Capítulo 4 ( Parte 18)

Três pessoas em silêncio, dois com a face estranhamente envergonhada e um confuso, muito confuso.

- Mais o que é isso? Que tipo de brincadeira é essa? – fala tentando entender.

- Precisamos conversar. – Vanessa é quem toma iniciativa. – não culpe o Luan, eu que pedi pra estarmos aqui, tem que ser algo entre nós três, muitas coisas estão envolvidas nisso. – Luan apertava sua mão dando coragem, queria ser como ela. – 

- Não, são só apenas sentimentos, o meu no caso que está sobrando, eu já entendi o que está acontecendo Vanessa, estão juntos, aliás desde a festa de Bruna eu já percebi isso, não há o que discutir, ele venceu.

- Não são só sentimentos cara. – Luan fala – é um direito termos essa conversa, temos uma parceria, uma amizade e isso não é um jogo.

- Nada vai ser afetado Luan, somos adultos e sabemos que não podemos misturar as coisas. Ela fez a escolha dela. E eu...

- Sorocaba – Vanessa solta a mão de Luan e se aproxima dele, sem se importar o abraça – Não sabe o quanto é difícil ter essa conversa. – admite com tristeza na voz.

- Eu sei – afaga seus cabelos a abraçando e Luan abaixa o rosto, preferia não ver aquela cena – eu sei minha menina, você o ama, fez a sua escolha e lembra que eu te falei que aceitaria sua decisão? – a olha e ela concorda – então não há o que discutir. – parecia forte.

- Eu não quero te perder, você é meu amigo, eu te amo. – fala contra seu peito e Luan assistia tudo em silêncio, seu corpo treme ao ouvir ela admitir que o amava.

- A sua maneira, me ama a sua maneira – repetia pra ele mesmo o que ela sempre falava enquanto ela concordava.

- Eu não quero te perder, e o Luan também não. – o olha se soltando um pouco dos seus braços – me sentiria a pior pessoa se vocês acabassem a parceria, a amizade de anos, eu não quero causar danos.

- Xiii, isso não vai acontecer ok? E você não vai me perder, nem ele – o olha de uma maneira diferente a qual olhava para Vanessa, mais sério e sem cuidados – estou sempre com você lembra – pega a pulseira em suas mãos e a mostra, dando um meio sorriso ao ver a aliança no dedo dela.

- Fala sério? Você nos perdoa? – se solta dele e chama Luan que se aproxima e a abraça, não era fácil pra Sorocaba ver aquela cena, ele queria ela em seus braços e senti a falta disso. A perdia por completo agora.

- Não há o que perdoar, o destino prega peças na gente não é verdade? E foi muito irônico disso tudo acontecer, com a gente. Mais está tudo bem comigo, de verdade – tentava ser forte, mais queria desmoronar ali – obrigado pela atitude de pensar em mim, querer me explicar, isso foi muito nobre. - As palavras eram duras de dizer, mais sinceras, no fundo sabia que seria assim desde o início. – sem ressentimentos, amigos, como tem que ser. – aperta a mão de Luan, e o puxa em um abraço., faz o mesmo com Vanessa, só que mais demorado e mais terno, acariciando seus cabelos sussurra baixo onde só ela pôde ouvir – sempre vai ser minha menina, sempre, amar e saber renunciar tudo pela felicidade do outro, e é isso que eu estou fazendo agora, eu tiro o direito que eu tinha de ser feliz com você pela sua felicidade. – Tô liberado agora? – tenta animar.

Os dois riem desconcertados: - Claro.- Luan quem responde – Obrigado por ouvir, estamos mais aliviados, e era o certo a se fazer.

- Eu entendo – não queria prolongar aquilo, havia perdido - nos vemos no show, você vai? – a olha terno.

- Não sei, se eu for você me verá. – o abraça enquanto ele ia em direção a porta, ela o olhava com gratidão.

Sorocaba sai pela porta e segue reto, desmoronando em seguida, Luan já havia fechado a porta, talvez advinhando o que ele faria em seguida. Doia saber que ele não foi o escolhido, na verdade sabia isso desde o inicio, mais a realidade é pior, as lágrimas era a voz do seu coração, que gritava por perder o seu amor, mais era uma escolha justa, ela sempre o amou, e sem ressentimentos pensou nele desde sempre, tentava pensar assim, enquanto entrava no carro e seguia para longe, distância era do que precisava agora, focaria em esquecer de vez.

De dentro de casa a situação na era diferente, quem desmoronava era Vanessa nos braços de Luan, foi difícil, nada era dito apenas as lágrimas dela seguidos dos soluços que molhavam toda a camisa de Luan, que a mantinha perto naquele abraço que não precisava de tradutor para entender que o que ele dizia na verdade era “ Tá tudo bem, estou aqui, com você, juntos. Eu te amo” – e ela entendia perfeitamente o recado.

