Capítulo 4 ( Parte 5)

Vanessa continuou tentando ligar pra Luan todo durante todo o percurso, agora estava ainda mais nervosa.

- Ele não atende! Droga – falava agitada. – O telefone chamado encontra-se temporariamente desligado ou fora da área de cobertura, a sua chamada será encaminhada para caixa de mensagens, em instantes diga seu nome e a cidade d eonde está falando. – Vanessa imitava a voz da secretária eletrônica.

- Calma Vanessa. – Iara a tranqüilizava – ele não vai se importar.

- Você que pensa, quer dizer, ele pode não se importar, mais pelo que conheço de Luan, ele no mínimo vai ficar com ciúmes. – falava o óbvio.

- Certo, mais quando ele ver o celular vai perceber que você ligou pra ele trilhões de vezes, então calma.

A casa de show estava lotada, filas e mais filas de pessoas aglomeradas na bilheteria, enquanto outras já entravam. Iara estaciona o carro e descem, um grupo de homens começam a assoviar e mandar beijos pras duas.

- Idiotas! – Vanessa fala irritada.

- Vem vamos ali na bilheteria, o Sorocaba disse que as nossas pulseiras estariam lá, é só mostrar nossos documentos.

- Pulseiras?

- Camarote VIP. 

- Pelo menos era confortável e reservado, acho que ninguém vai nos ver. – fala com alívio.

- Vanessa! Você acha que vão fotografar você?

- Já fizeram isso muitas vezes!

- Isso que dá ser namorada, ex-namorada e namorada oculta do Luan Santana. – fala com um leve tom de descontração. Enquanto Vanessa virava os olhos.

O corredor era estreito, pessoas passavam pra um lado e outro com cabos, ferramentas, dando os últimos ajustes no palco, a banda que abriu o show acabava de se apresentar e a equipe da dupla corria contra o tempo.

Um grupo de fãs olham diretamente pra Vanessa e comentam entre si, provavelmente a reconheceram, sua barriga geme involuntariamente, tinha vontade de sair correndo dali. - Como seria agora? Como seria vê-lo, abraçá-lo, mentir, fazer ele pensar que tudo era como antes. Será que ele desconfiava? Mal tinha o visto no aniversário. – Sua cabeça era só indagações.

Para ao ver aquele nome na porta CAMARIM, Iara conversava com alguém da produção mais ela mal prestava atenção, se não se engana ela estava dando os nomes, o homem baixo e gordinho sorri e autoriza a entrada, só lembra de Iara a olhando e chamando, não entra primeiro, ela abre a porta e seus olhos estranham a iluminação da pequena sala, e lá estavam eles, mais só havia um, que a olhava fixamente como quem não acredita no que vê, como quem está imaginando coisas.

Vanessa não demonstra nenhuma  reação que pudesse levar ele a entender o contrário, mantinha-se fria, seus movimentos levemente calculados, o abraça e sorri torto, seu abraço era forte, quente e seguro, como sempre foi, mais o seu foi cheio de dúvidas, medo e cuidado, e pra ele foi notável a diferença.

Fernando as veio cumprimentar mais não com a mesma alegria que Sorocaba, ele não deu muita atenção, principalmente a Vanessa, que se tocou, talvez ela tenha feito muito mal a seu amigo, e merecia esse tratamento.

- Hey garotas, que surpresa ter vocês no nosso show. – Sorocaba tentava falava tentando esconder a satisfação de tê-la somente ali com ele.

- Bom, na verdade eu quem viria, mais a Vanessa estava por aqui esse final de semana e resolvi chamá-la.

Ela só ri concordando com Iara.

- Não sabia que você estava por aqui. – fala reprovando, mais por não estarem mantendo contato.

- Foi uma decisão de última hora. – sorri de canto se desculpando.

- Trabalho não é? – diz em tom compreensivo e ela concorda por estar convencendo, não estava confortável. Queria o Luan ali com ela, queria seu anel e acabar logo com aquilo, sem machucar o coração dele, e sem perder sua amizade, o que seria impossível.

O celular de Iara toca e ela olha no visor, devia ser importante, pois ela pede licença e sai as pressas pra atender fora. – Maldito celular, que caiam mil raios na cabeça dessa pessoa que ligou. – Vanessa falava em seus pensamentos, estavam sozinhos, já que o silencio de Fernando não contava.

Sentam no pequeno sofá vermelho, Sorocaba pega na sua mão com carinho e começa a conversar, fica incomodada com sua aproximação, parecia que cada gesto, cada toque, cada palavra estava de alguma forma ali, traindo Luan, por ele estar as cegas nesse momento.

- Como você está minha menina? Sumiu, senti sua falta. – Sua voz tinha a sutileza do cuidado, da saudade e preocupação. Isso deixa Vanessa constrangida.

- Eu estive doente esses dias, logo após o aniversário da Bruna que digo. – se explicava desconcertada – Droga! Eu falei demais.

