Capítulo 3 ( Parte 22)

O hotel não ficava muito longe do local show. Chegariam rápido – Sorocaba explicava.

- Vou pegar meu carro, está lá no estacionamento.

- Eu vou com você. – Fala Sorocaba.

- Não precisa, eu sei me cuidar.

- Me deixa ser cavalheiro por favor? Pessoal, vão seguindo que eu vou de carro com a Vanessa certo?

Os outros entram na Van, e Sorocaba segue com Vanessa até o estacionamento.

- Eu disse que não precisava, tá vendo? Nada aconteceu. – Fala com birra.

- Certo senhora sabe tudo. Vamos então?

Entram no carro.

- Coloca o sinto pro favor? – Vanessa o olha repreendendo.

- Ok, já coloquei satisfeita? Vamos por ali. – aponta na direção certa.

Chegam lá em questão de minutos. Vanessa tira uma pequena mala do carro.

- Mais o que é isso? – Pergunta sem entender.

- Roupas, escova de dentes, e outras coisas necessárias. – ele a olha estranho e Vanessa explica – eu ando prevenida ok? Pensava em ficar num hotel quando estivesse longe daqui, mais vocês insistiram tanto.

- Foi o melhor admita, eu ficaria angustiado.

- Eu imaginei isso. Por isso vim com vocês.

Entram no hotel, passam na recepção, Vanessa preenche os papéis da pernoite, paga e vai se dirigindo aos quartos.

- Não vai jantar? – Sorocaba pergunta.

- Não, vou tomar um banho e dormir, estou morta. – Fala exausta.

- Eu estou morto também, mais de fome. – Risos. – Boa noite, se der eu passo no seu quarto.

Vanessa o olha sem entender.

- Calma, só pra dar boa noite ok? – Se justifica.

Ela sacode a cabeça apagando as idéias, ri e sobe. O quarto era grande, uma cama de casal, banheiro e uma poltrona com um aparador ao lado, mais seu maior interesse era no banheiro, toma seu banho, pensando na foto. – Não vai prejudicar em nada, eu espero, foi só uma foto afinal, nada comprometedor. – Termina o banho , troca de roupa e cai na cama. Já ia adormecendo quando ouve batidas na porta. Lembra do que Sorocaba disse, devia ser ele, levanta sonolenta e abre a porta.

- Já estava dormindo, ah não acredito. – Finge surpresa.

- Eu não vivo uma vida de morcego como vocês tá? – Fala brava.

- Vida de morcego? KKKKK’ essa foi boa, toma - Fala entregando um pacote e entrando no quarto - pra você.

- Não acredito! Chocolate? Ah, você quer tirar meu sono? Vou passar  a noite comendo isso aqui.

- Sabia que ia gostar.- fala satisfeito.

- Quem é que não gosta de chocolate hein? – senta na cama e começa a abrir o pacote e leva o chocolate direto na boca.

- Vamos demorar a nos ver agora hein? – Fala mudando de assunto.

- Sim, acho que sim. – Vanessa confirma.

- Não fala de boca cheia. – fala rindo e a repreendendo.

- Toma – Vanessa entrega um bombom – come assim você também fala de boca cheia e não reclama.

- Seja feita a sua vontade. – Sorocaba começa a comer o bombom. – tá bom esse negócio hein?

- Tá sim, o show foi ótimo, obrigada por ter falado em mim.

- Quem disse que foi a você que me referi? – fala sínico.

- Ah não! Então quem foi? Rá, não vi mais ninguém ali.- fala brava.

Sorocaba só ria: - Foi você sim, cantei todas aquelas músicas pra você. – acaricia seu rosto.

Vanessa abaixa a cabeça com a pele do rosto levemente enrubrecida.

- Acho lindo ver você assim, com vergonha. Fica ainda mais linda sabia? – Ele a olhava com admniração, com cuidado.

Ela o olha nos olhos séria:- Que coisa feia deixar os outros com vergonha sabia? – Finge estar irritada.

Ele ri: - Adoro te ver brava também.

Vanessa morde o chocolate e olha para o lado ainda irritada.

- Hey está de mal comigo é? Me ignorando? Não acredito!

Vanessa não fala nada.

- Ah é? Você vai ver. - Sorocaba começa a fazer cócegas nela e ela começa a rir.

- Ah pára, isso é golpe baixo. – Vanessa tenta se livrar mais é impossível.

- Vai ficar irritada comigo ainda? – continuava a fazer cócegas, Vanessa não aguenta e deita na cama, não parava de rir, ele acompanha o movimento do seu corpo.

Vanessa ria e falava: - Não, não vou ficar brava, agora pára vai!

- Eu não ouvi direito, vai ficar irritada comigo ainda?

- Não, não. – risos – ai para vai, não agüento mais.

- Pede desculpa por ter me ignorado, aí eu paro.

- Desculpa, desculpa. Agora para por favor? – falava entre risos e com dengo.

Sorocaba para, e a olha nos olhos, agora é que Vanessa se dá conta do peso do seu corpo sobre o seu e a proximidade dos seus rostos.

- Pedindo por favor assim não há quem resista né? Isso sim é golpe baixo.

- Então esse é o segredo? – Vanessa estava ofegante – pedir direito, se soubesse tinha pedido desde o início. – Fala com a voz ofegante de tanto rir.

Nenhum se incomodava da posição em que seus corpos estavam, falavam se olhando nos olhos.

- Por isso te chamo de ”minha menina”. – Fala concluindo.

