Capítulo 3 ( Parte 41)

Luan tinha em mente algo, mais Vanessa era imprevisível e aquele momento poderia tomar rumos diferentes, ele não ultrapassaria o sinal, a menos que ela quizesse, mais provocaria, já tinha bancado o amigo, tinha que mostrar o que realmente queria, sem assustar é claro, sabia que ela ficaria com raiva, e o resto do domingo se perderia, por isso teria exatos três dias pra tentar alcançar ela mais uma vez. Não podia dar errado.

Vanessa achava que era apenas algumas horas que passaria com Luan, isso a tranqüilizava um pouco, iam caminhando em direção a casa, seu coração acelerado em fazer o mesmo trajeto de antes, flashs vinham em sua mente, e aumentam quando entram na sala e vê os mesmos móveis a mesma lareira, onde fizeram amor ali um dia.

- Muita coisa  não mudou por aqui não é? – Ela pergunta quebrando o gelo.

- Eu não venho muito aqui na verdade, desde a última vez que esteve aqui, só vim uma ou duas vezes. – Admite.

- Porquê?  Aqui é lindo, não entendo.– Depois percebe que não deveria ter feito essa pergunta.

- Você sabe o porque. – Fala envergonhado. – Aqui guardo muitas lembranças e...

- E porque viemos aqui hoje Luan? É isso que não entendo, estava tudo tão bem...

- Vai ficar bem, tá? Não tá com fome, nem deu pra tomar café com a Bruna te acordando, vamos até a cozinha. – Muda de assunto.

Só agora Vanessa percebe o movimento involuntário do seu estômago, precisava de comida.

- Posso abrir a geladeira? – Faz a mesma pergunta que Luan fez quando esteve em seu apartamento.

- Toda sua.  – Aponta com o braço em direção a cozinha.

Vanessa abre e leva um susto, tinha comida suficiente para uma semana, sucos de todos os tipos, verduras, doces e algumas frutas. Estranha porque Luan falou que não freqüenta muito aquele lugar e ter aquele tanto de comida, mais não desconfia. Pega um suco de morango e vira. – Copos?

Luan pega dois, e  se servem.

- Não vai comer alguma coisa? Ali tem pão, bolos, biscoito...

- Não, não to com fome na verdade, depois de uma noite de sono, não consigo comer direito no outro dia, não entendo como você consegue ter apetite com tantos shows. Seu relógio biológico deve tá maluco. 

- Já acostumei, mais você ainda está cansada? – Pergunta preocupado.

- Um pouco. – Admite – dormi só algumas horas.

Luan olha no relógio, passava do meio dia. – Quer dormir mais um pouco?

Vanessa o olha pra ver se ele realmente falava sério.

- Eu não vou dormir também  ok? – Fala levando as mãos ao ar se justificando -  prometo te acordar. – Ele levanta a mão em sinal de juramento.

- Isso é tentador... – sorri.

- Você sabe onde ficam os quartos, estão todos abertos, então fique a vontade, eu venho daqui a uma hora, irei ver os cavalos, você já montou?

- Nunca. E talvez nem tente.

- Ah mais hoje você vai comigo, e não se preocupe não vai perder a hora. – Luan a fazia acreditar que ainda iria viajar.

- Vou acreditar em você. 

Fala enquanto levantava e subia a escada até o andar de cima onde ficavam os quartos, entrou no primeiro quarto que viu, sem se dar conta, era o mesmo que ficou com Luan da última vez,  olha para o “criado mudo” sob ele estava algo que brilhava, uma pequena presilha que tinha usado da última vez que esteve ali, nem lembrava mais que aquele objeto a pertenceu um dia, estava do mesmo jeito, o tempo não a danificou, lembranças estavam em toda parte, a deixa no mesmo local, afinal não mais lhe pertencia agora era parte daquele lugar, como algo vivido a muito tempo ali, não poderia ser modificado ou apagado, a solução era dormir e encurtar as horas ali. Inutilmente. Mais logo adormeceu.

Luan caminha um pouco, com as mãos nos bolsos, pensa em como seria quando ela acordasse, como seria esses dias, teria que falar qual era sua intensão, não poderia esconder, não estava ali pra passar horas conversando, ou rindo como dois amigos do colegial, queria fazer tudo isso, abraçando, beijá-la mais uma vez, sentir ela, e teria trabalho. Tira do bolso uma caixinha pequena, abre, olha o que tem dentro, toca, e guarda mais uma vez voltando para dentro de casa.

Subiu devagar, não queria fazer barulho e admira-se ao ver qual quarto ela escolheu, o mesmo de antes. Vanessa dormia, sua respiração era quase imperceptível, vela seu sono por alguns minutos, sua vontade era de se jgar naquela cama e ficar ao seu lado, por um fio não o fez, disse baixinho pra si mesmo – calma Luan, terá tempo. 

 Luan olha no relógio e não a acorda, já eram quase 17hrs. Sim ela tinha dormido muito, e não sentiu vontade nenhuma de acordá-la, preferiu deixá-la assim e descer até a cozinha, prepararia algo para comerem.

O cheiro de molho de tomate, alho e queijo a acordaram, era bom. Se espreguiça -  luzes acesas...estranho – pensava, fazia frio. Levanta e vai em dirção ao cheiro que vinha da cozinha, a casa estava muito iluminada, começa a desconfiar e achava que tinha dormido demais. Desce as escadas apressada e vê Luan mexendo algumas panelas. Sua expressão era séria e concentrada.

- Luan que horas são? 

- 18h e 30min. – Fala sem a olhar, estava concentrado em seu trabalho.

