segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Capítulo 2 (4° mês parte 2)


Nos EUA, telefone toca.

- Alô?

- Parabéns pra você, nessa data queria, KKKK’. Oi minha linda!

- Mãe! Quanta saudade, você lembrou?

- Claro né? 29/08, o dia mais feliz da minha vida por ter ganhado você, como não lembrar?

- KKKKK’, eu sei. Obrigada.

- Como você está? Queria tanto poder te dar um abraço agora.

- Ai mãe, assim eu vou chorar, poxa, eu também queria muito te abraçar, mais ainda faltam alguns meses.

- Vai passar, você vai ver. Olha, se cuida e eu te amo certo?

- Também te amo mãe.

Mais uma ligação.

- Alô?

- Parabéns, ficando mais velha hein?

- Hey Iara, são só 21 anos ok?

- KKK’, amiga, tudo de melhor, saudades de você.

- Obrigada, parece que hoje meu celular não pára de tocar, que bom que todos lembram.

- Quem está louco esquecer pra você matar a gente, nós somos obrigados a lembrar.

- KKKKKK’ verdade.

- Olha, se cuida, e comemora ok? Afinal você está em Nova York EUA. KKK’.

- Hoje eu to de folga, daqui a pouco vou sair, lá no Central Park.

- Inveja boa de você. Se cuida.

Vanessa pega seu violão, e sai, gostava de passear no Central Park, além do lugar ser lindo, era tranqüilo, chega enfim na sua árvore, era seu lugar preferido, uma cerejeira, sentava na grama e ficava admirando o lugar.


Era a primeira vez que levava seu violão, não tocava desde...enfim, mais hoje era seu aniversário, e precisava tocar, a música lhe fazia bem, era o único remédio contra a solidão nesse momento, lembrou do seu pai, o quanto ele gostava de ouvi-la, e no seu íntimo agradeceu ao Luan, por fazê-la tocar novamente. Já estava anoitecendo, Vanessa volta pro hotel, tinha umas ligações perdidas no seu celular, era a Bruna, resolve retornar.
Chama, chama, Bruna estava no banho, Luan ouve o celular tocar e grita: - Bruna, telefone.
- Tô saindo do banho, atende pra mim?
- Tá bom.
Luan não vê o nome no visor, e atende com pressa.
- Alô? Bruna? Queria falar comigo? Tinha várias ligações no meu celular.
Ninguém responde, Luan reconhece a voz dela, e fica no impasse, responder ou não?
- Bruna, tá me ouvindo? Você está ai? Queria falar comigo?
- A Bruna está no banho.
Vanessa reconhece a voz de Luan, e não responde, desliga o telefone.
- Quem era Luan?
 - Sua amiga, toma ela desligou.
- Vanessa? Nossa, preciso ligar de volta.
Bruna disca. Vanessa demora a atender, e Bruna manda um SMS, com o seguinte texto : - Sou eu, me atende vai. E liga de novo.
- Oi Bruna, queria falar comigo.
- Oi, desculpa por isso agora Vanessa, eu tava no banho e...
- Não, sem problemas, não precisa explicar, tá tudo bem.
- Mais, feliz aniversário pra você!!!
- Como você soube?
- Iara me falou ué.
- Eu mato a Iara.
- Porque? Não gosta de comemorar seu niver?
- Não, não é isso, ai eu to sendo idiota né? Obrigada Bruna por ter ligado, de verdade.
- Vai comemorar aonde?
- Bom, eu acabei de chegar no hotel, vim do Central Park agorinha mesmo, tava tocando violão lá, o Richard me chamou pra sair, mais não vou não, não tenho a fim comemorar entende?
- Sua boba, mais quem é Richard hein? Bruna fala num tom como quem não gosta da idéia.
 Um amigo ok? Muito engraçado, um dia você vai conhecer ele.
- Pode acreditar que sim.
- Olha, vou tomar um banho, tenho que desligar, muito obrigada por ter ligado, isso significa muito pra mim.
- Foi exatamente por isso que liguei. Se cuida.
Bruna fica rindo sozinha, lembrando que daqui a uns dias iria ver Vanessa, imaginando a cara quando ela a visse, mais Luan estava perto.
- Você estava aí?
- É engraçado como você se preocupa com essa garota. Luan fala irritado.
- Sabe Luan, ela significa muito...
Mais Bruna não consegue concluir, seu irmão bate a porta e sai irritado. Luan entra no seu quarto e se tranca, ela tinha um “amigo”? - Mais um, agora, americano, realmente não perde tempo.
Ele realmente não conseguia admitir a idéia de a ver com outra pessoa, por mais que tentasse era difícil, mais ele tinha outro foco agora, o show no Brazilian Day, isso sim era importante, seria um momento único e merecia sua total atenção agora.
Vanessa toma seu banho, e deita um pouco.
- É,  legal, meu aniversário, estou aqui, na cidade que não dorme nunca deitada no quarto de hotel, ótima comemoração. Afinal de contas, é melhor assim, não tenho motivos mesmo, se fosse em outra época...
Lembra então de quando estava no Brasil, e corta seus pensamentos de imediato.
- Não, vamos parando ok? Você se permite machucar demais Vanessa, que droga!
O telefone do seu quarto toca, era da recepção comunicando que ela tinha visita, se poderia autorizar a entrada, era Richard. Ela autoriza e fica a sua espera.
- Happy Birthday to you!!
- Não acredito, até que enfim uma frase em inglês, você está bem Richard?
- KKK’. Acho que sim, e estou aqui para buscar minha aniversariante pra sair.
- Olha, sério, eu não to com vontade nenhuma.
- Eu não perguntei se estava com vontade, eu vim te buscar e você vai comigo. Não aceito um não como resposta. Please?
- Só porque você falou uma frase em inglês comigo hoje desde que cheguei eu vou.
- Ótimo, irei fazer isso com freqüência.
- Rá, sei.
- Te espero lá embaixo.
Vanessa escolhe um vestido cinza/grafite de botões estava frio com um cinto largo,  pôs meias longas pretas e sapato preto. Desce.
- Ual! Você está linda.
- Thanks! Let’s go?
- Vamos, em português ok?
- KKKKK’.
Richard leva Vanessa a um restaurante de comida Italiana na Times Square, o jantar foi divertido, ele era uma ótima companhia mais Vanessa parecia não conseguir estar feliz completamente.
- O que está faltando hein?
- Nada.
- Você pode me contar se quiser, sem pressão ok?
- Você percebe como me sinto não é? Não dá pra disfarçar mesmo?
- Não, desde que eu te vi, te observo, e sei que você não veio aqui só por uma oportunidade única, você parece fugir de algo, certo?
- Nossa, você realmente observa bem. Não, eu não vim parar aqui só pela oportunidade de uma carreira na minha área profissional, eu vim também pra esquecer. Esquecer uma pessoa.
- Um amor?
- Não sei se foi amor, pelo menos era o que eu sentia, digamos que faltou confiança.
- Você não gosta de falar nisso não é?
- Dói muito, e você não sabe o quanto.
 - Se eu puder ajudar, acho que se abrir com alguém vai ser de grande ajuda.
- Você quer mesmo ouvir?
- Estou esperando.
CONTINUA...

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