Capítulo 2 (8º Mês Parte 3)

Já estava quase anoitecendo, Vanessa andou rápido até chegar ao hotel, tomou seu banho, olhou seu email, pensou em ligar pra alguém, sua mãe? Iara? Bruna? Richard? Não, melhor não, isso só demonstraria a essas pessoas que era mais fraca do que imaginava, e elas iriam perceber que ainda sofria. Aguentou sozinha, era como ela própria se sentia no momento.

S O Z I N H A. Precisava de alguém, e percebeu que não conseguia levar sua vida como antes, precisava de proteção, de alguém pra dizer: - Eu estou aqui, fica tranquila. Como Richard sempre fazia.

Ela precisava de alguém pra juntar seus pedaços, não um amor, mais um amigo, ou talvez um amor? Não sabia. A única coisa que tinha certeza era que estava só com o sofrimento vindo á tona.

Anoitece, ela pensa em não descer pra jantar, mais seria pior, ficar ali imersa em seus pensamentos, não que eles não deixassem de persegui-la, pelo menos estaria em um ambiente diferente.

Todos no hotel cumprimentavam Vanessa, afinal já faziam 8 meses que estava ali, ela senta em uma mesa. Mais uma vez sozinha. Vanessa vestia calça jeans escura, moleton azul e sobretudo cinza por cima, estava frio aquela noite.Vanessa não gostava de algumas comidas de lá, sentia falta do tempero do Brasil, então abusava da comida italiana, o sabor era mais próximo e familiar.

Pede uma massa aos quatro queijos, enquanto esperava, percebeu a movimentação no hotel, estava lotado, e poucas mesas vazias.

Ela olha e vê Sorocaba sentado próximo a sua mesa. Vira o rosto mais era tarde demais, ele já tinha visto.

Vanessa sussurra baixo: - Não acredito, que falta de sorte a minha!

Ele levanta e vem até a sua mesa: - Ora, ora, você por aqui?

Ela pigarreia e diz: - Bom eu que deveria perguntar, você por aqui?

Sorocaba fala entre sorrisos: - Bom eu estou hospedado aqui. 

Vanessa fala tentando esconder a irritação: - E eu moro aqui! - E tentava não dar muita atenção, torcendo pra ele voltar pra sua mesa e a deixar “em paz”.

- Posso sentar aqui com você?

Em pensamentos: - Não!.

– Claro, fique a vontade.

- Que bom, não gosto de comer sozinho.

- Ah, eu também não gostava, mais já costumei, faço isso todos os dias e agora acho ótimo!

Ele parecia não ligar para o sarcasmo na fala dela e insiste: - Então você mora aqui? Num dos melhores hotéis de NY?

- Em tese, sim.

- Que legal.

- Nem tanto.

Sorocaba parecia tão natural, a tratava como se não soubesse de nada, isso era estranho, e incomodava Vanessa. Muito.

- Porque nem tanto?

- Ah, é dificil, ficar longe de casa, da família, dos amigos entende? - Vanessa falava sem paciência, e a curiosidade de Sorocaba a irritava.

- Sei bem o que é isso.

- Mais você fica longe e a qualquer momento pode voltar pra casa, eu não.

- Já faz muito tempo que você está aqui pelo visto, e porque veio? Se sente tanta falta de casa?

Vanessa fica pensando: - Ahhh, isso é demais, seria indelicadeza eu não responder? Ou sair da mesa e deixar ele falando sozinho? 

Sorocaba espera a resposta. E diz:- Eu sou paciente, pode pensar no que fala.

Ela fica mais irritada enquanto ele parecia se divertir com isso. Vanessa fala pausadamente: 

- Eu não estou pensando no que falar! 

- Então porque demora tanto pra responder?

- Eu estou morando aqui já fazem 8 meses, e vim pra cá por muitos motivos, profissionais e pessoais. Vanessa fala num suspiro de impaciência por fim: - Sua naturalidade me irrita.

- Minha naturalidade? Sorocaba fica sem entender.

- Exatamente! Eu não queria falar nisso mais uma vez mais, você deve imaginar o porque de eu estar aqui, e fala como se não soubesse de nada!

- Ah entendi! De você ter beijado outro cara na festa do Luan? Aquilo foi golpe baixo hein ?

Essa foi a gota D’água! Aquilo era demais, e a machucou profundamente, era na verdade o que todos achavam afinal? Que ela beijou o cara?

Vanessa fala entredentes e de punhos fechados batendo na mesa: - Eu não beijei ninguém naquela festa, não por vontade própria, fui pega de surpresa, e afinal? Não sei nem porque estou falando disso.Conlicença.

Vanessa sai irritada e mais quebrada por dentro, era de se esperar ouvir isso, afinal, era a opinião não só dele, mais de país todo. Tirando Bruna, Pexola, sua mãe, e suas amigas.

Sorocaba percebe como ela ficou e pega no seu braço. – Desculpe, acho que falei besteira, me perdoa de verdade, mais fica pra jantar, podemos conversar depois sobre isso.

Vanessa fala seca: - Não quero conversar nada com você! Além do mais perdi a fome, e solta meu braço por favor? 

CONTINUA...

Que incoveniência hein amores?

Como vai terminar essa discução?

Próximo Post depois de 10 comentários.

Como sempre, conto com os do TT. Comentem por lá tbm quem não tem Blogger @vanesssinhaa.