Capítulo 2 (8º Mês Parte 5)

O jantar foi tranquilo, não falaram mais no Luan, a conversa tomou outros rumos, nem parecia que a meia hora estavam discutindo, Sorocaba continuava o mesmo, mais Vanessa mudara, não tinha mais a vida em seu olhar, ria por rir, mais não por completo, por dentro estava destruída, esse foi o diagnóstico de Sorocaba, que sentiu uma vontade enorme de ajudá-la, e prometeu que tentaria.

Vanessa tomou seus remédios religiosamente e tentou dormir, mais como antes demorava, tinha acontecido muitas coisas, a forma como Sorocaba falou: “O cara que você beijou na festa do Luan”,  “golpe baixo” ecoavam em sua mente, foi muito difícil de ouvir, ela no fundo achava que ele não acreditou totalmente na sua versão. E quanto ela pensava ter um pouco mais de paz, aparece mais alguém relacionado a “ele”. Ela definitivamente não tinha sorte, quanto mais fugia, mais o passado a perseguia.

De manhã acordou e foi logo estudar, resolveu comer algo lá mesmo, saindo de lá direto pro trabalho, evitou encontrar Sorocaba no hotel. Mais sabia que na volta o veria. Como de fato, isso aconteceu.

- Hey, fugindo de mim é?

- Eu? Imagina! Só meus dias que estão corridos, como agora preciso de um banho, conlicença.

- Ok. Te espero aqui embaixo.

- Como assim? Me espera?

- Já que não tem tempo de sair durante o dia, sairá comigo a noite.

- Ah tá! Desculpa mais eu tô muito cansada. - Enquanto respondia Vanessa pensava: - Será que eu preciso desenhar pra você entender que não quero sair?

- Mais eu não pedi, só estou dizendo que estarei te esperando aqui. – Ele fala indicando o dedo pro chão, vira as costas e senta.

- Argh! - Vanessa dirigi-se até o elevador enquanto Sorocaba ria da cara dela. – Ele deve amar me irritar, mais eu não vou sair!

- Hey! Caso não desça em 40 min eu vou buscar você.

Vanessa olha fuzilando pra ele que não se contentava em rir.

Em 30 min Vanessa estava pronta, fazia um pouco de frio e vestia calça jeans,bota cano curto, blusa branca e jaqueta de couro preta por cima, afinal, não sabia onde ele queria ir e pegou o que lhe deu na telha pra vestir.

- Ual! Rápida você. Sorocaba fala surpreso. – Está linda.

Vanessa fala sem dar importância: -  Obrigada, aonde quer ir?

- Quero ver a Times Square a noite, já que aqui é famoso por ser o lugar que nunca dorme, quero ver todas aquelas luzes e movimentação de perto.

- Ah tá. Vamos então.

- Espera ai! Vamos Caminhando?

- Não, vou pegar meu carro ali você espera um pouco?

Sorocaba a olha como se ela subestimace sua inteligência.

 - Claro que é caminhando, se você não percebeu aTimes fica a 10min daqui, não vai caminhar muito.

- Nossa, isso tudo só porque fiz uma pergunta? Tá bom, vamos.

Sairam do hotel em silêncio, mais Sorocaba era do tipo de pessoa que não consegue ficar sem falar alguma coisa, e já começava a perguntar.

- Parece que você não sai muito não é verdade?

-  Não. Não saio muito realmente, passo a maioria do tempo livre lendo, ou lendo, e lendo novamente!

- Ou tocando violão?

- Não necessariamente, só quando sinto vontade.

- Bom aqui está a Times Square e todas suas luzes.

- Vamos entrar ali.

- Você tá de brincadeira! No Mc Donald’s? Rá. Faz-me rir. Escolha algo diferente do que tem no Brasil.

- Sim, mais não é a mesma coisa do Brasil, aqui é o Mc Donald’s em NY, é como você ver os filmes da Disney, e estar na Disney entende?

- KKKK’. Desculpa mais, você é louco sabia?

- Vou tomar isso como um elogio.

- Claro.

Sorocaba pede um Hamburguer e batata frita. Vanessa fica só com o suco, e o observava, ele falava bem inglês, mais não entendia porque estava ali sozinho.

- Porque sozinho?

Ele não entende a pergunta: - Como?

- Você, aqui, sozinho?

- Ah, as vezes a gente precisa de um tempo, vivo numa correria, rodeado de pessoas, e preciso ás vezes me encontrar comigo mesmo.

