Capítulo 3 ( Parte 43)

Vanessa dormia como uma pedra, só que não pensou no seguinte, ao trancar a porta tinha a mania de tirar a chave e Luan tinha uma cópia, revirou a casa toda atrás do molho do chaves, depois de quase uma hora encontrou. Já era dia, e precisava acordá-la se não perderiam o dia, e também não sabia que ela deixou a porta sem a chave, numa tentativa de sorte a porta destrava.

Olha pra cima falando: - Brigado Senhor, tá difícil raciocinar sozinho, mais continua firme comigo aí. – Abre a porta devagar, ela dormia, estava coberta, dos pés a cabeça, provavelmente por conta do claro no quarto, Luan não faz barulho, por enquanto.

Até que se ouve o som parecido com uma buzina, Vanessa tira o lençol assustada, por conta do claro da luz e por ter acabado de acordar, demora a reconhecer a imagem que se movimentava a sua frente, uma pessoa? Mais como se a porta estava trancada? Ela o olha reconhecendo e vê Luan rindo.

- Inferno!

- Bom dia!

- Onde estão as câmeras? E toda a equipe? – Pergunta irritada.

- Hã? – Luan não entende.

- Estou me sentindo no programa do Gugu, sendo acordada com essa buzina, você não tem o que fazer? – Falava sentada na cama tentando arrumar o cabelo levemente emaranhado.

Luan entende ao que ela se referia e começa a explicar: - Bom, o Rodolfo e o E.T não puderam me acompanhar pra vir te acordar, então tive que fazer sozinho, foi legal hein? 

- Legal? – O olha incrédula enquanto Luan ria. – Escuta aqui, como conseguiu entar se a porta estava fechada?

- Eu abri ué? – Mostra o óbvio.

- E-u s-e-i-L-u-a-n. – Fala pausadamente perdendo a paciência. – Quero saber como conseguiu abrir essa porta – Luan se preparava para responder mais ela o interrompe - não me diga que foi com a chave que isso eu já sei! 

- Eu sou o dono da casa, e tenho todas as chaves, portanto o fator sorte me ajudou, não sabia que você fechava a porta e tirava a chave. Obrigado por me proporcionar isso. – Fala satisfeito.

Vanessa se xingava em pensamentos, mais agora não tinha jeito, tinha que levantar. – São que horas?

- Nove.

- Você não dorme?

- A gente desenvolve insônia com o tempo, levanta e desce, iremos sair.

- Mais...

- Sem mais, te espero lá fora. – Luan fecha porta e a deixa sozinha precisava tomar banho e trocar de roupa, Vanessa observou a roupa de Luan, estava com uma bermuda jeans clara, uma camisa azul com detalhes em vermelho – Vanessa adorava quando ele vestia azul – chinelo e boné branco. Ficou feliz em ver esse figurino, sinal de que estariam londe dos cavalos.

Também o acompanha no estilo, coloca um shorts jeans escuro, uma blusa que torneava seu corpo de estampa florida num tom rosa, uma sandália de dedo com um lacinho em uma de suas tiras, a manhã estava fria e pra encrementar seu look pîs bolero manga longa branco feito em renda. Soltou os cabelos, se olhou no estreito espelho que tinha no banheiro. Estava pronta.

Passou pelos outros cômodos e não viu Luan, lembrou do que ele disse: - “Te espero lá fora” . E vai em direção a varanda, e lá estava ele, sentado ao seu lado uma cesta, virava o boné em várias posições sob sua cabeça, primeiro sinal d eimpaciência. Vanessa ri e se aproxima.

- Aonde vamos?

- Até que enfim, você demorou! Estava já subindo e te arrancando de lá muié. – Fala puxando seu sutaque que Vanessa tanto adorava.

- Você não respondeu minha pergunta, me acorda daquele jeito, ainda reclama porque me esperou e eu não posso saber aonde vai me levar? E pior, tá me matando de fome! Pelo menos não tem cavalos no meio de tudo isso – Aponta pra cesta.

- Por enquanto não tem. Agora, vamos caminhar um pouco, tem uma árvore aqui perto bem grande que tem uma sombra incrível, e você não vai morrer de fome, vamos comer lá.

- Sério? 

- Sim, espero ter porte físico pra agüentar a caminhada. – Aponta pro seu corpo como quem diz “eu agüento”.

- Só porque você malha não me subestime, eu caminho todos os dias, aí sim vamos ver quem tem porte físico. Pra que direção? – Luan aponta pra sua esquerda, o campo era imenso, a não ser pelas árvores que apareciam, mais nenhuma aparentava a que Luan descreveu. Vanessa caminhava rápido, tinha ritmo, Luan estava um pouco atrás.

- Onde está o porte físico? – Coloca a mão na testa mirando ao longe.

- Eu estou com o trabalho pesado, carrego nosso café, então...- Luan se explicava enquanto Vanessa ri diminuindo o ritmo.

- Estamos perto?

- Só mais alguns minutos.

 

- Você disse isso a meia hora lá atrás. – Fala jogando as mãos pro ar.

