Capítulo 4 ( Parte 19)

- Amor? Acorda, tá na hora de levantar vem – Luan balançava Vanessa de leve que relutava em abrir os olhos. – Vanessa? Abre os olhos vai, temos que levantar.

Com a voz sonolenta fala ainda de olhos fechados: - Luan, meu corpo diz que ainda não são sete horas e não tô com vontade de ir a Paquetá hoje, portanto vamos dormir? – Vira-se cobrindo dos pés a cabeça.

- Ah não – Luan puxa a coberta – temos que levantar, se não perdemos o horário, tem certeza que não quer ir?

- Espera – abre os olhos  assustada, ainda estava escuro – nós vamos a algum lugar? – ele sorri o cabelo levemente desgrenhado mesmo assim lindo – minhas roupas? – pensa assustada pois tinham ficado no hotel.

- Você diz aquelas ali? – acende a luz e aponta pra uma mala.

- Como conseguiu?

- Fácil, mais não quero explicar, agora levanta que vamos pegar a estrada, hoje e domingo lembra?

- Perfeitamente, mais aonde vamos? – ele não responde – é surpresa? – apenas sorri.

- Eu fiz uma promessa lembra?

- Você precisa me ensinar a ter pique e acordar a essa hora, como consegue? – fala se arrastando da cama enquanto Luan já estava de pé. – você chegou pela madrugada!

- Não sei, mais você terá tempo para se acostumar.

- Isso pode levar uns 20 anos sabia?

- Eu tenho paciência.

Vanessa parte para o  quarto de hóspedes precisava de espaço para se arrumar e tempo em ver o que vestir, não tinha trazido muita coisa e mal sabia aonde iriam, opitou por um look básico e confortável, pegou um bom jeans de um tom escuro, calçou um tênis azul com listas brancas, uma camiseta branca de estampa divertida, figuras e alguns dizeres em inglês e por cima uma jaquetinha de tecido.  Prendeu o cabelo num rabo de cavalo, fez uma maquiagem leve, pegou sua bolsa e saiu. Luan já vinha a sua procura, estava vestido no mesmo estilo, calça escura, tênis preto e camisa azul, sabia que Vanessa gostava dessa cor, em suas mãos estavam seu óculos e um boné.

- Você está linda.

- Fiz as cegas, não sei onde vamos, acertei? – olha pra si mesmo em dúvida.

- Perfeita! Vamos, temos que dirigir um pouco.

- Onde estão os outros?

- Dormindo, não são nem cinco horas ainda. – Vanessa faz uma cara de quem reclama.

- Vem – pega em sua mão – você vai amar.

Tinha como não amar alguma coisa quando se estava perto de Luan? – Vanessa pensava – estava frio lá fora, a brisa a fez arrepiar e passar a mão nos braços, Luan percebendo abriu logo a porta do carro e ela entrou, pôs o boné e os óculos e seguiram viagem. As ruas da cidade de Londrina estavam desertas.

- É longe?

- Não muito, pra falar a verdade, eu moro aqui a um tempo e nunca fui aonde vamos, vai ser minha primeira vez. – admitia.

- Espero que não se perca. – admite rindo.

- Eu estou contando com isso. – sorri.

Não existia em toda face da terra, universo, galáxia um sorriso mais perfeito que o dele, por isso que Vanessa tinha um pensamento que ele era seu sol particular, ele a iluminava de tal maneira, aquecendo cada parte do seu corpo com apenas um sorriso.

Saiam da cidade, ela lia as placas mais nenhum sinal do local, só ultrapassando cidades e mais cidades, deveria ser longe, Luan corria um pouco, talvez para ganhar tempo, conversavam do dia de ontem, faziam alguns planos de Luan ir a Recife algum final de semana com ela, visitarem Mari para aproximar e reatar os laços, não precisava de música, e mesmo se estivesse tocando alguma coisa, seria inútil a seus ouvidos, porque eles precisavm apenas da compania, da voz um do outro.

Mais uma delas se silencia, Vanessa estava realmente cansada e Luan a observava tombar a cabeça de lado dormindo, acaricia seu rosto com uma das mãos e sorri, pensa em ligar o rádio em alguma música agradável, mais resolve cantar, cantar enquanto ela dormia, e intimamente ela preferia o som da sua voz a embalar seus sonhos.

- Vanessa? Acorda, estamos quase chegando, abre o olho vai, você vai ficar com o pescoço todo dolorido – falava com a voz suave.

Ela abre os olhos devagar, o sol já estava no céu, brilhando com mais força, diferente de quando saíram – Eu dormi?

- Muito. – ri.

- São que horas? – fala espreguiçando os braços no pequeno espaço do carro.

- Quase sete.

- Nossa! - - Começa a olhar a paisagem, era de um verde intenso e lindo, a vegetação era de vastas árvores e se surpreende ao ler a placa: - Cataratas do Iguaçu. – Luan! - Ele ri entendendo seu susto – Nós vamos visitar as cataratas? Não acredito!

