Capítulo 4 ( Parte 24)

        Sol e calor, muito calor, Vanessa se espreguiçava na cama, sem nenhum lençol sobre seu corpo estava suada e pela claridade intensa em seu quarto deveria ser tarde, levanta como quem toma um susto procurando seu celular em meio as cobertas para ver a hora – onze horas?! – grita dentro do quarto, correndo para o banheiro, Luan estava quase chegando precisava ser rápida. Banho frio, por dois motivos, o calor intenso e pra despertar de vez, põe uma mini saia jeans e uma regata branca com detalhes em estampa florida formando outra barra anexada a ela, calça uma rasteirinha mais que predesse no pé, pois iria dirigir e não queria levar uma multa, os cabelos soltos molhados caiam pelas suas costas, se olha no espelho, gostou do que viu, mais era estranho se vestir daquela amneira, diferente da mulher formal que se arrumava todas as manhãs para trabalhar, ali parecia outra pessoa, aquela mesma garota de Recife que acordou um dia de manhã e encontrou seu menino pela segunda vez na praia, gostava mais dessa garota do que aquela cheia de responsabilidades e formalidades.

      Desce as pressas gritando: - Mãe porque não me acordou? Viu que horas são? – sua mãe estava na cozinha conversando com Maria e aparece secando as mãos em uma toalha branca.

- Desculpe, mais eu iria te acordar agora mesmo, chegou tarde e pensei que estava cansada da viagem.

- Tudo bem – corre pra cozinha, dá um beijo em Maria e pega uma maçã verde Mari ria da pressa da filha.

- Pra onde vai com tanta pressa?

Vanessa mordia a maçã e fala de boca cheia pegando as chaves do carro – Pegar o Luan ué?

- Você esqueceu? - Ela olha sua mãe sem entender – ele tem nosso endereço e quem vai treazer ele é o tal segurança.

- Droga, eu esqueci disso – as duas começam a rir, e Vanessa fica pensando.

- E algo me diz que você não vai conseguir ficar esperando aqui em casa.

- Não mesmo. – beija Mari e sai correndo pela porta dos fundos que daria na garagem, enquanto o portão abria lentamente e ela entrava no carro liga pra Luan. Chama por duas vezes, e parecia que ele já a esperava ligar.

- Oi amor!

- Já chegou? – pergunta dando partida no carro.

- Quase, acho que daqui a meia hora estamos pousando.

- Tô indo te encontrar.

Ele era capaz de iamginar seu sorriso com a euforia em sua voz: - Jura?

- Hum rum. – ela escuta por alguns instantes Luan parecia conversar com mais alguém, provavelmente falando sobre isso. – Tem mais alguém aí com você? Além do Wellington?

- Tem sim, o mala do Rober veio pra ficar fazendo compania a o Wellington no hotel e darem umas saídas por aí.

- Ah jura que o Rober veio?

- Veio sim. – finge tédio pelo rumo da conversa.

- Bom nos veremos daqui a pouco certo? Estarei esperando no estacionamento, lá na saída, em pé no carro ok?

Luan entendia que esse cuidado era pra não chamar atenção das pessoas e a reconheceria mesmo a mil léguas de distância. – Tá certo então, ah para Rober – diz com voz irritada e Vanessa ri do outro lado, deveria ser uma das bricadeiras deles – te mais amor, te amo.

- Eu também.

Chega no estacionamento do aeroclube e fica um tempo no carro, olha o relógio e faltavam dez minutos para o meio dia, ele deveria estar pousando, desce e fica encostada no carro, de óculos escuros olhando pra entrada do estacionamento onde o carro que levaria Luan estaria por ali também. O  sol estava forte, sua sorte que tinha estacionado embaixo de uma árvore, dava pra suportar, vinte minutos tinham se passado, porque demorava tanto? Pessoas entravam e saiam mais nenhuma era o que ela procurava.

