Capítulo 4 ( Parte 39)

Luan ligou pra Nanny, tentou conversar, mas ela não foi gentil com ele durante a ligação falando que em hipótese alguma diria onde a amiga estava, e que ver Luan só a faria mal. O que o deixou decepcionado, mais não desistiria. Tentaria encontrá-la.

 

Vanessa chegou em casa antes do meio-dia com Richard, se sentia melhor, os enjôos passaram, almoçaram, sua mãe tratou sua ida como uma visita qualquer, como se nada tivesse acontecido, mais Richard sabia que elas precisavam conversar e as deixou a sós dizendo que iria aproveitar o sol no jardim.

 

- Ele quer que eu realmente leve uma bronca não é? – aponta ao ver Richard sair. – pode dizer agora que já sabia que isso poderia acontecer, que eu fui boba, burra e idiota em voltar com ele, pode me dar bronca, puxar minha orelha, eu aceito tudo agora.

 

Mari em um gesto de amor abraça sua filha, em silêncio, acaricia seus cabelos e vê aquela mulher agora frágil desmoronar sob seu colo. – Chora, põe pra fora, eu não vou brigar com você, a única coisa que eu não quero que faça é fingir que não está sentindo nada, não tente ser forte quando a cabeça, o corpo e o coração dizem que você não consegue, eu estou aqui. – a embala em seus braços.

 

- Obrigada. – diz entre as lágrimas – eu não sei o que aconteceu – se afasta e começa a explicar – nós não nos víamos mais com freqüência, mais eu sabia do amor que tínhamos, nunca duvidei disso nem do que eu ainda tenho aqui – aponta pro peito - e procuro entender o que aconteceu e não consigo, não acho um motivo concreto pra explicar o que ele fez.

 

- Vanessa, nós somos uma máquina perfeita e ao mesmo tempo tão falhos minha querida – acaricia seu rosto – uma explicação? Somos humanos, agimos por impulso, por raiva, medo. Todos nós temos essa turbulência aqui dentro, e com ele não foi diferente.

 

- A senhora está defendendo ele? – pergunta confusa.

 

- Estou tentando explicar o que pode ter levado ele a fazer isso, ele não tem uma vida normal filha, e além de toda essa fusão de sentimentos que nos rodeia, ele é uma pessoa publica, vive em função da pressão do trabalho que ele tem, e eu acredito que ele não pode sustentar isso, esse relacionamento nas costas, mesmo te amando.

 

- Então você acha que ele não está preparado pra ter um relacionamento sério? Mais ele já namorou algumas vezes...- não entendia onde a mãe queria chegar.

 

- Eu não sei, isso só ele pode responder, traição não se explica e confiança uma vez quebrada é difícil reparar, só quero que saiba que eu estou aqui e que vai passar, essa dorzinha que está sentindo aqui – toca em seu coração.

 

- Eu não sei, é tão difícil mãe, eu amo ele, amo como nunca amei outro homem, é mais forte que eu, se me perguntar se estou decepcionada, a resposta é sim, mais esse amor, não morre, eu vim passar esses dias aqui, porque não agüentava ficar mais naquele apartamento onde dividimos tantos momentos juntos, onde nos amamos, rimos, fizemos planos e não sei como vou fazer quando voltar, não sabe o quanto foi difícil dizer que nada aconteceu naquela coletiva, enquanto algo lutava e gritava aqui dentro dizendo que eu mentia, de verdade? Eu queria sumir!

 

- Não adiantaria, você não pode fugir do que está dentro de você, agora é deixar com o tempo, vocês ainda vão conversar...

 

- Eu não estou preparada.

 

- Vai ter que estar, não pode fugir, já fez isso uma vez lembra? – ela faz que sim -  e não deu certo, agora relaxa, põe as idéias em ordem e vai mostrar a cidade pro Richard, se divertir. – sorri.

 

- Vou tentar.

 

- Nós estaremos ao seu lado, eu, a Iara e seus outros amigos.

