Capítulo 3 (Parte 14)

- Você não me perdeu Luan, ninguém perdeu, acho que nós não nascemos pra ficar juntos. – Vanessa explicava.

- Você não me respondeu, vocês se amam? – Pergunta mais uma vez.

- Eu, não tenho certeza do que eu sinto Luan, estou confusa e não tenho nada concreto pra dizer, a única coisa que sei é que ele me ama.

- Eu te deixei escapar Vanessa, eu não podia, eu...enquanto eu ficava com uma e com outra você sempre esteve intácta, eu fui um monstro, te disse coisas horríveis, te acusei injustamente, te fiz sofrer, e o Sorocaba apareceu, tratou de suas feridas, juntou os pedaços, eu entendo, eu perdi,  eu te perdi. Eu mereço isso. Ele é melhor que eu, ele merece ficar com você e não um monstro como eu.

Vanessa estava sem ação enquanto via Luan chorar. Era dificil ver aquilo.

- Eu não estive intácta esse tempo todo. – Fala envergonhada enquanto Luan a olhava, ela fica em silencio, mais precisava continuar o que começou. – Eu fiquei com o Sorocaba.

Luan faz uma cara de dor, como se seu maior pesadelo estivesse acontecendo na realidade, imaginava Sorocaba a beijando, tirando sua roupa, tocando cada parte do seu corpo que somente ele conhecia, a enchendo de carinhos e sussurrando em seu ouvido que a amava, como ele fazia.

Vanessa percebe como ele havia entendido e explica: - Nós apenas nos beijamos, apenas uma vez, no meu apartamento. Tomamos um pouco de vinho e conversávamos, quando tudo aconteceu. Não sei explicar bem, mais aconteceu. 

- E como foi? – Pergunta Luan, já que era pra se machucar, que fosse de uma vez.

- Foi...foi um dos melhores beijos que já provei, - fala por fim - foi puro, sincero, sem malícia, sem pressão. Me fez esquecer por um momento de tudo. – Fala com sinceridade.

- Eu imaginava isso, você o ama, só não quer admitir. – Fala decepcionado.

- Eu não tenho certeza disso, eu gosto de ficar com ele, me sinto bem mais...

- Está dividida? – Havia esperança então.

- Eu não tenho certeza do que sinto. Apenas isso. – Vanessa desconversa.

Luan entende, que ela estava dividida entre ele e o Sorocaba, talvez ainda houvesse esperança mais saber que ele provou do beijo dela, saber que ela tinha gostado, lhe causou dor.

- Vanessa, eu sei que não vai ser fácil me perdoar, esquecer de tudo o que aconteceu, mais eu entendo que queira ficar com alguém que esteve sempre do seu lado, que te apoiou, te ajudou quando mais precisou, quando eu não fiz. Eu vou entender se ficar com o Sorocaba, você merece alguém como ele. Mais saiba que eu te amo, mesmo que não me ame mais, quero que saiba que você foi única, que sem você eu me vi perdido, sem luz, completamente no escuro. Meu céu acabou quando você se foi. Eu te perdi uma vez e percebo que estou perdendo de novo, mais pelo menos estou aqui tentando. Eu te amo.

- Eu não estou duvidando disso Luan, você pode ter achado que me amava, só acho que não existe mais a condição de vivermos algum relacionamento juntos, nossas vidas tomaram rumos diferentes, e não é por conta do Sorocaba, é o certo. Não deu certo uma vez, e não vai dar mais. Você é o Luan Santana, e eu não posso mudar isso. E muita coisa aconteceu e nós dois...

- Você me disse um dia que se apaixonou pelo Luan Rafael lembra? – fala com esperança.

- Eu amei com todas as minhas forças o Luan Rafael, mais percebi que foi algo que criei, porque no fundo sempre existiu o Luan Santana, e percebi isso naquele momento que me pediu pra sair da sua vida, se você pudesse se ver naquele momento Luan...me deu medo, eu não te reconheci, ou nunca te conheci na verdade. Foi como perder o chão, cair num abismo, ficar no escuro. Foi jogar tudo que vivemos juntos, ou aquilo que vivemos não passou de uma ilusão quando eu te vi daquele jeito. Luan Rafael foi uma ilusão que criei, uma ilusão boa, passageira e que não vai mais voltar.

Ele pega a sua mão e coloca contra o peito : - Esse Luan ainda existe aqui e ainda te espera. E vai esperar o tempo que for preciso.

- Será mesmo Luan? – pergunta em dúvida.

- Eu não vou desistir de você. – Fala convicto.

- Eu não estou pedindo pra desistir, porque eu já abri mão disso. – Fala com a voz baixa.

- Então acaba aqui? É isso?

- Eu acho que nunca ouve nada, porque se tivesse existido, não estariamos tendo essa conversa. – Falava tentando acreditar nisso.

- Eu mereço estar ouvindo isso. – Fala decepcionado e virando-se até a porta. – Me desculpe por tudo, espero que me perdoe eu te amo. – Lágrimas viam de ambos os rostos.

Luan caminhava, deixando parte dele, deixando sua vida, sua felicidade, seu amor. A olha mais uma vez e percebe algo estranho. Seu semblante era de dor, não psicologicamente, mais ela sentia algo. Vanessa estava com a mão sobre o peito, e a outra apoiada num móvel. 

Luan não pensa duas vezes e em dois passos estava ao seu lado: - O que você está sentindo? Está bem ? - Fala enquanto a abraça e a leva até a cama. Estava molenga, suava frio, começava a respirar com dificuldade .- Fala alguma coisa Vanessa por favor! – Grita desesperado.

-  Tô um pouco tonta e meu coração, tá acelerado. – Consegue dizer por fim.

