Capítulo 4 ( Parte 28)

- O que você tá fazendo na minha casa? – Vanessa questiona irritada a impedindo de falar.

- Calma amor. – Luan pega em seu braço a mantendo perto.

- Calma? Ela separou a gente Luan, tudo pelas nossas costas, a pessoa que eu confiava, que eu achava que conhecia e julgava ser minha amiga fez isso e você me pede calma com ela bem aqui na minha frente? – Ele a abraça confortando-a, Mari permanecia em pé ouvindo tudo em silêncio.

- O que você veio fazer aqui? – Luan aponta com o dedo enquanto uma das mãos acariciava os cabelos de Vanessa.

- Estragar nossa tarde, só pode ser. – Vanessa fala contra o peito de Luan.

- Eu mereço ouvir isso eu sei, mais preciso me desculpar, esse tempo todo que passei fora pensei muito no que fiz e quando voltei hoje de manhã e soube que estavam juntos mais uma vez, que jantaram lá em casa eu precisava conversar, por isso eu vim, peço desculpas. – falava envergonhada.

- Estamos ouvindo, o que tem pra dizer? –Luan falava em tom imperativo, mais demonstrava proteger Vanessa, a abraçando, seu corpo tremia.

- Eu sei que nada que eu diga, fale, explique vai reparar o que fiz, mais vendo vocês juntos agora, ajuda muito, estou mais tranqüila e...

- Não foi fácil, você não faz idéia do que passei até voltar com o Luan. – Vanessa apontava o dedo indicador a acusando.

- Eu sei mais...

- Não, você não sabe de nada, agora me diz o porque disso tudo? ´Porque se juntou ao Anderson? Armou pra cima da gente?

- Eu, sentia inveja – falava de cabeça baixa envergonhada, suas palavras saiam quase inaldíveis – sempre gostei do Luan, tanto é que fui eu quem convidei você e a Iara pra ir no show lembra? E ver que minha amiga estava conquistando tudo o que eu queria...

- Você devia ter se orgulhado, eu não sabia de nada, porque não se abriu? Teriamos conversado, resolvido isso como adultas e com sinceridade, eu e o Luan nos amamos, não teria mudado isso, mais a nossa amizade poderia ter permanecido.

- Hoje posso ver isso, mais aproveitei que o Anderson te detestava e planejei tudo, Vanessa por favor me perdoa, não sabe o quanto sofri todo esse tempo.

- Não, eu não sei, mais eu sei o quanto eu e o Luan sofremos e eu principalmente por hoje ainda ser mal vista por todos, não culpo só você, mais colaborou muito pra manchar minha imagem, eu não consigo ser mais vista como eu, aqui sempre vou ser a ex namorada do Luan Santana que o traiu em plena festa de aniversário. – Vanessa chorava, sua mãe via sua dor e Luan a abraçava mais forte, era verdade tudo o que dizia, ela era vista dessa forma, e isso doía nele também.

- Me perdoa, eu vi o quanto errei, o quanto fui idiota, mais eu precisava falar isso tudo pra você, olhando nos seus olhos pra  me sentir mais aliviada.

- Isso foi infantil Paula, você separou a gente, a Vanessa ficou dependente de remédios, quase entrou em depressão, e fez nascer em mim um sentimento de mágoa que me tornou capaz de a machucar ainda mais, lógico que o Anderson teve culpa também, mais você...

- Eu sei de tudo, a Iara me contou, já e difícil encarar a repulsa da minha irmã, apenas o Gui e a mamãe me tratam bem, e ver vocês me odiando é...

- A gente não te odeia Paula, mais você foi uma decepção, poderia ter sido diferente, mais veja o que você causou. – Luan apontava pra Vanessa sob seu peito – por mim pouco importa, mais ela, vocês eram amigas e...

- Luan eu não sei mais o que fazer – chorava passando as mãos nos cabelos, eu sei que não posso ter o perdão de vocês mais, recuperar a amizade, o tempo perdido, mais por favor, eu preciso me livrar desse fardo  Vanessa – se aproxima com medo – me perdoa?

- Eu não sinto ódio de você Paula, eu sinto pena, pena de ver  a pessoa em que se transformou, a que ponto você chegou.

- Não fala assim.. – Paula chorava – você é a minha melhor amiga!

- Tem certeza disso? Acha possível ter alguma amizade entre nós? Você quebrou isso Paula, sabe, eu não me importei tanto com a atitude do Anderson, porque eu nunca convivi com ele, mais sabia que ele nunca gostou de mim, e depois eu entendi que ele queria de alguma forma proteger o Luan de uma golpista, foi errado eu sei, não justifica mais dá pra entender sabe? Então eu já esperava algo, mais você? A quem eu conheço desde sempre? Que crescemos juntas, dividimos alegrias, tristezas, segredos...a minha Paula? A minha amiga?  Foi decepcionante. Não existe mais confiança. Pode ser que daqui a dias, anos isso mude, você e eu possamos conversar, sair, rir de coisas bobas, mais deve levar muito tempo, então não espere algo de imediato. Não hoje e nem amanhã.

