Capítulo 2 (5 mês parte 4)

19° andar, ela realmente estava sem sorte, dividir um espaço minúsculo com ele.Luan pensava a mesma coisa.

18° andar, seu perfume era embriagador, ambos estavam desconfortáveis.

17° andar, Luan começa a bater o pé, impaciente, demorava muito, e porque ninguém mais naquele hotel entrava naquele espaço em que se encontravam?

16° andar, Vanessa baixa a cabeça, sua respiração era tensa, nenhum ousava em olhar pro outro.

15° andar, elevador pára, ambos se estremecem a luz apaga e volta de novo, estavam presos.

Luan fala baixo irritado: - Essa foi boa, eu realmente mereço isso.

2 min se passam e nada do elevador voltar a descer, Vanessa estava preocupada, pega o celular e liga pra recepção.

- Mr. Paul? I'm stuck in the elevator.

Vanessa falava em inglês que estava presa no elevador dizia que estava com mais uma pessoa, e queria saber o que tinha acontecido. Luan estava irritado, não conseguia entender nada, e apesar de tudo, era lindo ouvir ela falando inglês.

- Ok, ok, I'll wait. (vou esperar).

O elevador estava com problema nos cabos, e iria demorar, Vanessa queria muito falar isso pra Luan, mais não tinha coragem suficiente, percebeu que ele estava tenso, impaciente, lembrou de Richard, ele devia estar lhe esperando, liga pra ele.

- Richard? I will speak in English ok? (Eu vou falar em inglês ok?)

Vanessa explica que está presa no elevador do hotel, e que não sabe que horas vai sair, mais não estava sozinha, e conta por alto com quem estava. Richard entende e diz que se não tem problema.

Luan  ficou tenso quando ouviu o nome de Richard, daria tudo pra saber o que ela disse, não agüenta esperar mais e liga pra Dag, e fala em bom português.

- Alô Dag? Olha eu to preso aqui no elevador.

- Eu sei Luan, é um problema no cabo, e acho que vai demorar um pouco, mais fica tranqüilo, pelo menos não está sozinho.

- Antes estivesse, tudo bem, eu vou sobreviver.

Vanessa estremece ao ouvir sua voz novamente tão próxima, lembra dos sussurros de Luan perto do seu ouvido, sente vontade de chorar, mais prende o choro, como era difícil estar ali ao lado da razão do seu sofrimento e da pessoa que mais amava, sem poder tocar, falar, interagir.

20 min se passaram, Vanessa estava suando, não gostava de ficar em lugares fechados, não se sentia bem naquele micro espaço, ainda mais do lado de Luan, sem dar uma palavra. Liga pra recepção mais uma vez e as notícias não eram boas, iria demorar mais um pouco, estavam entrando em contato com técnicos e eles estudariam uma maneira de tirar eles dali. Fala em português sem se dar conta.

- Que ótimo, vai demorar.

Vai escorregando lentamente pela parede e senta no chão, estava ficando tonta, o espaço pequeno a sufocava, vira a cabeça pro lado, não se sentia bem, o mundo girava ao seu redor, a única coisa que podia se ouvir era o som de Luan batendo o pé impaciente, focou nesse som, fechou os olhos, mais abriu em seguida, sua cabeça doía, e sentia dificuldade de respirar. A noite de sono realmente a tinha feito mal.

Luan observava tudo, e percebe que ela não estava bem, mais não faz nada, fica preocupado, sua vontade era sair dali e sentar ao seu lado, colocá-la no colo, mais prende seus pés firmes no chão pra não cair em tentação.- Meu Deus, como mesmo depois de tudo que ela fez pra mim, eu ainda sinto isso, é ridículo! Luan briga em pensamentos.

 Vanessa olha pra Luan, ele estava cabisbaixo, e visivelmente mais magro, e excepcionalmente lindo, perfeito como sempre, um anjo que para ela era intocável. Olha o celular, 30 minutos se passara, Luan não aguenta e senta a uma certa distância dela, só consegue ver o momento que Vanessa solta o celular, fecha os olhos e tomba para o lado.

CONTINUA...

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é necessário saber se estão gostando amores.

Vanessa Gomes.