Capítulo 3 ( Parte 51)

Não acordaram cedo, mais de uma coisa tinham certeza quando levantaram, chegava a hora de partir, fazia sol, arrumam as coisas e Vanessa ajuda Luan a pôr as malas no carro, estava claro de que não queriam ir embora, deixar seu mundo e encarar a realidade, a distância, estavam saindo da sua bolha de proteção, fecham a casa, ele tira o carro e desce obeservando ela enquanto olhava a fazenda.

- Eu também não queria ir embora. – a abraça por trás beijando seu rosto.

- Mais é preciso, e afinal, voltaremos mais vezes, pro nosso cantinho, aqui é o nosso mundo.

- Aqui é onde podemos ficar a vontade, só eu e você – ela faz que sim com a cabeça -  mais vamos? – a vira de frente e beija demoradamente.

- Vamos.

Entram no carro, pegam a estrada de terra e em 10 minutos estavam no asfalto mais uma vez, dois telefones começavam a tocar sem parar.

- Meu Deus! – fala assustada.

- O que foi amor? Alguém morreu?

- Não, mais se alguém pode morrer aqui, sou eu, existem nada mais nada menos que 120 mensagens no um celular, a maioria da minha mãe. – Ai! – geme.

- Deus do céu!

- As outras são da Iara e da Nanny, tentando explicar que a minha mãe procurou elas pra saber de mim...

- Será que ela desconfia?

- Provavelmente, porque Iara falou aqui em uma mensagem que...aaaaai, que ela teve que contar que eu passei mal e fiquei em sua casa.

- E você se importa?

- De forma alguma. – ela ri e ele também satisfeito.

- Toma – pega o celular aqui e  a entrega – vê aí se o meu vai ter 150 mensagens também.

Ela pega o celular e começa a mexer: - Não, só tem umas 20, a maioria da operadora.

- Poxa, porque ninguém se preocupa comigo?- fala decepcionado

- Mais tem umas do Rober aqui se isso serve de consolo – ela estava lendo e começa a rir.

- O que ele tá dizendo vai? Lê aí pra mim amor.

Vanessa lê imitando a afobação que Rober demonstrava na mensagem: - E aí cara? Conseguiu pegar a muié? Tô preocupado, cê não dá notícias, estão vivos? Bem que eu achava meu plano mais seguro, cê sabe na tua casa e tal cara, dá notícias aí.

Riam alto.

- Rober é uma figura.

- Eu gosto dele amor, ele é sincero, um amor de pessoa.

- Vou ficar com ciúmes hein? 

- Não precisa, sou só sua.

- Repete – a olha mesmo com os óculos escuros seu olhar era intenso.

Diz pausadamente: - Eu...sou...só...sua. – agora olha pra estrada tá?

Ele ri e volta atenção pra direção, Vanessa o observava de perfil, nenhuma criatura era capaz de se igualar a beleza de Luan, tudo nele era perfeito, cabelo, porte físico, boca, sobrancelha, seu rosto tinha uma armonia divina, e seus olhos de um castanho-chocolate hipnotizador. Ele percebe que ela o observava: - Que foi amor?

- Você...é lindo!

- Jura? – diz convencido.

- Juro, sabe, gosto de tudo em você, tudo.

Ele sorria como se ouvisse um elogio da pessoa mais importante do mundo, pra ele ela era a pessoa mais importante do mundo. Já estavam chegando na cidade de Londrina, o sol brilhava forte e em minutos estavam na entrada do condomínio, o portão se abre e Luan entra com o carro.

- O pessoal vai ficar super feliz, principalmente a Bruna.

- Imagino. – fala tensa.

- Vanessa! Tá parecendo a primeira vez que veio aqui, calma.

- Mais eu to voltando mais uma vez como sua namorada.

Luan bate na testa estacionando na frente de sua casa: - Desculpa, eu fiz algo errado.

- O que foi? Esqueceu alguma coisa? – fala preocupada.

- Esqueci, vamos descer amor.

Eles descem e Luan a para na frente de sua casa.

- Não to entendendo Luan. – ele pega na sua mão esquerda e ajoelha – Luan levanta vai.

