Capítulo 2 (6 mês)

O show deu certo, todos voltam pro Brasil, Bruna só falava com Pexola, não se conformava em partir daquela maneira. Vanessa em fim volta pro hotel, liga pra sua mãe e conta que estava bem, a estadia na casa de Richard foi muito boa, ele era uma ótima companhia e um grande amigo, mais a decepção estava visivel mais uma vez em seu semblante, ver Luan, falar com ele não a tinha feito bem, a forma como ele a tratou abriu ainda mais uma ferida que mal começou a cicatrizar, precisava de seus amigos, de sua mãe, sua família, resolve ligar então para Iara.

- Até que em fim lembrou de mim, ainda existo sabia?

- Sua boba, deixa disso, sempre lembro de você, mais ligação internacional é caro sabia disso?

- Rá sei, por isso que não ligo pra você com tanta frequência. KKKK’.

- KKKK’. Tá vendo? Então não reclama tá?           

- Me conta o que tá acontecendo, e como você tá? Sua mãe me falou umas coisas.

- É, estou eu de volta  a mesma situação que cheguei aqui amiga, sabe, as vezes eu sinto que não vou aguentar, ver ele de novo, a forma como me tratou foi reviver aquele dia novamente, só que multiplicado por 500 vezes.

- Eu imagino amiga, queria muito estar aí.

- Eu tô realmente precisando de um abraço seu sabia?

- Bom, pelo menos faltam 6 meses né?

- É eu acho que vou sobreviver.

- Vai sim, você é forte.

- As vezes não Iara, estou feita em pedaços, minha estrutura desmoronou de vez agora.

- E a Bruna?

- Não sei, não tive forças pra falar mais com ela, espero que esteja bem.

- Depois vou ligar pra ela e saber como está, olha tenho que sair, aqui tá uma loucura como sempre.

- Vai lá então e obrigada por me ouvir tá?

- Estarei sempre aqui.

- Eu sei disso.

Vanessa não estava bem, aumentou a dosagem dos remédios para tentar dormir, trabalhar, enfim viver. Não conseguia entender como podia amar uma pessoa que  fazia tanto mal a ela, ao ponto de não conseguir seguir sua vida sozinha.

- Se ele tivesse acreditado em mim, tudo seria tão diferente, mas a vida segue seu curso, percebi que não tem volta mesmo, e que eu não passo de uma lembrança. Não, eu não passo de algo ruim que aconteceu na vida dele, é isso, algo ruim.

No Brasil, Bruna preferiu dar um tempo pra Vanessa, conversou muito com sua mãe, contou de como ela estava, dos remédios, Marizete ouvia atentamente e percebia o quanto ela estava mal, e afinal era grata por ter ajudado sua filha.

- Bruna, quando ela voltar a entrar em contato, agradece por mim tá? Ela pode até ter culpa em alguma coisa, mais não está bem, eu sei, e o que ela fez por você foi grandioso.

- Tá bom mãe, eu falo sim, fala com o Luan quando ele voltar pra casa, dá umas broncas nele, sei lá, ele foi muito grosso com ela, fala com ele?

 - Não vou falar com seu irmão, sei como se sente, é uma pena, mais não posso falar disso com ele, ele não iria gostar e...

- Tá bom, eu entendi mãe, sem problemas. – Bruna fica chateada, porque ninguém podia magoar o Luan, ele parecia um boneco de porcelana enquanto Vanessa estava toda quebrada.

Marizete sai e o celular de Bruna toca, era Iara.

- E aí Bruninha, tá melhor?

- Oi Iara, quanto tempo! Tô sim e você? E a Paula?

- Paula tá morando fora do país, em Madri especificamente fazendo um curso lá, e eu tô bem demais da conta.

- Que bom, fico muito feliz por ela e por você estar bem também claro.

- Olha Bruna, primeiro eu te liguei pra saber como você está, e segundo que você me conte como a Vanessa está, de verdade. Não me esconda nada por favor ok?

- Olha Iara, ela aparenta estar bem, mais no fundo não está, e o Luan só piorou a situação, eu me sinto culpada, porque eu queria que eles tivessem conversado, mais não consegui, mais o que mais me preocupou são os remédios que ela toma.

- Um minuto! Remédios? Como assim? Ela nunca me falou nada.

- E nem vai falar, eu vi no quarto dela inúmeros remédios, pra dormir, calmantes, e outros mais, ela está dependente deles pelo que me contou, seu pscológico tá muito abalado.

- Desculpa Bruna, mais eu ODEIO seu irmão.

- Mais os dois se amam. Eu tenho certeza.

- Isso não justifica os fins Bruna e não tenha tanta certeza disso, a Vanessa sim pode amar seu irmão, mais ele não, eu vejo as manchetes, a  mulherada que ele pega, e amor minha linda, se faz com confiança, e ele não acreditou, então eu tenho minhas dúvidas.

- Ai que coisa meu Deus, nada se resolve.Porque a vida é tão complicada?

- Ninguém disse que a vida é fácil Bruninha! Mais eu ainda aposto na minha hipótese, eu tenho certeza que o Anderson tem a ver com isso.

- Será?

- Só saberiamos se descobrissemos alguma coisa, mais os indícios levam a ele sim.

CONTINUA...

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