 

- Gostou? Pelo menos não me perdi. 

- Adorei! Você é incrível! – passa uma das mãos acariciando sue rosto – obrigada.

- Vamos ver lá dentro – Luan vira o carro pegando uma estrada estreita até chegar na entrada do parque, estava vazio. Um homem vestido de calça azul marinho e camisa branca vem os receber, com algumas chaves na mão e com a cara de sono abre o parque.

- Somos só nós dois?

- Temos uma hora pra aproveitar isso aqui.

- Com conseguiu?

- Um dos administradores estava no show ontem, ai aproveitei e falei da minha vontade de conhecer, mais que era impossível, no horário normal, ai ele me cedeu pra quando eu quisesse.

- E você escolheu hoje? – ri imaginando Luan falando : - Pode ser amanhã ?

- A primeira vez tinha que ser com você. – pega em suas mãos, tinha uma pequena trilha a qual caminhavam seguindo o pobre homem sonolento, podia ouvir o barulho da queda das águas, estava frio e Vanessa se aproxima mais do corpo de Luan, começam a andar por uma plataforma de concreto, parecendo o mirante e vêem a maravilha da natureza.

 

- Isso é gigantesco. – Vanessa dizia maravilhada com uma das mãos na boca.

- É lindo né? Sempre tive vontade de conhecer. – a puxa a beijando, o homem abaixa a cabeça constrangido e os dois não se importam. Mais pouco a pouco o Senhor se afasta, deixando-os a sós.

 O contraste das quedas D’água com o verde era sem descrição, aquele lugar emanava uma paz, uma tranqüilidade que valeu a pena acordar cedo e ver aquilo

 

Ainda abraçada com Luan ela começa a falar: - Ali do outro lado já é a Argentina. – aponta ao longe.

- É estamos na fronteira. 

- Isso é incrível, pra quem só conhecia pelos livros de geografia e fotos na internet.

Luan ri alto – Verdade, aqui é alto pra caramba né? -  Olha para baixo da plataforma, infelizmente só poderemos admirar a paisagem, não consegui que liberassem o passeio de bote pra gente. Aponta pra um pequeno bote, provavelmente com algum funcionário especionando alguma coisa – Vanessa olha surpresa.

- Passeio de bote? Lá embaixo? – aponta e ele concorda – você é maluco Luan!

- Pra isso acontecer teria que acordar o pessoal do parque todo, mais quem sabe numa próxima, você tem medo?

- Confesso que sim, mais eu toparia com você. – admite o abraçando mais forte.

- Obrigado pela confiança. – beija o alto de sua cabeça, a qual o vento bagunçava de leve alguns fios de cabelo.

- Quando vai parar de me surpreender?

- Eu já respondi essa pergunta.

- E está cumprindo.

- Eu estou acertando em muita coisa não é? – fala satisfeito enquanto Vanessa pensava em silencio soltando um leve sorriso depois. – No que está pensando?

- No que você falou. – Luan a olha sem entender – você me disse que tá acertando muita coisa, sim está. – concorda – mais isso me fez lembrar algo que li um dia.

- E o que você leu? Pelo seu sorriso é bom. – Luan era extremamente curioso.

Ela o abraça mais forte, pelo frio e pela necessidade de o ter sempre perto e começa a falar : - Se você tivesse chegado antes, eu não teria notado. Se demorasse um pouco mais, eu não teria esperado. Você anda acertando muita coisa, mesmo sem perceber. – Luan respira percebendo a parte que o lembrava, mais ela ainda continua – Mas já que você chegou no momento certo, vou te pedir que fique. Mesmo que o futuro seja de incertezas, mesmo que não haja nada duradouro prescrito pra gente. Esse é um pedido egoísta, porque na verdade eu sei que se nada der realmente certo, vou ficar sem chão. Mas por outro lado, posso te fazer feliz também. É um risco. Eu pulo, se você me der a mão...

- Me dá sua mãe – ela enlaça nas suas – vamos pular?

- Luan! – os dois riem.

- De quem é?

- Caio Fernando de Abreu.

- Tem certeza que ele não conhece a nossa história? –a olha arqueando a sobrancelha e tombando a cabeça para o lado. 

- Não sei, mais façam deles as minhas palavras.

- Tenho que concordar com ele, você me faz realmente feliz.

- Porque comigo não é diferente? – ela ri enquanto Luan toca de leve seu nariz e a beija.

- É um risco – Luan a olha nos olhos puxando uma mexa de cabelo que tinha se soltado – mais eu pulo, se você me der a mão.

CONTINUA...

Meninas! 

Fico hiper feliz com os comentários e as semelhanças que postaram.

Nossa, a gente pensa que não acontece mais vejo que o que escrevo tem fundamento!

Nosos Nego voltou! Lindo e preto, vale salientar!! hahaha

Sabia que vocês são as melhores leitoras do mundo?

Obrigada por acompanharem a #Fic

E sonharem junto comigo!

@FanficUmaHdAmor @_Vanesssaa_ (mudeiotrecolá)

Paz&Bem