Capítulo 3 (Parte 10)

A noite foi longa, Vanessa virava pra um lado e pra outro, com muito custo conseguiu dormir, passou o ensaio da “peça” de amanhã mentalmente mais uma vez. Acordou com o sol aparecendo na janela do seu quarto e leves batidas na porta, quem mais seria? – Nanny claro.

- Já vou Nanny! – Grita num som abafado pelas cobertas.

Levanta e abre a porta.

- Bom dia! Nossa, você está horrivel, como sabia que era eu?

- Quem mais seria, ah e obrigada pelo elogio logo cedo.

- Não tem de quê. – Entra e começa a mexer na mala de Vanessa.

- Hey! O que está fazendo?

- Procurando algo pra se vestir, é algo importante, você sabe né?

- Ah por favor, eu sei me vestir muito bem, veio aqui só pra isso? Poderia estar dormindo um pouco  mais agora.

- Sabe que horas são? 7:30 Vanessa!

- Sim a reunião é de 9:00.

- Mais temos que chegar cedo ok?

- Porque?

- Porque sim, vai anda logo, toma seu banho, e desce pra gente tomar café, vou ligar pra produção de Luan vir nos buscar.

- Certo mamãe. – Vanessa fala fazendo um monte de careta enquanto Nanny ria fechando a porta.

Vanessa toma seu banho, e percebe que estava separado em sua cama uma peça de roupa, provavelmente Nanny tinha feito aquilo. Alívio, realmente não sabia o que vestir. Era algo discreto, não muito social, mais apresentável para a ocasião. Faz uma maquiagem leve, pega seus óculos e desce. Nanny a esperava.

- Como estou? – Pergunta com um leve sorriso.

- Perfeita, agora vamos? Já estão nos esperando.

- Mais já?!

- Eu sou rápida.

- Percebe-se. – Vanessa ri, tentava não pensar aonde estava indo. Até que veem Roberval encostado no carro de braços cruzados, óculos escuros, o rosto de Luan estampava todo o carro escrito “Produção Luan Santana”. 

Nanny olha pra Vanessa e diz: - Por favor, seja mais gentil?

Vanessa ri : - Claro, aguarde e observe.

- O que você vai fazer hein? – Pergunta em dúvida.

Vanessa percebia que Roberval a observava dos pés a cabeça, começou a olhar nos olhos dele com um leve sorriso no rosto. Ele junta as sobrancelhas em sinal de dúvida, como se fizesse a pergunta: - Ela está olhando pra mim? – Roberval desencruza os braços, ajeita a camisa, passa a mão nos cabelos e mantém uma postura correta. 

Nanny ri ao ver Roberval se ajeitando todo, mais é Vanessa que rompe o silêncio : - Bom dia Senhor Roberval – cumprimenta pegando em sua mão e dando dois beijos em seu rosto.

Roberval inala seu perfume e fala desconcertado: - É...bom dia, só Roberval certo? Ou Rober se preferir.

- Como quizer Roberval, antes de mais nada, eu queria me desculpar – Vanessa fala voltando toda sua atenção para ele, que estava encantado .

- Pedir desculpas? – Pergunta sem entender.

- É acho que causei má impressão ontem, mil desculpas, eu estava com muita dor de cabeça devido a viagem e não lhe dei atenção, então perdão se o tratei mal, ou fui grossa de alguma forma.

Ele estava ouvindo aquilo? – Não! Mais de forma alguma, nem percebi isso ontem. – Mentia – e entendo perfeitamente, a senhora é um doce em se desculpar. – E que doce. – pensava.

- Ah, obrigada, realmente quase perdi o sono ontem a noit pensando em você, quer dizer no que fiz. – Se corrige enquanto sentia vontade de rir. – A e só Vanessa por favor? E estou muito nova para ser chamada de senhora não acha? – Risos.

- Ela pensou em mim? – Ai meu Deus, isso é demais pra esse coração. –Tem toda razão Vanessa. – Fala por fim.

- Bom vamos então? – Nanny interrompe.

- Claro, podemos Roberval? – Vanessa o olha mais uma vez.

- Sim, podemos ir. – Fala nervoso – Já devem estar nos esperando, o escritório não fica muito longe. – Fala enquanto abria  a porta paara as duas entrarem.

Enquanto Roberval dava a volta para ir na frente do carro, Nanny diz: - Vanessa você é má sabia? Coitado do Roberval.

Fala como fosse vítima: - Mais eu só fiz o que me pediu, fui gentil não fui? – Vanessa ri.

Aquilo com Roberval tinha sido só uma forma de disperçar o nervosismo que sentia, foi muito divertido, mais a cada minuto que passava a realidade ficava mais perto. Suas mãos suavam, estavam frias, seu corpo tremia involuntariamente, esses sintomas aumentam quando Roberval vira e diz: - Cjegamos!

Agora não tinha mais volta, não tinham mais distrações, o mundo parou e agora se resumia ali, aquele momento ao qual Vanessa pedia que não durace muito, fosse difícil mais rápido, e mesmo assim seria percepitível, não tinha como negar.

Caminhava a passos lentos em direção a porta de entrada, se sentiu em outras épocas, como uma pessoa que caminha pra forca. Medo. Nanny fala algo inaldível, mais Vanessa não se preocupou em tentar entender, estava focada demais naquele momento.

As palavras de Nanny foram as seguintes: - Chegou a hora!

CONTINUA...

Paro no melhor né amores...? Mais próximo post é de fato a conversa entre os dois certo?

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kISS kISS.