- Vai ficar tudo bem. – afagava seus cabelos no mesmo movimento que Sorocaba tinha feito a pouco.

- Eu sei, mais é estranho. – fala com a voz rouca.

- Você o amava, eu entendo.

- Mais eu te amo.

- E não estou duvidando disso, você apenas abriu mão dele, ele também teria cuidado perfeitamente de você se tivesse o escolhido, mais – admite com um sorriso -  fico feliz por isso porque fui o escolhido, mais veja só você? Tem certeza que fez a escolha certa?

- Eu sei bem o que eu quero pra mim,  e isso inclui você. – o abraça forte.

- Não sabe o quanto é bom ouvir isso. – admite. – O que ele sussurrou antes de ir embora? – pergunta curioso.

- Quer mesmo saber? – ele faz que sim – disse que amar e renunciar, é querer a felicidade do outro, em outras palavras, seu amor é tanto que abre mão de lutar por mim para me ver feliz.

- Isso foi nobre. Confesso que talvez não teria a mesma coragem, se fosse ele quem estivesse aqui com você agora, mesmo assim eu...

- Não desistiria de mim? 

- Não, eu te amo demais pra desistir fácil e tenho certeza o bastante do quanto você me ama, isso me levaria até o fim.

Os pais de Luan chegaram  no fim da tarde, os dois estavam com a aparência melhor, falaram como foi a conversa e no fundo estavam felizes e mais aliviados, a mãe de Vanessa estava de acordo, Sorocaba estava sabendo de tudo, só faltava as fãs dele agora, o que seria mais pensado e demoraria mais um pouco para resolverem.

Vanessa não quis ir ao show, achou melhor não encontrar Sorocaba, ele precisava de tempo, nesse meio tempo, pôs os assuntos em dia com Bruna e Marizete, Bruna insistiu para que  dormisse lá, tanto fez que Amarildo cedeu o carro e as duas foram até o hotel buscar uma muda de roupas para Vanessa que adormeceu no quarto de Luan, acordando apenas com um leve e cuidadoso beijo na testa. Já era madrugada.

- Te acordei?

- Sim, mais não importa. Como foi o show? – fala sentando na cama.

- Maravilhoso. – sorri acendendo o abajur.

- E o Sorocaba?

- Tá bem, riu com a gente, contou piada, acho que ele tá superando, ou tentando parecer forte.

- Melhor assim.

- E você? Com tá minha pequena.? – Deita do seu lado.

- Confesso que bem melhor agora, com você aqui comigo, enquanto estiver assim, vai estar tudo bem.

- Estamos conseguindo retomar a situação. – fala feliz.

- É, só falta as suas fãs.

- Podemos providenciar isso, vou falar com a Dagmar, estudar uma maneira...

- Não, não agora, daremos mais um tempo, melhor, daremos os sinais aos poucos, podemos freqüentar os mesmos lugares, podem nos ver juntos, ai daremos alguma entrevista, falando que somos “apenas” amigos, até revelar tudo de vez. Certo que vão me xingar, me perseguir, mais estou disposta.

- Verdade, tem razão, vamos com cuidado, preparar o terreno aos poucos, vou gostar de fazer esse trabalho. – ri.

- Ah é? – ela também ri da maneira que ele falou.

- Não me diga que vai achar duro de se fazer? Dançaremos, podemos sair de mãos dadas e nos fotografar, iremos a alguns shows, baladas..agora tudo coincidência entende? – ele ri e ela acompanha viajando nas idéias que ele dava.

- Entendo perfeitamente, tudo mera coincidência, sem dúvidas – ele ri – Mais confesso que vou adorar, desde que esteja com você, tudo vale a pena.

- Como agora? – fala próximo a sua boca.

- Sim, como ontem, como agora, como depois. – vira-se e o beija.

- E posso saber – fala com malícia nos olhos sob a meia luz do abajur, seu rosto ficava ainda mais lindo – o que você quer de mim agora? – morde seu lábio inferior.

- Pode tentar advinhar  se quiser, tem duas chances. – entra no seu jogo.

Luan não perde tempo, rápido demais Vanessa se encontrava embaixo do seu corpo, na sua prisão particular que tanto adorava, ele começa a beijá-la tocando de leve seus lábios em seu pescoço, busto e rosto, traçando uma linha imaginária que tanto Vanessa adorava da sua clavícula passando pelo seu pescoço até sua boca.

A olha nos olhos, sentindo a respiração contra seu rosto - Acertei? – pergunta parando e rindo.

- Está indo no caminho certo, ainda tem mais uma chance. - sussurra.

CONTINUA...

Quero saber o que acharam!

Nosso Nego está a caminho hein meninas?

Quem tá com o coraçãozinho mais leve aí?

Queria tanto poder dar um abraço de boas vindas e dizer: - Senti sua falta, como foi a viagem? se divertiu?

Já que não acontece rezo para que Deus proteja sua volta.

Paz&Bem