- Mais ainda há esperanças, e eu vou conseguir retomar sua confiança.

- Impossível recuperar por completo, você consegue transformar um papel amassado em como ele era antes? Lisinho e perfeito?

Duas lágrimas se formavam em seu rosto, as enchuga dizendo - Eu vou provar que mudei, vou lutar pra isso, - vira-se pegando sua bolsa no sofá – bom, pelo menos encarei de frente, não foi tão ruim assim – dá um meio sorriso -  não irei mais atrapalhar, torço pelos dois.

O silêncio era constrangedor.

-  Vanessa? – pergunta em dúvida -  Eu posso te da um abraço? – ela a encara achando aquilo absurdo – Não, não é o que pensa,  sem significado, não espero que me perdoe ou que um abraço mude isso, mais como uma maneira de me dar esperanças que um dia poderemos voltar ao que éramos. Por favor, eu suplico não me negue isso. – estava desesperada.

Vanessa olha pra sua mãe como quem pede ajuda, Luan a solta e Mari concorda com a cabeça, ela dá um passo a frente sem dizer nada e Paula se joga em seus braços, a abraçando forte e chorando, Vanessa permanece inerte mais depois a envolve com seus braços, num gesto de carinho acaricia seus cabelos, confortava de serta forma a pessoa que a machucou, não era um perdão, mais guardar mágoas não era típico seu, e todos mereciam uma segunda chance, só que a de Paula demoraria um pouco mais.

Ela vai embora e ninguém olha ela partir, estavam sem ação, como quem não acredita no que acabou de acontecer. Mari se aproxima e abraça Vanessa.

- Me desculpe, mais precisavam disso, por isso a deixei entrar.

- Eu sei mãe, eu sei, só não esperava que fosse assim, hoje, foi difícil.

- Também foi difícil eu enchergava aquela menininha de cabelos negros brincando aqui na sala com você, mais não fica mal, isso vai passar e foi bom pra encerrar essa história de vez. – se afastam e Vanessa enchuga o rosto com as mãos.

Seus olhos encontram os de Luan: - Me desculpa por isso, a minutos tava tudo tão bem.

- Não se preocupa Vanessa, e como sua mãe falou, foi necessário pra encerrar de vez essa história que estava pendente, agora sim podemos começar do zero realmente, sem coisas do passado. – se abraçam. – fica bem, passou, não vamos deixar que isso estrague nosso dia ok?

- Isso mesmo,  vamos na piscina, vou mandar preparar um lanche pra gente e já levo lá, vão andando. – Mari sai da sala.

Luan sai puxando Vanessa, a coloca a sua frente e vai beijando seu pescoço guiando até o jardim.

- Não tô gostando. – reclama.

- De quê?

- Dessa sua cara amor, se anima vai.

- Desculpa,  mais existem coisas que estragam seu dia.

- Humm, o que posso fazer pra amenizar isso?

- Estar aqui comigo já é uma grande ajuda.

- Você tá com calor? – Falava enquanto tirava sua camisa fora.

- Tá tentando me seduzir? – ele consegue arrancar um sorriso dela.

- Só perguntei se está com calor. – se defende.

- Um pouco.

- Então vem comigo.

Rápido demais Luan puxa sua mão e pula na piscina com ela, vão até o fundo e sobem juntos.

- Luan! Isso não é justo. – passava as mãos pelos cabelos molhados.

- Você disse que estava com calor. – ria, tentava distraí-la.

- Seu bobo! – sacode água nele que nadava e ela ia atrás dele inutilmente – eu vou pegar você Luan Rafael, como quem cansa ele para só pra ver o que ela ia fazer, Vanessa se aproxima dele, que a olhava desafiando, estavam eprto demais e ela quem inicia o beijo, Luan a puxa mais para si acariciando suas costas e finalizando com um demorado selinho ele sorria.

- Se soubesse que era essa a recompensa teria te jogado antes.

- Eu pensei em te afogar, mais seria complicado. – admite sorrindo.

- Pelo menos te arranquei um sorriso. – beija a ponta do seu nariz.

- Me arrancou um sorriso, me faz feliz, me ama, me faz esquecer tudo lá fora o que eu preciso mais?

- Nós precisamos assumir isso de vez, nada mais impede isso amor, precisamos ser felizes as claras. - Vanessa fica de costas pra ele enquanto a abraça pela cintura e fala próximo ao seu ouvido – do que você tem medo?

- Da reação de suas fãs. – admite. – Você sabe como elas me vêem.

- Enfrentaremos juntos, e além do mais, elas já desconfiam, já viram fotos nossas, porque não? – ele queria muito aquilo.

- Não sei Luan.

- Tá tudo bem comigo e sua mãe, conversamos com o Sorocaba, a Paula deu as caras agora e encerrou essa conversa, então nada nos impede, eu quero poder abraçar você em público, pegar em sua mão, te beijar, te levar pra jantar, viajar e dizer pra todo mundo que eu te amo. – vira ela para olhar nos seus olhos.

- Eu também quero isso Luan, muito, mais...