Luan não pensa duas vezes, levanta rápido abre a porta, volta e diz: - Você consegue andar?

- Não tenho tanta certeza se posso. – Sua voz mal saia. – Mais não se preocupe, deve ser só a pressão, logo passa.

Luan não acreditava muito nisso. – Eu não vou perder você de vez. Vem vamos. – A pega pelos braços e sai, o elevador estava ocupado, resolve descer pelas escadas, ela respirava cada vez mais com dificuldade. Quando vai chegando perto da recepção, percebe que Vanessa está desacordada, seu desespero aumenta. Começa a gritar por Nanny, todos o olham.

- Nanny, Nanny! Rápido a Vanessa!

Nanny vira assustada, quem gritava por ela? E vê Luan a carregando nos braços: - Meu Deus, o que aconteceu?

- Eu não sei bem, ela começou a passar mal e desmaiou, vamos rápido, precisamos ir no hospital.

- Eu vou chamar uma ambulância, espera.-  fala mantendoa  calma.

- Não, vamos no meu carro, vem, não podemos perder tempo.

Saem do hotel nas pressas, o carro de Luan estava no estacionamento do hotel, por sorte não tinha ninguém lá fora. Coloca Vanessa no banco de trás e já passava pro banco de motorista.

- Hey, hey! Você não pode dirigir, se não vamos ser três mortos aqui ok? O Brasil não quer perder o Luan Santana ainda né? Me dá as chavez, eu dirijo.

- Mais...

- Eu sei onde fica o hospital daqui, lembra que eu sempre vinha pra Londrina? Eu conheço a cidade como a palma da minha mão Luan.

Luan passa pro banco de trás com Vanessa enquanto Nanny dirigia. E le se desespera.

- Ela não está respirando Nanny, meu Deus, Vanessa por favor acorda!

- Faz  RCP nela urgente Luan!

- Fazer R o quê? – pergunta sem entender.

- Ai meu Deus, não tenho tempo de explicar a sigla agora! Respiração boca-a-boca Luan, tenta reanimar ela eu tô dirigindo e só você pode fazer isso né?

- Dirigindo?! Você tá voando na verdade! Meu Deus eu nunca fiz isso na minha vida! – Desespero.

- Tenta Luan, isso pode ajudar a salvar ela.

- Tá...tá..tá bom!

Luan contrai o peito de Vanessa, e solta ar dentro da sua boca por três vezes, parecia que ela não respondia.

- Ela não respira, ela não respira!

- Continua Luan, já estamos chegando, não desiste.

Luan tenta e por um milagre, ela retoma a respiração.

- Isso meu amor, respira, vai ficar tudo bem! Nós já chegamos.

Luan sai do carro com Vanessa desesperado e invade o Hospital aos gritos, as pessoas presentes levam um susto ao vê-lo ali.

- Por favor ajudem aqui,ela não acorda! 

Vários enfermeiros aparecem, uns com uma maca, outros com aparelhos de primeiros socorros, Luan a estende e levam direto para a emergência, Nanny fica na recepção preenchendo alguns papéis.

Luan estava feito louco, andando de um lado a outro, mais quando veem a levando corre e vai entrando junto com os enfermeiros na sala. Já tinham colocado máscara de oxigênio e tentavam reanimá-la.

- Você não pode entrar aqui, desculpe. – Fala o médico.

- Eu preciso ficar com ela, não me impessa – Luan chorava.

- Você vai ajudar ficando aqui, confie e deixe que nós resolvamos tudo. – Fecha a porta e Luan volta pra recepção.

Nanny mexia no celular, ligava pra Sorocaba.

- Que ótimo -  pensava Luan -  ele vai pensar que eu a matei!

Nanny falava desesperada, dizia que não sabiam o que tinha acontecido, apenas que estavam no hospital. Em poucos minutos Sorocaba chega, estava desesperado.

- O que aconteceu?

- Não sabemos ainda, estão lá dentro, acho que vai demorar.

- Você ligou pra familia dela? Avisou?

- Não, não me lembrei de falar com a Mary. Vou  ligar.

- Não seria melhor, depois de termos alguma notícia? – Sorocaba fala em dúvida.

Luan interrompe nessa hora: - É a mãe dela, e ela tem todo o direito de saber o que está acontecendo!

Sorocaba ignora e  não o olha,  Nanny resolve ligar. Mary fica desesperada, precisava ir pra Londrina, pegaria o voo mais rápido e chegaria ainda a noite prometeu.

Luan resolve ligar pros seus pais, que prometeram chegar em minutos. Bruna também viria. Agora só restava esperar. Luan estava sentado, olha pra Sorocaba andando impacientemente e diz: - É melhor sentar, proque daqui a pouco vai fazer furos no chão.

- Não é da sua conta! – Fala com raiva. – me deixa em paz tá?

- Escuta aqui, eu não tive culpa ok? Eu já vinha embora quando ela passou mal e você...

- Ela só está aqui, porque você fez muito mal pra ela, não só hoje, mais desde sempre, desde que acreditou naquele maldito do Anderson! Então a culpa é sua sim!

- Escuta aqui...- se aproximam quase brigando.

- Ei..ei...ei. Vocês estão num hospital esqueceram? – Fala Nanny ficando no meio dos dois. – Mantenham a calma por favor?

Todos ficam em silêncio, mais não por que Nanny pediu, porque o médico se aproximava, trazia notícias de Vanessa, e sua cara não era nada boa.

CONTINUA...

E agora amores? O que aconteceu com a Vanessa hein?

Será que ela vai ficar bem?

Aguardem próximo Post pra saber.

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Por @FanficUmaHdAmor e @vanesssinhaa