- Porque foi exatamente a meia hora que saímos de casa e você me eprguntou, paciência.

Vanessa olha a paisagem, de um verde fora do comum e extenso, o céu estava com sua estrela maior, só que algumas nuvens teimavam em esconder seu brilho ora ou outra.

- Será que vai chover? – Pergunta preocupada.

- O tempo aqui últimamente tá muito louco, mais acho que não.

- Sua fazenda é enorme, até onde vai?

Luan aponta ao longe pro que aprecia ser uma cerca num tom preto. : - Consegue ver ali? – Ela afz que sim com a cabeça. – Ali é a divisa.

 

- Uau! 

- Fora os lados, porque só estamos andando em linha reta, olha ela ali, chegamos.

Vanessa olha na direção em que ele apontava, tinha uma árvore imensa, cuja sombra era tentadora, a grama era de um verde lindo dava contraste aquela cena, Luan tinha razão, o cenário era perfeito e valeu a pena a caminhada. Ele percebeu que ela olhava admirada.

- É lindo aqui não é?

- Lindo. – Consegue dizer.

Luan começa a tirar as coisas. – Quer ajuda?

- Não seria má idéia. – Ri agachado de frente a cesta.

Ele era organizado – Ela pensava – trouxe toalha para pôr no chão, guardanapos, talheres  e comida.

- Menino prendado. – Ri.

- Isso foi um elogio? – Pergunta bobo.

- Sim, fora os copos que não trouxe, tá tudo bem. 

 

- Nossa, não acredito que esqueci, e agora?

- Agora? Tomamos na garrafa mesmo. Por mim sem problemas.

Tomam o café, Luan só teve o trabalho de organizar as coisas, pois a maioria da comida era pronta, então não teve problemas.

- Sabe – fala tomando um gole de suco de laranja – eu sempre quis te trazer aqui.

- Sempre quis?

- Sim, estava nos meus planos, isso aconteceria...- Luan não para.

- Pode continuar, isso era pra acontecer...

- No dia após o meu aniversário, bom não com esse porte todo – ri apontando pra comida – mais queria te mostar isso tudo, ficar com você.

- Agora eu estou aqui. 

- Não da forma como eu queria. – Admite.

Vanessa entende que “forma” ele falava, levanta batendo a roupa : - Já tá tarde, vamos indo? Ou quer perder mais uma vez, não reclama do peso da cesta, porque você a esvaziou por completo.

- Ah tá! Só eu? Você come demais muié. 

Os dois riem juntos, começam a arrumar as coisas e caminham de volta pra casa, já era perto do meio dia quando chegam. Vanessa senta na varanda enquanto espera Luan chegar segundos mais tarde.

- Ganhei!

- Eu percebi. – Coloca a cesta no chão e senta como ela, falava com a voz levemente ofegante devido ao esforço. - Preciso de um banho.

- Dois. – Ela levanta para fazer justamente isso quando Luan pega em seu braço.

- Depois do banho, teremos outro lugar pra ir, dessa vez do outro lado da fazenda.

- Ah não Luan, caminhar mais isso tudo? Desculpa mais...

- Ei, ei! Não falei em caminhar, vamos cavalgar ok?

Ela o olha assustada. – Ah isso não Luan!

- Que é? Tá com medo de um simples cavalo?

- Não me desafie, mais estou sim.

- Relaxa, eles vão gostar de você. – Tira graça da sua cara.

Depois de quase uma hora os dois estavam prontos, ambos vestiam calça, Vanessa com uma camiseta branca com um detalhe em renda na barra, Luan também vestia uma camisa branca, quando se encontram riem da semelhança. Mais o que mais chamou dos dois foram os pés.

- Desculpe mais não me preparei pra isso. – Vanessa aponta pros seus tênis.

- Nem eu, não curto bota não. – Ri de ambos de tênis.

- Modernidade. – Vanessa conclui por fim.

Caminham até o estábulo, só tinham três cavalos, um cor de chocolate, outro branco e um castanho. Seus pelos eram brilhantes, aparentavam serem bem tratados e eram enormes, o que assustou Vanessa.

- Bom esses são Zuke, Estrela e Caramelo.

- Prazer. – Vanessa ri cumprimentando os cavalos.

- Eu vou no Zuke. – Luan aponta pro cavalo branco. – E você?

- A Estrela é veloz? – Estava com medo.

- Não muito. O Caramelo é teimoso as vezes não quer obedecer, então...

- Sem discrussão, fico com a Estrela. – Luan ri da forma que ela falou.

Vanessa observava Luan preparando os cavalos para montar, ele tinha cuidado, alisava e conversava com eles o tempo todo.

- Onde aprendeu isso? – Pergunta curiosa.

- A montar? Ou preparar os cavalos?

- Os dois.

- Na fazenda do meu tio em Campo Grande, sempre gostei de bichos. Pronto, estamos prontos pra ir.

- Ai. – Geme de medo.

- Calma, você não pode demonstar medo pro animal, eles tem que se sentir seguros com a pessoa que carregam, portanto  não demonstre nada disso. – Dava as instruções.