- Tenho que fazer isso direito pela segunda vez, Vanessa você aceita namorar comigo? Aturar esse bobo, chato ciumento mais uma vez como seu namorado, seu amor?

- Ah Luan, é isso então? Você é o bobo, chato e ciumento que eu amo, eu aceito sim namorar com você. – levanta e a abraça girando nos seus braços e a beijando, até que um barulho os separa e olham assustados para cima.

No primeiro andar Bruna gritava: - Mãe pai, o Luan e a Vanessa voltaram, quer dizer, voltaram e estão juntos. – depois só era possível ver os longos cabelos de Bruna voando ela descia e os dois riam.

- Bom acho que agora todos já sabem.

- Vamos entrar, vem. – pega na mão dela e segue até a entrada.

Entram e Bruna vinha descendo as escadas puxando Amarildo e Marizete, observavam felizes Luan e Vanessa entrando de mãos dadas.

- Que bom que voltaram. – Bruna corre os abraçando .

- Não foi fácil não hein Bru, ela é difícil . – Luan ria a beijando no rosto.

- Homens gostam de mulheres difíceis não é Amarildo. – Marizete o olha e ele parece entender.

- Parece ser um mal de família filho, sua mãe também não foi fácil, mais fico feliz por vocês dois, de verdade muita felicidade. – Amarildo os abraçava.

- É isso mesmo minha filha, eu também fiquei muito feliz e lá no fundo sabia que o Luan ia conseguir trazer você de volta, pra nós.

- É mais eu também ajudei tá? – Bruna fala satisfeita.

- Eu sabia que isso tinha seu dedo Bruna, você é esperta. – Vanessa sussurra enquanto abraça Bruna e ela sorri concordando.

- O que foi aí hein? – Luan pergunta desconfiado.

- Nada não Luan, deixa de ser curioso! – Sua irmã responde batendo na mão de Vanessa.

Mais observam Luan os deixando e correndo escada acima.

- Onde ele vai? – Bruna pergunta enquanto os outros negavam com a cabeça em sinal de que não sabiam, mais logo ele volta, com vários papéis nas mãos, procurava apenas por um e fica feliz ao encontrar e entrega para Vanessa.

- O que é isso? – pega sem ver o que estava escrito.

- Olhe. – Luan responde.

Ela analisa o papel minunciosamente dizendo: - Cifras?

- Hum rum. – Os outros só observavam.

- Que canção?

- A sua canção, a que eu fiz, a que me levou a quebrar recordes, que entrou na novela, a mais tocada nas rádios e a que embala vários casais apaixonados por aí.

- Amar não é Pecado? – fala em tom óbvio enquanto os outros não entendiam nada.

- Isso, você me prometeu tocar lembra?

- Lembro mais toma – entrega o papel e ele fica sem entender – não preciso de cifras eu consigo tocar.

- Consegue? – pergunta em dúvida.

- Eu ouvi essa canção milhares de vezes lembrando da gente, sei de trás para frente.

Ele a olha emocionado, seus pais não entendiam mais Bruna raciocina rápido : - Você toca piano?

Luan a olha estranho e Vanessa com um sorriso responde: - Sim.

- Ah que maravilha, vai tocar para nós? Já que a Bruna não se interessa? – Marizete pergunta e Bruna fica emburrada.

- Eu prometi tocar, pro Luan, mais toco pra todo mundo então.

Luan se aproxima dela e a beija permanecendo do seu lado olhando pra Bruna fala: - Maninha, eu tenho medo de você as vezes, como advinha as coisas?

Ela ri melhorando de humor, adorava ser chamada de inteligente: - Pra você ver que papai e mamãe capricharam mais em mim. – Todos riem alto acompanhando Vanessa e Luan até a sala onde estava o piano.

Vanessa senta, levanta a proteção do teclado, todos a observavam, não acreditavam no que viam.

- Eu toco, você canta certo? – ele apenas concorda que sim com a cabeça, silêncio até que as primeiras notas da canção tão peculiares começam a ecoar pelo ambiente.