Até que seus olhos o encontram, estava vestido diferente do habitual, calça clara, camisa azul – sua cor preferida – tênis branco óculos e boné também branco de lado do jeito desarrumado e perfeito que só ele sabia fazer com alguns fios de cabelo pra fora, uma das imagens mais perfeitas que via, tomando por completo sua visão e abrindo um sorriso involuntário que saía e invadia aquele espaço por completo, Luan caminhava com cuidado, talvez pra não chamar atenção. Rober, vestia-se discretamente também e o que realmente a surprenedeu foi não ver Wellington com seu habitual “uniforme” preto, ele era o mais engraçado, de jeans e camisa branca, não havia como desconfiar de nada ali.

Eles se aproximaram dela, era óbvio que a tinha reconhecido, mais é cauteloso, apenas a abraça e Vanessa não reclama outro carinho além daquele, o seu abraço era o melhor abraço do mundo.

- Que saudade – sussurra em seu ouvido.

- Também senti saudades meu amor – ele acariciava seus cabelos segurando depois sua mão, que Vanessa solta indo cumprimentar os outros.

- Rober!

- Oi minha Vanessa! – a abraça e parecia dizer algo por suas costas, provavelmente pra Luan que os observava de braços cruzados – Você está linda – segura suas mãos e a observa olhando sua roupa. – Diferente daquela formalidade toda, prefiro você assim.

- Hoje quando me olhei no espelho pensei a mesma coisa acredita? Obrigada, você é um amor Rober, fiquei feliz que veio.

- Ah eu também, o Luan não...

Alguém tosse e todos olha pra Luan rindo.

- Wellington, você está – ela o olha e ri – diferente.

- Fora do normal não é? – a abraça desengonçado e com vergonha.

- Não você hoje está normal – Luan volta pro seu lado e toma posse de sua mão – Bom vamos todos? Suponho que estejam com fome e minha mãe pelo cheiro que estava vindo da cozinha deve tá caprichando com a Maria.

- Eu to morrendo de fome, vamos logo – Luan falava com urgência.

- Obrigado Vanessa mais eu e o Wellington vamos deixar o Luan na sua casa e partiremos pro hotel, almoçaremos lá mesmo. – Rober explicava.

- Nada disso, vocês vão almoçar com a gente e depois vão pro hotel.

- Nós estamos a trabalho. – Wellington fala em tom de gratidão.

- Mais eu estou convidando – Vanessa cutuca Luan que estava em silêncio, ele precisava falar alguma coisa.

- É gente, vamos todo mundo junto, almoçamos e depois tão liberados pra curtir Recife.

- Pronto decidido assim, vamos. – ela abre a porta do carro e vai entrando, Luan seguia pro seu lado e ela o olha estranho.

- Não posso ir com você, a deixa vaí?

- Wellington? Rober? – ela os olha perguntando suas opiniões o que faz Luan bater o pé irritado.

- Não vejo problema.

- Eu vejo, vai que alguém vê...- Rober fala e começa a rir, Luan já estava sentado no carro.

- Bom, me sigam ok? – entra no carro rindo e põe o sinto.

Eles tinham alugado um carro por esse final de semana, e seguiam Vanessa cuidadosamente.

- Amor? Que cara é essa? – passa a mão por seu rosto, ele estava calado.

- Primeiro, que roupas são essas?  - Vanessa ri da cara que ele fez arqueando as sobrancelhas – Isso é crime contra a sociedade sabia? Sociedade masculina que digo.

- Luan! Estamos em uma das cidades mais quentes do Brasil, por favor né? – ela não estava chateada apenas ria.

- Você está linda, mais não sou só eu que to achando isso, sabe – começava a desabafar – eu não sei o que faço com você e com a Bruna, me dão muita dor de cabeça.

- A Bruna? O que tem?

- As roupas, ela tá soltinha nas baladas de Londrina e qundo sai na rua de shortinho os marmanjos ficam de olho. – indica os dois dedos em direção aos olhos fazendo um ovimento a sua frente.