- Vai dizer isso pras minhas pernas que estão tremendo, isso é suicídio Luan!

- Vem eu te ajudo a montar, põe o pé aqui – segura na sua mão e ao memso tempo em sua cintura, em dois segundos estava montada em Estrela que começa a sair do canto.

- Calma Estrelinha, amigas ok? Luan eu to com medo.

- Pra parar e só puxar as rédeas ok? E pra fazer ela andar é só bater com os pés nas laterais, não tem segredo. – Luan falava enquanto montava em Zuke, Ri ao olha Vanessa segurar as rédeas com força, como quem puxa um cabo de aço.

- Relaxa. Agora vamos. – Luan em instantes sai d eperto de Vanessa, Zuke voava a sua frente enquanto ela nãos aia do canto, para o cavalo e vira em sua direção. – Vem. – Grita a chamando com as mãos.

- Como se faz isso?

- Manda ela andar...a Vanessa, ela não vai esperar você pedir, comande, é como dirigir, você dá as regras.

- Rá, é fácil pra você. – Vanessa grita por conta da distância, mais bate na lateral de Estrela e logo começa a saltar Literalmente em cima dela. – Ai meu Deus.

- Fica calma e me segue ok? 

- Aonde vamos?

 

- Vou te mostrar outro lugar.

- Devagar certo? Por favor, ainda estou me familiarizando.

Ele ri e faz sinal com o braço pra que ela o acompanhe.

Cavalgam um pouco em silêncio, o medo as vezes trava as pessoas e Vanessa se sentia assim, só que estava mais relaxada, apenas não consgeuia falar.

- Tá tranqüilo aí?

- Hã rã. 

- Certeza?

- Sim.

- Estamos chegando, consegue ver ali? – Aponta pra algo.

- É um rio?

- É um riacho. Você vai gostar.

Luan apressa e chega antes dela que ia lentamente, ele já havia descido de Zuke.

- E agora? – Vanessa pergunta.

- E agora o quê?

- Como desse disso aqui?

- Bom pelo menos consegiu parar, e desce do mesmo jeito que subiu.

- Sei simples assim.

- Eu te ajudo vai, põe o pé aqui...segura na minha mão. Pronto! Desceu!

- Chão eu te amo!

Luan ri do que ela disse, mais volta a atenção pro pequeno Riacho: - Não é lindo?

- M-U-I-T-O!  - Vanessa se assuta do barulho que os cabalos fazem ao tomar água enquanto Luan só ria, tudo que ela afzia o levava a isso, ria das coisas simples, dos sustos, dos seus medos, da sua birra. Ao seu Aldo se sentia leve, ela conseguia fazer tudo ficar simples e natural.

O riacho era pequeno, não muito extenso e ao seu redor e pelo meio tinham alguma pedras, ao lado não muito distante mais árvores e silêncio, apena so barulho da água  a “correr” e dos cavalos.

- Isso aqui é um pedacinho do céu.

- Hoje meu céu está completo, pelo menos consgeui recuperar boa parte dele, não me sinto mais no escuro.

 

- Luan...

- Não me me faça parar, eu preciso dizer isso, de nada valeria estar aqui, se você não estivesse junto, portanto apenas agradeço por me proporcionar isso.

Ele não assuta, só queria dizer, expressar e jogar pra fora o que sentia, mais ela sempre receiosa o impedia, ele não tentaria nada, como disse ao menos que ela quizesse.

- Vou ficar ali, naquela árvore. – Vanessa caminha até a sombra e senta, Luan fica ao lado do riacho, lava as mãos e seca na calsa depois vai em direção a Vanessa, senta do seu Aldo e vai inclinando o corpo. – Posso?

- Pode. – Ela o deixa deitar a cabeça sobre seu colo, permanecia com as costas apoiada na árvore.

- Isso é bom. – Fala de olhos fechados – Muito bom, digamos que um dos melhores lugares do mundo.

- Deixa de ser bobo!

- É sério. – Abre seus olhos de um  castanho hipnotizador e fala – você tem as melhores coisas do mundo – o melhor colo, o melhor abraço, o melhor cheiro, o melhor sorriso,  o melhor beijo, com você não precisaria de mais nada. - Suas bochechas ficam levemente coradas – sobreviveria apenas disso aqui.

Agora dessa vez Vanessa era quem permanecia de olhos fechados, ficam em silêncio por minutos, ela absorvia o máximo daquelas palavras, soavam divinamente, e quando vê Luan já havia adormecido.

CONTINUA...

Amores essa capítulo é dois em um tá? Hiper grandão. Hehe.

Vou logo explicando aqui, não postarei amanhã, sem tempo

Fim de período puxado, tentarei escrever nos tempos livres durante o dia de amanhã 

pra postar no sábado certo?

Me desculpem, mais garanto que não vão se arrepender por esperar.

Estou aqui grogue de sono. 

Comentem, percebi que temos leitoras novas!

Façam uma escritora Feliz! ( entrem na campanha comentando certo?)

Paz e Bem.