam a noite, por fim desistiu disso.

Tinham combinado de almoçar juntos perto do Central Park, fazia sol, vanessa vestia pela primeira vez shorts e camiseta, só que preferiu um tênis ao invés de sandálias, a única exigência de Sorocaba foi pra ele levar o violão, sem entender Vanessa pega o seu e saem.

O almoço foi tranquilo, ela ria muito das histórias ilárias que Sorocaba contava, como da vez que foi fazer um show, e a bolha gigante que se apresentava estourou, saindo todo rasgado do meio do público.

Terminando foram pro parque, mais uma vez embaixo da árvore que Vanessa costumava ficar.

- Bom, o violão é todo seu. – Vanessa fala o entregando. – O que vai tocar?

- Olha, não está lembrada de cobrar nada?

- O meu presente? Mais você não está com nenhum pacote.

Sorocaba meche no bolso da sua calça, tira uma folha de papel e entrega a Vanessa, ela pega sem entender.

- O que é isso?– Fala ela olhando pro pedaço de papel.

- O seu presente! Não gostou?

- Um pedaço de papel? É uma carta? Ou isso é mais uma de suas brincadeiras não é?

- Apenas abra.

Vanessa abre e começa a ler e se surpreende: – É o que eu tô pensando?

- Bom, se eu não me engano isso é uma música, só se você está vendo outra coisa. KKKK’.

- Bobo, você fez uma música pra mim?

- É o que parece, eu trabalhei a noite toda nisso ontem.

Vanessa fica vermelha e só consegue agradecer: - Obrigada.

- Mais você nem ouviu ainda, não sei se vai ficar realmente boa, porque compus sem um violão por perto, vou testar agora, espero que goste. Dá pra me dar o papel por favor? Não sei de cor.

- Claro, todo seu.

Sorocaba começa a tocar, ele tocava muito bem, até que começa a cantar.

Será que amar sozinho
Vai ser a minha sina
Já conheço você,
Bem mais do que imagina

Sua cor preferida é o verde,
Seu aniversário é dia 3,
Adora mexer no cabelo,
Curte rock, fala inglês
Odeia filme de terror,
Canta e toca violão,
Tem ciúmes dos amigos
Tem medo de escuridão...

Aaahhhh,
Eu amo você

Teus segredos,
Vou aprender a decifrar
Teus desejos,
Me ensina a realizar

Eu te estudo,
Te admiro, te espero
Será que um dia vai me amar?

Vanessa ouvia atentamente, estava levemente vermelha, amúsica parecia mais uma declaração, qual o motivo de alguém fazer uma canção pra outra pessoa?

Sorocaba termina de cantar e fala: -  Acho que ficou legal e aí o que achou?

Vanessa fala séria? - A letra é linda, só que não faço aniversário dia 3.

- Eu sei, só que não dava pra colcoar 29 aí entende? Mmais se quizer eu...

- Não, não, eu tô brincando, tá explicado toda aquela entrevista comigo, só que fiquei constrangida.

Ele fica sem entender: - Constrangida?

- É, parece mais uma declaração, sei lá.

- KKKK’, bom pra gravar essa canção o tema não poderia ser amizade né?

- Gravar? Você tá louco?

- Porque não, se o Fernando gostar a gente grava, e pelo que me lembre, você dá sorte quando as músicas são pra você.

- Ah tá, então todo mundo vai compôr pra mim agora?

- É uma boa ideia. KKK. Mais foi uma forma de te homenagear, já que tem suas características nela.

- Humm, obrigada de verdade, mais qual o nome da canção?

- Você agora me pegou. KKKK’. Escrevi mais esqueci de pôr o nome, o que você colocaria?

Vanessa pega o papel, lê e fala por fim: - Gostei disso aqui “Teus Segredos”, soa bem. KKK’.

- Então está batizada a canção, se chamará “Teus segredos”.

- Obrigada pelo presente, gostei de verdade.

- Mais não é só isso. 

Vanessa praticamente grita: - Não?!

Sorocaba puxa do bolso dois papeis.

- Toma, um é seu.