- Tá me chamando de criança é?

- Não, você é uma mistura perfeita, de menina e mulher. – Fala olhando para sua boca, sim os dois queriam aquilo, anciavam por mais um beijo. Até que acontece, ele mais uma vez é rápido e Vanessa não resiste, o sabor, o cuidado que ele a tratava eram ímpar, sua mãos percorriam o desenho do corpo de Vanessa minunciosamente, seu toque era de uma levesa e cuidado fora do comum, ele queria algo mais do que aquilo, Vanessa estava dividida, parte dela dizia que era certo, e outra que não. Ela correspondia a todos os estímulos, segurava sua nuca o puxando para mais perto, suas mãos percorriam as costas musculosas dele, o desejo era quase incontrolável, até que ele para para tirar fora sua camisa, mais ela lembra de Luan, lembra dos seus mo9mentos de intimidade, como ele a beijava, a tocava, tudo era de uma perfeição quando estavam juntos, ela não estaria se dando por completo ali e  esse foi o tempo necessário para Vanessa o olhar e dizer não.

Fala alto: - Não Sorocaba, eu não posso fazer isso. – Fala desesperada.

Ele não entendia, estava tudo perfeito a segundos atrás e agora ela dizia isso? – Porque não? – pergunta sem entender e tenta beijá-la mais uma vez.

- Eu não estou preparada, me desculpe, eu não posso. – Vanessa se livra do seu corpo levanta e fica de costas pra ele, ela chorava.

- O que está acontecendo Vanessa? Você também me quer, não negue isso. Você também me deseja. – fala se aproximando.

- É isso Sorocaba, só desejo, não adianta me entregar sem sentimento, transar por transar, e deixar você magoado, porque você me ama e eu...

Ele percebe que ela chorava, se aproxima e a abraça, ela acolhe o abraço. – Me desculpe por isso, mais eu não entendo, não sei explicar.

- Você não se decidiu ainda não é? É ele não é? Calma, tá tudo bem. – Acariciava seus cabelos.

- Você não está bravo comigo? – pergunta em dúvida.

- Não, de forma alguma, não quero que faça isso por pena, ou só por desejo como diz, se tiver de acontecer um dia, vai ser por sua vontade, ok? – a olha enxugando suas lágrimas.

Qual no seu lugar faria isso? Teria ficado no mínimo chateado, com raiva por não terem pertencido um ao outro, e no entanto a entendia. Ele era perfeito. Mais ela estava dividida, Luan ainda a dominava, e mesmo sem admitir ela ainda o pertencia, não podia se entregar  a outro com parte do seu coração, e pensamento em outro homem, isso não era certo.

- Obrigada por entender. Me desculpe. – fala com vergonha.

- Tá tudo bem, fica bem tá? Isso já é um passo. Boa noite, eu vou embora. – A beija na testa e sai.

Ele não deixou transparecer, mais estava arrasado, foi rejeitado, e sabia que era Luan que ocupava os pensamentos dela, não seria nada fácil, ele realmente avançou o sinal.

- Droga! - Esmurra a parede. Fernando abre a porta assustado, estavam no mesmo andar. – O que foi cara?

- Nada Fernandinho, nada, volta a dormir tá? Que eu vou fazer isso agora. – Fala exaltado.

- Tá bom, só fiquei preocupado cara, desculpa. Boa noite.

- Só se for pra você. – Bate a porta do quarto e Vanessa ouve o barulho.

Sabia que era por sua causa, não poderia ficar mais ali, como o veria no outro dia? Era covardia sair e não deixar nenhuma explicação, mais não ficaria nem um minuto a mais ali.

Arruma suas coisas, troca de roupa e desce. Na recepção explica a situação e diz que teve uma emergência e teria que sair agora eles acabam devolvendo parte do dinheiro, mais antes ela pede um pedaço de papel, escreve um bilhete rapidamente e deixa na recepção, para ser entregue a Sorocaba, sabia que ele a procuraria.

Pega seu carro e sai, já era quase 2hrs da manhã de sábado, não sentia sono, dirigia devagar, mais muitas vezes as lágrimas deixavam sua visão turva, e tinha que parar. Pensava em Luan e se odiava por não corresponder a Sorocaba, ele era perfeito, a compreendia e nunca iria decepcioná-la, mais não entendia porque o nosso coração sempre nos guia pro lado errado, ou seria o certo? Estava dividida. Quando chega ao Rio de fato já estava amanhecendo o condomínio todo dormia, menos o pessoal da portaria, entra estaciona na garagem e vai direto pro seu apartamento. Desaba na cama, mais antes desliga o celular, nas suas lembranças ainda sentia  a quentura e o corpo viril de Sorocaba sobre o seu, imaginava como teria sido se tivesse consumado  de fato o que estava pra acontecer, será que seria tão perfeito quanto o beijo? Talvez sim, mais será que seria tão perfeito quanto era com Luan? Isso não saberia dizer, porque talvez nunca existisse algo como quando eles se completavam. Sobre essas lembranças e conflitos internos adormeceu. Mal sabendo que algo estava a seu caminho, no outro dia, o que acharia do presente de Luan? Saberia que era ele que a enviara? Ele realmente conseguiria mexer com ela?

CONTINUA...

Desculpem a edição amores.

Tô na faculdade e fica ruim  postagem, quando tiver em casa edito direitinho certo?

Espero que tenham gostado.

Próximo post será a surpresa de Luan ok?

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