Sorocaba foi embora rápido, deixou o convite do show para Vanessa, mais tinha um problema, não seria no Rio de fato, seria em uma cidade próxima, a única resposta que obteve foi, - talvez eu vá. E partiu.
Foi estranho pra Vanessa recebê-lo mais uma vez ali, de certa forma agradeceu a Nanny por ela estar lá, não saberia o que fazer se estivesse mais uma vez sozinha com ele. Luan dormiu satisfeito, dali a dias iria encontrar ela mais uma vez, e pelo visto ela não iria ao show, não tinha com o que se preocupar. Seu foco agora era pra quando estivesse no Rio, com ela mais uma vez, imerso em seus pensamentos, adormeceu, no outro dia já começava sua rotina mais uma vez. E o que mais desejava era ter mais um motivo pra voltar pra casa.
Nanny junta todas suas coisas, Vanessa a olha estranho.
- Não vai mais ficar aqui?
- E...hoje de manhã enquanto você tava no banho, me ligaram e disseram que estava tudo resolvido. – fala se desculpando.
- Mais já? Tão rápido, resolveram tudo em 24 hrs? Tem certeza que quer ir? Não tem nenhum problema em ficar mais uns dias.
- Não, não tá tudo bem, obrigada. Vamos direto pro trabalho, já que meu carro ficou lá, depois eu volto pra casa no final do expediente.
- Certo então. – Vanessa fica desconfiada, mas não faz mais perguntas, ela devia ter seus motivos, mais de uma coisa tinha certeza, esse apartamento nunca esteve com problemas.
Luan estava em São Paulo, tinha algumas fotos pra fazer e show duas noites seguidas, mais seu pensamento estava no Rio, estava em Vanessa, deitado em seu quarto pensava em como fazer para ficar mais perto dela. Abrem a porta.
- Hey cara, ta fazendo o que aí?
- Eu Rober? Tô tentando ficar sozinho, mais ta impossível pelo jeito aqui hoje.
- Argh! Que mal humor hein? Só perguntei ta? Mais vou saindo Senhor alegria.
- Não cara, chega aí. Eu to precisando de ajuda.
- Espera aí eu ouvi direito?! Você precisando de ajuda?
- É testa, ouviu ta?
- E em que posso ser mais ultil? Além de cuidar da sua vida, suas roupas, suas fãs, sua comida? Não me vejo em que ajudar mais. – Rober fala irônico.
- Ah cara, as vezes cê me dá nos nervos, mais eu preciso de idéia.
- Não conte comigo para compor musica, sinto muito.
- Não tem nada a ver com musica não, dá pra me deixar explicar, sem me interromper?
Ele acente com a cabeça.
- Eu preciso fazer alguma coisa, alguma coisa pra Vanessa, mais ela não pode saber que fui eu, e não pode achar que é o Sorocaba entende?
- Tipo um anônimo? Coisa secreta? Sei lá.
- Isso, isso mesmo cara.
- Poxa Luan, faz uma música, é o melhor que você sabe fazer, ou uma carta, mais pra isso precisa ter o endereço da gosto...- para.
- Não termina essa frase Rober. – Luan fala com ciúme.
- Desculpa Luan, mais a tua ex é muito..muito...delícia. – Luan pega um travesseiro e joga em Rober.
- Ei irmão você devia se orgulhar, tô só elogiando. – Fala despreocupado.
- A é? Eu lembro de você descrevendo ela naquele dia, cara se eu soubesse que era a Vanessa, eu..eu..
- Eu era um homem morto, eu sei.
- Bom eu vou fazer isso que me disse, primeiro a carta, depois a canção, agora trata de arrumar o endereço dela pra mim. – Fala mandão.
- É o quê? Tá maluco, como vou fazer isso? – Rober praticamente grita, isos era quase impossível.
- Se vira cara, te pago pra isso. – Luan ri.
- Ah é? Então trata de me pagar pelo servicinho extra ta? – Fala no mesmo tom.
- Me deixa Rober, agora tenho que escrever a carta, quero enviar ainda hoje. Preciso organizar as idéias.
Rober sai e Luan pega lápis e papel, não muda a caligráfica, apenas capricha mais, Vanessa não saberia, pois nunca o viu escrever, e a música, faria uma, muito melhor do que a de Sorocaba. Agora botava todos os sentimentos naquele papel, na intenção deles chegarem com a mesma emoção e amor no momento que ela estivesse lendo.
Depois de algumas horas Luan pede pra chamar Rober.
- Toma, aqui ta a carta, quero que compre uma caixa colorida, e dentro dela coloque a carta e papéis em forma de estrela, Lua, sol e coração. – Dava todas as dicas.
- Pra quê tudo isso? – Fala sem entender.
- Só a Vanessa vai saber o significado quando abrir a carta, portanto, sem perguntas ok? Ah e crie um endereço qualquer, não quero nenhum vestígio que seja eu. Mais antes de mais nada conseguiu o endereço?