A voz de Luan tinha uma emoção fora do comum, enquanto tocava ela o olhava nos olhos, era diferente de cantar no palco, ou em um programa de TV, lembra o quão difícil foi cantar aquela musica nos inicio da separação deles, e hoje ela tocava pra ele cantar, era surreal, incrível, divino.

Ao som de aplausos e de um beijo que a arrancou literalmente do piano a música parou.

- Você é incrível. – sussurra ao seu ouvido.

- Olha quem fala! – responde envergonhada.

- Lindo, lindo, onde aprendeu a tocar? – Marizete perguntava a abraçando.

- É-e. Meu pai era músico.

- Se espelhe nela Bruna, o piano não pode aguardar apenas a Vanessa para ser tocado. – Amarildo a repreendia.

- Pai...eu...eu.

- Não gosta de tocar? – Vanessa pergunta.

- Nã verdade E acho lindo ter um piano em casa. – ri envergonhada.

Luan nada falava pois sabia que foi pra atender um capricho da Bruna e feito por ele, mais passado os elogios Marizete preparou a mesa do almoço, o prato era o frango que Luan tanto adorava, depois de termiando apenas conversavam na mesa sobre diversos assuntos, trabalho, Rio de Janeiro, até que Marizete lembra de algo.

- Vanessa minha filha...

- Sim? 

- Preciso contar, é...sua mãe ligou para nós enquanto estavam na fazenda.

Todos param e olham pro rosto de Vanessa aprecia tranqüilo e diz apensa: - E?

- E eu disse que estava no quarto dormindo, de outra vez falei que tinha saído com a Bruna, mais ela desconfiou proque não falava com ela, não ligava ou atendia o telefone, pra isso não tive desculpas e...

- E...? – Luan e Vanessa falam igual, Bruna e Amarildo já sabiam.

- Tirei o telefone do gancho, eu iria falar mais o que pra mulher gente?

Vanessa ri pra surpresa de todos: - Tá explicado 120 mensagens no meu celular, não se preocupe Marizete, eu resolvo, obrigada por segurar a barra.

- Não gosto de mentira, mais foi a única solução. – admite.

- Aê Dona Marizete, mandou bem. – Luan tira graça.

- Tá explicado a minha esperteza então? – Bruna fala de canto enquanto todos riam e Luan fazia cara de quem não gostou nada.

Luan passou o resto da tarde abraçado com Vanessa em seu quarto, no outro dia já teria show e dali a horas ela voltaria, ela desligou o celular, caso a mãe tentasse ligar pra ela.

- Eu queria ficar pra sempre assim, com você. – Luan diz baixinho.

- Eu também. – o abraça mais forte.

- Quando vamos nos ver de novo?

- Não sei, quando você vai pro Rio? Ou ficar em alguma cidade perto?

- Acho que semana que vem.

- Uma semana, agüentaremos.

- Eu espero, eu te amo, e só de saber que está comigo mais uma vez, me sinto forte pra suportar a distância.

- Porque é verdadeiro, me refiro ao sentimento, tudo suporta.

Ele a beija e ela retribui.

- Como vou conseguir passar uma semana sem isso? Foi tanto tempo e todos os dias sentia falta.

- Eu também amor, era como parte de mim que eu não tinha mais, vazio, não tem outra palavra, mais admiro uma coisa em você.

- Qual? – pergunta curioso.

 

- Você foi mais forte, conseguiu seguir em frente, eu quase morri.

- Cê que pensa, eu fingia ser forte, o que na verdade estava pior que você, você assumiu o que sentia e eu maquiei, escondi, fingi, fui ator, pra agradar minha família, minhas fãs e meus amigos.

- Xiiii – mais agora tá tudo bem certo? Eu to aqui, estamos aqui.

- Pra sempre. – parecia não acreditar.

- Pra sempre. 

 CONTINUA...

Amores, no próximo Post entramos no 4° e último capítulo da #Fic.

Sim, está acabando....ahhhhhhhhh....

Mais muitas coisas vão rolar ainda.

Então preparem os coraçõezinhos e torçam pra esse capitulo durar MUITO.

Não vão se arrepeder nenhum segundo de ler!!

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@FanficUmaHdAmor @vanesssinhaa