Susto!  – Porque não me acordou Luan! Meu vôo sai exatamente agora! Meu Deus, meu trabalho, as meninas. – Procura seu celular pelos bolsos, o encontra e estava sem sinal.

Luan mantinha calma. – Fica tranqüila, não terá problemas com o trabalho, em todo caso nesse momento você está doente.

Vanessa entende tudo e diz: - Nanny! Eu mato.

- Nanny, Bruna, Iara, meus pais, Rober, Anderson, Dag e eu. Muita gente pra matar não? – Luan falava indiferente, parecia não se importar com a reação de Vanessa, e isso a irrita ainda mais.

- Isso é o que? Uma conspiração contra mim? Vocês são malucos ou o quê? Não fazem idéia da função que eu exerço? Eu tenho compromissos, trabalho, minha casa, minhas coisas, que brincadeira é essa? – Fala alterada.

- Não é uma brincadeira – falava em tom sério - é uma conspiração a favor de duas pessoas. – Não queria dizer nós, não agora.

- Você também sabia? - Luan acente. – Já devia saber disso. Vanessa sai da cozinha irritada, Luan deixa tudo e sai atrás dela.

- Vanessa, espera! – Ela andava em direção ao portão. – Aonde você vai? Tá escuro, volta aqui vai! – Luan praticamente corria atrás dela.

- Abre isso aqui agora! – Aponta pro portão, seus olhos queimavam de raiva.

- Você enlouqueceu? Quer ir andando a essa hora? Eu não vou fazer isso.

Vanessa bate o pé - Tem outro jeito? Você não vai me levar mesmo, se eu caminhar bastante, talvez amanhã eu chegue na cidade. – cruza os braços.

Luan estava decepcionado não esperava esse tipo de reação mais não demonstrou sua fraqueza, teve pulso forte.

- Vanessa eu não vou levar você pra lugar algum, eu só queria um momento pra nós, não – se corrige -  eu ainda quero esse momento –   pra te mostrar que mudei, pra pôr em prática o que propus, começar do zero...

Vanessa dá as costas como uma criança birrenta e ele ri dessa atitude. Se aproxima dela, pensava que ela ia sair correndo, põe as mãos sob seus ombros e fala ao seu ouvido: - Você vai ficar, nem que eu precise te amarrar lá em cima.

Sente arrepio ao ouvir seu hálito próximo ao seu ouvido, passa as mãos pelo seu braço, tentando amenizar a sensação, Luan pensa que ela estava com frio.

- Tá vendo? Vem vamos entrar, tá frio aqui fora. – Não responde nada, cruza os braços e bate o pé.

- Ah, não quer vir? Vai ficar aí a noite toda? Tudo bem...

Continua do mesmo jeito,  Luan se afasta, ela pensa que ele ia voltar lá pra dentro, mais para e presta atenção no que ele dizia.

- Desculpa Vanessa, mais não to a fim de perder tempo. – Com agilidade ele a pega pelos braços e segue em direção a casa.

- Me solta Luan! Me põe no chão agora!

- Lá dentro. – Fala sem se preocupar com ela esperneando nos seus braços e batendo em suas costas.

- Luan, me deixa! Me solta, me põe nesse chão, por favor? – Pede com cuidado e com voz de manha, mais não funciona.

- Lá dentro! – Insiste.

Vanessa cruza os braços e não luta mais, fica emburrada e com bico, mais dava pra sentir o leve som da risada contida por Luan.

- Isso é ridículo. – Fala enquanto ele a soltava na sala.

- Bem melhor aqui dentro não acha?

- Luan, não se faça de bobo, parece que não está acontecendo nada. Você tem idéia...

- Que pode perder o emprego, se prejudicar, que eu posso morrer..etc...etc...etc? Não estou pouco me importando.

- Mais eu...Luan..eu...você pensa que tudo gira em torno de suas vontades?

- Hoje sim, e você vai ficar. – Aponta pro chão.

- Eu não vou...

- Você em todo caso está doente como já disse! Não se preocupe. – Fala sentando no sofá demonstrando estar cansado dessa conversa.

- Como assim?

- A partir de amanhã está de atestado médico, ok? – Explica sem paciência.

- Vocês falsificaram um atestado médico? Isso é crime! PENSAM QUE ISOS AQUI É UMA NOVELA, OU UM FILME?

- Não, não é meu anjo. O próprio médico vai te dar, portanto...

- Não me preocupe? Rá..sei...

Luan fala perdendo a paciência, ela era irrelutável: - Mais se você quer ir, não posso te prender aqui, eu te levo, mais amanhã ok? Hoje mais não, fica e dorme. – Fala dando uma ordem e encerrando o assunto.

-  Amanhã. – Vanessa repete por fim e sobe batendo com força os degraus enquanto Luan fica fitando o chão.

CONTINUA...

E aí amores? Será que a Vanessa vai ir embora mesmo?

Humm...

Posto depois de 25 comentários certo?

Pra minhas leitoras que participaram (assim como eu) da promoção #BaladaDasNegas

e não conseguiram, fica  o recado NÃO DESISTAM.

Pensem que foram milhares de meninas desejando a mesma coisa

e as que ganharam não desmereceram, tentaram assim como nós

e dessa vez foi a vez dela. Mais A NOSSA vez também vai chegar.

Portanto, acreditem, dá próxima vez, deem ainda mais de si.

O que me conforta e que "aparentemente" as meninas que ganharam são realmente fãs.

Parabéns pras 30 Negas. E que se divirtam muito, por todas que partiicparam. Façam realmente por merecer ess apromoção.

Sempre acreditei que a gente é o que a gente pensa e sonha...

Portanto discordo dos que dizem que a gente não atrai o que pensa.

Sonhe e pense positivo...

mais também lute para que ele possa acontecer...