Capítulo 2 (5 mês parte 5)

Luan fica  sem reação, mais lembra que a um certo tempo, quando estava na casa da Vanessa com sua mãe, ela falou que Vanessa quando era pequena ficou presa no elevador. - Será que ela tem fobia? Meu Deus, isso é sério, preciso ver se ela está bem.

Luan não pensa duas vezes, levanta e vai para o lado dela, e a coloca sobre o seu colo.

- Meu Deus, eu estou fazendo realmente isso? Vanessa? Você está bem?

Era difícil pronunciar seu nome.

Ela abre os olhos,e o olha. Não consegue responder, mais tenta levantar.

- Você não conseguiu ficar sentada a dois minutos, pode ficar aqui, eu realmente não me importo.

Luan falava com uma certa dificuldade, e Vanessa estava se achando ridícula em estar ali passando mal no seu colo quando devia ser forte e suportar, mais era o melhor lugar que poderia estar, apesar do mal estar, era perfeito, confortável e quente, e iria se culpar o resto da vida por se permitir doer daquela forma. Tenta levantar, mais ele mais uma vez não deixa.

Então fecha os olhos, preferia sentir tudo aquilo do que ver. Seria demais pra ela guardar aquele momento em seus pensamentos.

Luan não tocava nela, apenas cedia seu colo a uma pessoa que estava passando mal, assim ele procurava pensar, imaginava alguém estranho ali com ele, mais era difícil, sua respiração, seu cheiro, seu calor, fizeram ele lembrar de todos os momentos, mesmo sem seus longos cabelos, ela continuava linda, só que mais pálida, mais magra, mais triste, isso mesmo? Sim, ela tinha o semblante triste e cansado.

Luan percebe que ela estava suando muito, toca suas mãos, estavam frias, e sua respiração ofegante.

- Ela não está bem. Vou ligar pra Dag.

- Dag? Olha, pede pra eles agilizarem esse trem aqui, porque ela não está nada bem.

- Ela Luan?

- É a Vanessa, ela está aqui comigo, acho que tem fobia ou está doente, sei lá, mais ela não tá bem, de verdade, pede ajuda aí.

- Ok, eu vou ver o que posso fazer aqui.

- 45min já tinham se passado, e nada de resolverem, Dag liga.

- Luan, já estão providenciando, eles estão nesse exato momento mexendo nos cabos.

- É dá pra ouvir alguma coisa sim.

- Então eu acho que não vai demorar muito, como ela está?

- Deitada, suando muito, e fria, muito fria.

- Mais ela está acordada?

- Acho que sim.

- Bom em todo caso, vou comunicar a direção do hotel, providenciar um médico pra quando vocês saírem atender ela.

- Sim, melhor fazer isso Dag.

Desliga. O desejo que ele sentia de acariciar seus cabelos era incontrolável, tocá-la, sentir ela mais uma vez em seus braços, naquele instante esqueceu de tudo, só existia ali uma pessoa frágil, que precisava de cuidados, dos seus cuidados. Não consegue conter e afaga seus cabelos, abaixa e sussurra em seu ouvido.

- Não se preocupe, eles já estão concertando, logo, logo vai estar bem.

Vanessa só pensa: - Não, não quero estar bem, queria estar ali, o resto da sua vida, ali, deitada no melhor colo do mundo e ouvindo aquela voz, tão diferente de quando a ouviu pela última vez, e sentiu uma pontada de esperança ao imaginar que ele estava preocupado.

Até que ouvem um barulho, e o elevador começa a descer.

- Não falei? Estaremos livres daqui a pouco.

Vanessa em pensamentos - Livres? E de volta pra realidade, a dolorosa realidade, cheia de dor, pelo menos era assim que se sentia, essa era a sua realidade. Porque apesar de tudo, ele estava aparentemente bem, e ela não.

Chegando perto do térreo Luan levanta, a pega pelo braço e sai. Ao abrir a porta, muitos não acreditavam no que viam, Dag, Bruna, e algumas pessoas da banda olhavam surpresos Luan carregando Vanessa.

- Rápido gente, ela não está bem.

CONTINUA...

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