Vanessa pega e lê.

- Eu não acredito. Você tá de brincadeira comigo! Show da Ketty Perry? Hoje a noite?

- Tô precisando de companhia. Topa?

- Seria loucura dizer não, é claro que topo. Obrigada.

Anoitece e o táxi já esperava os dois até o show, Vanessa estava com vestido preto e sapato fechado, com uma bolsa de mão onde levava só o necessário.

- Ual, você está linda.

Vanessa fica vermelha: - Obrigada, vamos? Eu realmente preciso dançar.

- Dançar? É..vamos tentar.

- KKKKK’, espera, você não sabe dançar?

- Bem, eu sei, mais música animada demais eu me enrolo todo.

- KKKKKKKKK’. Desculpa, mais eu tive que rir. Mais eu te ajudo tá bom?

- Claro, será nossa despedida em ritmo de aprendizado. Espero não cobrar pelas horas aula.

- Não gosto dessa palavra.

- Despedida? Então prefere o quê?

- Será a comemoração do início de uma grande amizade, soa melhor.

- Total razão.

O show foi incrível, assim eram as palavras que Vanessa e Sorocaba usavam, dançaram e se divertiram muito, Vanessa ria tentando fazer Sorocaba dançar, a tempos não se divertia tanto, ela realmente estacva precisando disso, se sentia mais leve como a muito tempo, parecia que tudo estava tornando ao seu devido lugar.

Vanessa fala ao chegar no hotel: - Posso confessar uma coisa?

- Claro.

- Nunca tomei tanta coca-cola na minha vida. Sério.

- KKKKKKKK’.

- Devia ter esperimentado a Tekila pra diversificar um pouco.

- Não, não, prefiro a coca. Bom, é amanhã não é?

- Sim, partirei cedo, minhas malas já estão prontas.

- Então, deixarei a despedida para amanhã.

Sorocaba fala levantando a sobrancelha: - Eu disse que partirei cedo.

- Eu vou com você até o aeroporto, se você quizer é claro.

- Fechado então. Agora a Tekila começa a fazer efeito, meu olhos tão pesando.

- KKK’, eu avisei pra tomar Coca. Bom boa noite e obrigada por hoje, foi Incrível de verdade.

-Eu que agradeço pela sua compania, e por ter me feito dançar. KKK’. Foi muito divertido.

- Quando voltar pro Brasil te darei mais aulas, certo?

- Sério? Então nós vamos nos ver por lá? Cuidado que vou cobrar hein?

- Claro que sim, se nossas agendas coincidirem, afinal moramos em extremos certo? Agora Boa noite, nos vemos amanhã cedo.

A noite passou rápido demais, o despertador é quem acorda Vanessa.

- Nossa, 6 da manhã já? Tenho que ser rápida.

Ela levanta, toma seu banho e já pega seu material, iria direto do aeroporto pra Universidade.

Abre a porta do seu quarto e desce. Sorocaba não estava na recepção – Cheguei cedo demais? 

– Vanessa senta e espera.

Sorocaba aparece no elevador, tinha subido no quarto de Vanessa mais não a encontrara, e nem tinha visto na recepção.

Se informa na recepção se tinham a visto, Vanessa percebe, levanta e bate no seu ombro: - Quem você está procurando mesmo?

Ele vira e diz: - “Uma menina”, ela é muito distraída sabe? E é linda por sinal.

Vanessa coloca as mãos nos quadris enquanto Sorocaba ria.

- Então é isso tudo que sou? Uma menina?

- “Oh”! É você que está aí? – Ele finge surpresa. -  KKKK’. Sim, você é “a minha menina”.

Vanessa fica vermelha, Sorocaba adorava deixar ela assim: - Rá, sei, podemos ir então?

- Claro, está querendo se ver livre de mim assim tão rápido?

- Não, mais provavelmente estarei daqui a 1 minuto.

- KKKK’. Vamos então.

CONTINUA....

Chega o momento das despedidas amores, promessas, agradecimentos e sentimentos estão por vir, não percam, muito emocionante certo?

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