- Mais estaremos juntos, e eu vou te protejer, podemos falar a verdade, dizer que foi um mal entendido.

- As pessoas não vão acreditar Luan.

- Eu acredito e estarei com você, isso basta, confia em mim?

- Com toda minha alma.

- Então, ainda hoje o Brasil saberá do nosso amor.

- Ainda hoje?! Não Luan isso é loucura.

- Pra quê adiarmos isso? Não tem sentido, ligarei pra Dag e pedirei ajuda.

- Ai – geme de medo.

- Não se rpeocupa – a abraça.

- Não é isso, é a minha mãe que vem ali, ela vai nos matar. – Luan vira assustado e sorri envergonhado dando um tchauzinho pra Mari que ria.

- Tivemos risco de incêndio pra pular na piscina com roupas e tudo? Cadê o fogo? 

Vanessa olhava envergonhada e Luan ria: - Mais ou menos Mari, ainda bem que a piscina estava por perto, os dois juntos sozinhos não dá certo, cê sabe né? Aí pulamos rápidão na água.

- Luan! – bate em seu ombro enquanto ele ria das suas bochechas vermelhas.

Mari buscou algumas toalhas e eles se secaram, trocando de roupa em seguida, conversaram sobre assumir mais uma vez o namoro, Vanessa ainda relutava, mais para surpresa de Luan Mari concordou, bastou isso pra ligar para Dag e resolver tudo.

- O que ela disse? – Vanessa perguntava apreensiva com uma das mãos na boca, estava nervosa.

- Bom – brinca com o celular com as mãos – ela falou que eu poderia fazer uma twiticam, explicando tudo, poderia aproveitar esses dias de folga e começar falando que estava em Recife...

- Comendo pelas beiradas.

- Isso, uma conversa rasoável, aí eu canto, deixo meu anel a mostra, provavelmente irão perguntar sobre e eu respondo.

- E onde eu fico nessa história?

- Como minha namorada ué. – diz o óbvio.

- Não Luan, eu vou aparecer?

- Não, não se não quiser, mais depois a acessoria vai publicar uma nota pra imprensa, a twiticam é só pras fãs.

- As primeiras a saber....

- Isso, como prometi, tá tudo bem pra você?

Ela respira fundo, o encara e diz: - Tá, com você ao meu lado, não há como ficar ruim.

- Sempre vai ser assim, e quanto a imprensa a Dag falou que você só fala se quiser.

- Provavelmente irão me procurar, mais eu não quero falar nada.

- Então não fale – Olha o relógio e fala com tristeza – temos que ir embora.

- Minha mãe vai nos levar. – levanta e puxa sua mão.

- Podemos aparecer juntos? Digo, podem nos ver?

- Porque não? Agora não somos namorados? – ri, os olhos de Luan brilhavam com a idéia.

Se despedem e em minutos estavam no aeroclube, caminhavam de mãos dadas chamando atenção das pessoas, era quase noite mais ainda tinha movimento, duas mulheres se aproximaram e pediram pra tirar foto com suas filhas, Luan atendeu prontamente enquanto Vanessa observava sua euforia enquanto ela mesma tirava as fotos.

- Essa é sua namorada Luan? – a mulher baixinha lhe perguntava.

- É sim, minha namorada. – olhava-a com carinho dão-se as mãos e caminham para a pista de decolagem.

- Como foi?

- Nada mal, pelo menos não sai na foto. – ria.

- Você não gosta de aparecer não é?

- Agora tenho que aprender a gostar, não é todo dia que a gente namora um cantor famoso em todo Brasil.

- E você se importa?

- Não, porque pra mim ele é apenas o meu garoto, meu Luan Rafael, bobo, lindo, apaixonante,  que me faz perder o chão, esquecer que eu existo, que existe um mundo lá fora, que me faz ser outra pessoa quando estou ao seu lado.

- Você precisa me apresentar esse cara, porque estou começando a ficar com ciúmes. 

- Iremos marcar um encontro a três.

- Enquanto esse dia não chega, pode se aproveitar desse Luan aqui...

- Ah é? Quem é esse Luan então?

- Esse tem atitude -  Vanessa estava de frente pra Luan que levanta um pouco e vai até ela beijando-a. 

- Assanhado, deixa o Luan Rafael saber disso. – zomba.

- É uma pena que estamos no avião, porque iria fazer você esquecer esse Luan Rafael em um minuto. – duvida.

- Impossível, porque desde o início foi por ele quem me apaixonei, e você, foi conseqüência.

Luan fez o máximo pra Vanessa não lembrar do episódio daquela tarde, cantou, contou piada, a cutucou com o pé, fez ela rir muito. Não queria ver ela triste, e entretia ela de todas as maneiras, sabia que tinha se aproveitado da situação de Paula para assumir logo o namoro, por dois motivos, primeiro pra fazer Vanessa focar em outra coisa, mesmo ficando preocupada ela esqueceria a conversa com Paula, o que aconteceu e segundo se não aproveitasse ela adiaria isso por toda vida, e ele não queria esperar mais, queria ter ela pro completo e dividir isso com todos.

 CONTINUA...