- Humm – não parecia convencido e tudo nele deixava a entender a Vanessa que ele sabia de alguma coisa, a forma como a olhava, sua expressão. – Esteve doente? – finge surpresa como alguém que demora a processar a idéia.

- Sim, Infecção Intestinal.

- Nossa! Isso é ruim, e como ficou? Foi ao hospital? Está melhor? Porque não me ligou? – parecia mais um interrogatório e Vanessa sabia bem onde ele queria chegar.

- É eu to bem agora, me levaram no hospital de Londrina, quer dizer o Luan e seus pais me acompanharam – não tinha pra quê esconder, estava mentindo e odiava isso, mais teria que falar em Luan, tinha que se sentir bem de alguma forma. – peguei três dias de atestado médico.

- Ficou hospedada esse tempo todo lá? Na casa dele? – Não parecia uma pergunta e sim uma afirmação. – Sua mãe deve ter enlouquecido.

- É ela ficou preocupada. – não confirmou que a causa desse “enlouquecido” era Luan e não sua doença.

Mais Sorocaba parecia lá no fundo advinhar que algo tinha mudado, ela estava diferente, cuidadosa, preocupada, com medo?

- Você está bem? Me parece incomodada, preocupada, sei lá! O que está acontecendo?

Droga Iara, precisa demorar tanto? – E-e eu? Não, não é apenas cansada do trabalho.

Ele percebe que ela mentia, mais não insiste e sente falta de algo nela: - Não está mais usando a pulseira? – toca de leve o seu punho, o local onde ela costumava ficar.

- A pulseira!? – E agora? – lembra da última vez que a usou, Luan tinha fingido não gostar e pra variar tinha esquecido na fazenda, provavelmente quando a tirou e deixou cair ao chão ela foi parar embaixo da cama e estava lá até agora. – Hoje não é meu dia de sorte! – Bom a pulseira, ela está no concerto. – arruma uma desculpa convincente.

- No concerto? – fica sem entender.

- É a uso demais – isso não era mentira até voltar coom o Luan, na verdade não sentia falta da pulseira, e sim do anel, de Luan, na sua cabeça a pulseira agora era só simbólica, não precisava mais dela, sua protreção e segurança voltara. – e um dos anéis se partiu, aí como é uma jóia leva tempo até estar novinha, desculpe.

- Sem problemas, apenas senti falta disso.

Ele já ia perguntar algo, até que a porta se abre, Iara vem logo atrás de Adriana.

- Meninos, 10 minutos pra começar o show. – Cumprimenta Vanessa sem dar muita atenção, lembra que um dia prometeu a ela em cima de um palco enquanto via ele cantar que nunca o magoaria, e quebrou essa promessa, merecia ser tratada com frieza.

- Vamos lá parceiro?! – Sorocaba chama Fernando que levanta batendo em sua mão.

- Bom show! – as meninas desejam enquano abraçam os dois e partem rumo ao camarote.

- Porque você demorou tanto? – Vanessa pergunta irritada entrando no camarote.

- Era importante, desculpa, mais e aí? Como foi?

- Péssimo.

A casa estava lotada, pessoas gritavam e quando as luzes se acendem o espetáculo começa, centenas de vozes se misturavam, vibravam, gritavam ao som deles. O show já ia na metade, e Vanessa agradecia aos céus por ele não ter cantado “a sua música”. 

Iara vibrava, era fã das músucas deles enquanto Vanessa tentava mexer os pés no ritmo da música, muito desconcertada e incomodada por Sorocaba as vezes dirigir seu olhar e acenar em sua direção.

Até que sente algo estranho, toca na sua bolsa e percebe que seu celular vibrava, no momento cantavam “Madri” e um coro de vozes os acompanhavam. Susto. Era Luan, tinha que atender.

- Iara é o Luan! – diz desesperada.

- Atende ué, não deixa cair.

Por impulso atende ali mesmo e consegue ouvir a voz de Luan baixa devido ao som.

- Amor? Liguei agora e vi muitas mensagens que tinha tentado me ligar, fiquei preocupado eu não pude atender porque ...

- Oi Luan, um minuto. – Sabia que ele não poderia ouvir e sai andando pra fora do camarote.

- Vanessa, onde você está com esse barulho todo? Essa música...- fala desconfiado e reconhece.

- Luan, calma eu não estou te ouvindo direito – abre a porta e continua andando, mais a música ainda atrapalhava – não desliga por favor, me escuta.

Silêncio do outro lado, concerteza ele estava ouvindo a música e deduzindo algo, e agora? Ficaria irritado? Entenderia que ela tentou avisar? Ou o ciúme falaria mais alto?

CONTINUA...

Amores se tudo der certo, posto ainda hoje, começando a trabalhar

no segundo de hoje certo?

O que querem que aconteça? Luan vai ficar bravo?

10 comentários?

@FanficUmaHdAmor @vanesssinhaa

Espalha...espalha que hoje tem dois!!