- Luan! Você não vê isso, viaja demais.

- Não, não vejo mais imagino que seja assim. – cruza os braços.

Vanessa ria muito dentro do carro – Deixa a menina Luan, mais e a segunda coisa? Já que a primeira foi a implicância com minhas roupas.

- Eu não gosto de ser tratado assim.

- Assim como?

- Como criança, as pessoas tomando as decisões por mim, Wellington, Dagmar e Rober, Luan tem que fazer isso, Luan não pode fazer isso. – Imitava vozes femininas e em tom mais grave.

- Luan, tem que ser assim, entenda que e uma forma de te protegerem.

- Protegerem de que? Do mundo?

- Não sei, sua imagem talvez, sei lá.

- O que você faria se fosse eu? Com um monte de gente te dizendo o que e pra fazer?

- Eu? – pensa alguns instantes – eu jogava tudo pro alto e faria minhas vontades.

- Foi por isso que entrei no carro, foi por isso que eu trouxe o Rober, já que o Wellington teria que vir, não queria ter um sgeurança 24 horas ao meu lado com você.

- E foi por isso que ficou em silencio enquanto eu insistia pra eles virem com a gente? – ele faz que sim – te entendo, mais é só hoje ok? – ele concorda.

Sabe o que eu quero fazer? – fala reconhecendo a entrada da casa da mãe de Vanessa enquanto ela parava esperando o portão abrir.

- Não. – o olha esperando ele explicar.

- Isso. – a puxa e a beija demoradamente, um beijo suave, quente e cheio de inúmeros desejos e sabores, só param ouvindo uma buzina logo atrás deles.

Assustados olham a sua frente o portão já aberto e logo atrás Rober e Wellington reclamando com mais buzinas, dessa vez vinha de uma pequena fila que se formava atrás deles que trancavam o tráfego da rua.

Vanessa ri e rápido demais entra com o carro seguido pelos meninos logo atrás, Luan ria muito do protesto dos outros motoristas passando muito rápido e buzinando mais uma vez.

- Tá vendo o que você fez?

- Desculpe mais eu não poderia esperar mais, e esses daí? – faz sinal pra trás – não devem saber o que é esperar dias para beijar o amor da sua vida. – dá o seu sorriso mais perfeito do mundo e dessa vez era Vanessa quem toma a iniciativa do beijo.

Até o som de batidas no vidro, sorriem e olha em direção, era Rober seguido logo atrás de Wellington, Luan que aperta o botão e era possível ouvir o que ele dizia.

- Tem certeza que alguém aqui está com fome? Depois de formarem um engarrafamento em plena rua? Já pensou? “ Cantor Luan Santana vai parar em delegacia por causa de um beijo , ele trancou a rua enquanto beijava sua namorada e quase causou um acidente” – ótima notícia.

- Que tal essa? “ Cantor Luan Santana foi parar em delegacia por ter perdido a paciência com seu secretário e ter batido nele, motivo, perturbação de sossego.”

- Bom – Vanessa descia do carro rindo – agora eu entendo a impaciência da Dagmar, vamos entrar Wellington – chama-o caminhando até a entrada de sua casa.

- Hey, espera a gente. – Rober corria a frente de Luan, que o passa rápido demais e chega até Vanessa.

- Perdeu – ri alto – precisa entrar em forma, Luan zomba de Rober.

- Ah me espera Luan Santana, me espera.

As brincadeiras e os risos pararam quando Mari apareceu a porta para os receber, de sua visão era possível enchergar quatro pessoas extremamentes calmas e adultas, se bem que só existiam duas a pouco tempo ali.

CONTINUA...

Minhas lindonas!!

Aguardem que postarei outro capítulo hoje certo?

Entrei rapidão aqui do trabalho só pra postar.

Quando chegar em casa eu posto certo?

Kiss ;*

Paz&Bem