 

Mari tinha razão o tempo iria tratar disso, Vanessa não ficou em seu quarto, o sedeu para Richard e foi pro quarto de hóspedes, a ajudaria a ter foco e não pensar na noite em que se amaram da ultima vez que estiveram ali. Foi até a empresa com Richard pedir os relatórios, mostrou a cidade e conversaram muito com Iara, a qual amou a companhia de Richard, saíram algumas outras evzes juntos, foram  até a praia, shopping, centros históricos. Já tinha passado uma semana, Nanny mantinha contato mais não falou da ligação de Luan.

 

O mesmo quanto mais queria esquecer, mais era lembrado do beijo que deu na Denise e que acabou com seu relacionamento, em todas as reportagens ele era questionado, sorria de canto, desviavava o rumo da conversa, odiava ser lembrado. Sua ultima esperança era Sorocaba, não tinha falado com ele ainda, e sabia que tinha contato com Nanny, suplicaria se possível pra ele dizer onde Vanessa estava, se reuniriam durante dois dias para ajustar o seu novo CD, e tentaria, mesmo que ela estivesse no fim do mundo iria atrás dela.

 

Recife estava muito quente, mais do que o normal – assim Vanessa justificava seu mal estar, já que os comprimidos ficaram no Rio – Isso é o calor gente -  se abanava com uma toalha depois de tentarem obrigar ela a tomar um suco – eu tô bem, logo essa vertigem passa.

 

- Ela diz isso desde que embarcamos, eu acho melhor procurarmos um médico. – Richard adverte.

 

- Eu também filha, vamos, fazemos alguns exames, não custa nada. – Já passa uma semana e você assim? – diz preocupada.

 

- Não mãe, eu to bem, vou sair hoje com o Richard e a Iara, e vai passar ok? Vou subir e dormir um pouco. – abre a boca como quem tem sono.

 

- Dormir? Você acordou tarde hoje e já vai dormir á uma da tarde?

 

- Olha Richard, a mamãe te mostra o museu, né mãe? – Mari faz que sim – eu to com muito sono, vou tomar um banho e deitar. – ela mesma estranha sua atitude, nunca foi de dormir durante o dia, sempre teve problemas com o sono, inclusive a dias quando tomou remédios – eu acho que é o sono acumulado de quando eu morava nos Estados Unidos –  junta as sobrancelhas estranhando a situação e sobe.

 

Vanessa corria numa floresta de verde forte, era possível ouvir o som das ondas do mar e corria em sua direção, sabia que de alguma forma encontraria Luan lá, fazia calor e queria se jogar na água junto com ele mais uma vez o mais depressa possível, mais algo a faz parar, olha pra trás e alguém a chamava, não seu nome, mais ‘mamãe” ouvia claramente, parecia uma voz de criança perdida em meio aquele verde, por instinto faz o caminho inverso, procurando pela criança, mais não a encontrava, ela chorava e Vanessa começava a entrar em desespero, queria encontrar a criança, a pôr nos braços e dizer que estava tudo bem. Uma música começa a tocar e ela se concentra naquele som, era o seu celular. Acorda suada e passando as mãos pela testa, lê o nome no visor e pensa duas vezes antes de atender.

 

CONTINUA....

Tá aí amores!

Gente quase morri de vergonha agora...

Quando vocês se identificam com o TT, antes de postar aqui, eu confiro e sigo quem eu ainda não sigo...agradeço e tudo mais pelo comentário, por ler a #Fic, quando fiz isso agora a pouco a menina disse que não tinha comentado nada! Foi tenso...pedi desculpa e expliquei. Amores, só coloquem USER que que vocês moderam certo? Pra não acontecer equívocos!! Ou apenas coloquem seus nomes beleza?

Bom té amanhã.

Se cuidem!!

Quero palpites!! Hahaha..o que tão achando??

Será que Vanessa tá mesmo grávida? Humm...

Paz&Bem