- Então porque se queria ficar sozinho, faz questão de minha compania?

- Bom, foi uma surpresa afinal. E de verdade, gostei de você, e não foi de agora, você é diferente.

- Ah, obrigada pela parte que me toca.

- Porque lê tanto?

Agora Vanessa fica em dúvida: Como?

- Você, me disse que passa o tempo livre lendo, e lendo. Porque?

- Eeeee. – Vanessa exita em falar: - Eu procuro ocupar meus pensamentos.

- Ocupar seus pensamentos?

- Sim, quando você lê, seus pensamentos estão focados em outra coisa, só ali na verdade, não seria a mesma coisa se eu saisse toda noite, ficariam dispersos e eu....

- Pensaria no Luan?

- E em outras coisas mais que procuro não lembrar.

- Humm..sei.- Vamos lá no Parque?

- De novo?

- Lá é melhor pra conversar, aqui tem muito barulho, e ainda é cedo.

- Ok, mais quero receber por esse serviço prestado certo? Guia turístico é caro por aqui.

- Ah tá.

A caminhada foi silenciosa, poucas palavras, e as que sairam foram comentários sobre a cidade, as pessoas e afins.

Sentaram próximo a cerejeira, e Sorocaba quebra o silêncio.

- Você tem conhecidos aqui?

-Sim, o Richard.

- Ele é seu namorado?

- Não, não! Um amigo e colega de trabalho. - Vanessa se pergunttava porque todo mundo achava que Richard era seu namorado!

- Ah, certo.

- Você não esqueceu o Luan não é verdade?

- Você muda de assunto do nada não é?

- E você não respondeu minha pergunta.

- Não, não esqueci, as vezes me pergunto se é pior esquecer, ou desejar que nunca tivesse acontecido, mais prefiro nenhuma das alternativas, mesmo sofrendo. Mais e você?

- Eu?

- Sim, como está seu coração?

- Melhor que o seu garanto.

- Ah tá, engraçadinho, como pode isso acontecer? Estavamos brigando a um dia, e agora estou eu conversando com você, falando do assunto que é “proibido” pra mim?

- Não sei, mais eu causo esse efeito.

- Rá, certo, e sai do Brasil pra comer Hamburguer no Mc Donald’s, é você não é normal.

- Nem você tá? Que mora aqui e não aproveita essa maravilha.

- Mais eu tenho meus motivos.

- Isso não justifica.

- Ah é?

- Se põe no meu lugar, corro  risco de vida quando voltar pro Brasil, e temo pela minha sanidade, não há motivos concretos pra me divertir, aliás é hora de voltar, vamos?

- Mais já? Vamos então.

Chegando no Hotel, Vanessa pega o elevador e Sorocaba entra junto. 

- Você primeiro.

- Não, pode subir pro seu andar, eu acompnhanho.

- Não precisa tá?

Vanessa vai apertar o 17° andar que é o dele, mais ele é mais rápido.

- Eu faço questão.

- Ok, não vou discutir mais.

- Estranho... Ela fala enquanto olha pra Sorocaba.

- O que tem de errado comigo?

- Falta teu chapéu, ou então um boné. KKK’. Desculpa mais percebi isso agora, você sabe que...

- Tem sérios problemas de percepção, eu sei e não ria tá?

- Não de forma alguma. Bom chengamos. – Vanessa pega a chave do seu quarto e abre a porta. – Boa noite.

Sorocaba observava ela minuciosamente.

- Agora o que tem de errado comigo?

- Nada, estou procurando justamente algo de errado com você, e não encontro.

- Isso porque você não consegue ver meu coração, concerteza acharia algo errado. – Vanessa ri mais percebe que ele a olhava de uma forma diferente, a estudava na verdade ela fica desconcertada e diz:  – Bom boa noite mais uma vez.

- Espera um pouco.

- Sim?

Ele se aproxima, acaricia seu rosto e vai ficando mais próximo dela, Vanessa percebe prontamente o que ele queria fazer, se afasta um passo para trás que fica praticamente dentro do seu quarto, ele interpreta errado e dá um passo adiante, seu olhar era penetrante, o desejo era visível, é quando Vanessa  coloca a mão contra seu peito. – Era forte e quente. E o afasta dizendo: - Não Sorocaba, desculpa mais não posso fazer isso, e se você passou esse tempo todo comigo pensando que isso poderia acontecer entre nós você se enganou.

CONTINUA...

Humm, qual será a reação do Sorocaba hein amores?

Aguardem próximo Post pra saber...

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