- Foi difícil, mais dei o meu jeito, cara você devia me agradecer sabia?
- Obrigado testa. – Luan zomba.
- Mais alguma coisa patrãozinho? – Faz reverência.
- Sim, quero que encomende uma planta, uma orquídea na verdade, e mande pro mesmo endereço, certo?
Rober o olha espantado: - Uma orquídea? De verdade?
- Existe de mentira? Sim, quero uma muda, a mais bela certo?
- Como ela vai chegar lá? Você é maluco? – Fala mais exatlado.
- Não sei, ágora quero isso tudo no correio hoje, e é melhor você correr cara, eles fecham daqui a duas horas. – Olha o relógio.
- Duas horas? Luan, cara, sinceramente? Você ta pior que a Dag. – Rober sai mais vira pra dizer – sabe porque to fazendo isso? Porque por incrível que pareça você realmente ama essa garota, em dois dias essa carta deve estar nas mãos dela, e quero meu almento ok?
- Ah, o tempo ta passando Rober, vai lá, restam apenas 1hr e 50min.
- Vou sim, mais também só porque a Vanessa é – ele o olha fazendo de propósito.
- É o que Rober? – Fala bravo e puixando o “R” no final com o sotaque.
- Nada não cara, esquece. – sai rindo.
Já era quase noite, Vanessa se preparava pra sair do trabalho, quando Nany entra na sua sala com uma notícia nada agradável.
- Vanessa, olha você precisa ligar pro Anderson.
- Como é que é? – fala sem entender.
- Pra confirmar a gravação da campanha com o Luan. – Explica.
- Ligar pro Anderson Nanny? Tem certeza?
- É o jeito Vanessa.
- Tá bom, me dá o número. – Fala insatisfeita.
Disca o número do escritório de Londrina. Chama por três vezes, ela olha pra Nanny e diz: - Não vão atender, olha a hora – olha o relógio de pulso - já está quase fechando.
Até que uma voz fala: - Escritório Luan Santana Music, Anderson falando.
- É, Anderson é a Vanessa, tudo bem? – pergunta sem graça.
- Ah, Vanessa – fala todo educado – como vai, que surpresa.
- Pois é, só estou ligando pra confirmar a campanha, o Luan está ciente da data, local e tudo mais não é? Estão lembrados?
- Claro, claro. Já estamos preparados, a Dag e o Rober vão acompanhá-lo, eu não poderei ir, infelizmente, bom, o Luan na verdade não está mais contando tanto comigo, se é que me entende. – se explica.
- Olha Anderson, isso é coisa de vocês dois, só liguei porque são coisas profissionais. – Vanessa tenta não entrar na conversa mais Anderson insiste.
- Vanessa, me desculpe, eu fiquei arrasado quando soube que você estava na UTI, me senti culpado pela sua situação, e ver o Luan me tratando assim, não está sendo fácil recuperar a confiança, não só dele mais de toda equipe.
- Olha Anderson, sinceramente, você devia ter pensado nisso antes, só está colhendo seus próprios frutos, sei que você é um bom profissional, só por isso Luan ainda quer ao seu lado, e o entendo perfeitamente, mais o tempo vai cuidar disso tudo, portanto não se martirize por minha causa, eu não tenho nenhuma mágoa de você, apenas não o quero por perto, se é que me entende.
- Não só você mais todo mundo. Eu estou merecendo isso.- Ele admitia.
- Bom, só era isso Anderson. Boa noite. – Vanessa desliga e não o deixa falar mais nada.
Nanny a encarava : - Ele perguntou sobre...
- Não quero falar Nanny, por favor? Ele está tendo o pior castigo que merece, o desprezo de todos.
- Bom vamos? A empresa está quase vazia.
- Claro, você vai pro show do Sorocaba hoje?
- Não. Estou cansada.
Nanny só acente enquanto saiam da sala.
Vanessa pega seu carro e vai dirigindo em direção a sua casa, era sexta-feira, estava sozinha, não seria sacrifício dirigir algumas horas até a cidade vizinha, afinal já havia recusado tantos convites de assistir o show dos seus amigos, estava decidida, iria vê-los. Chega em casa e vai direto pro banho, escolhe um vestido pra noite, coloca seu salto a parte, pois iria dirigir, cabelos soltos, maquiagem leve, pega sua bolsa e sai. Nunca foi tão rápida pra se arrumar como naquele dia, tinha preça, queria chegar rápido e vê-lo, não sabia o que sentia na verdade, mais ele, seu abraço era necessário, ela precisava dele. Não gostava de sentir isso, mais como evitar, parecia que um radar a ligava a ele, como se ele fosse uma fonte de energia da qual precisava se suprir, estar perto, era difícil admitir isso, mais o queria, pelo menos estava em busca disso quando pegou seu carro e saiu rumo ao show.
Ah , chega de 'Sorocaba ' quero ver ela com o Luan logo! Poxa! ÇÇ
ResponderExcluir