Capítulo 4 ( Parte 31)

- De quanto tempo fazem essas fotos Sorocaba? – pergunta curiosa.

- Que fotos? – desconversa – eu não tenho fotos recentes não, já fazem tempos. 

Ela não acredita: - Essas fotos aqui que estão passando na sua proteção de tela – ele congela, mais tinha inúmeras fotos, a qual ela se referia? - Não mente pra mim vai? Eu sei que você estava com o Luan esses dias antes dele viajar. – falava derrotada – não precisa dizer se acontesseu alguma coisa.

- Ele te contou? – Sorocaba pergunta surpreso - Nanny agora prestava atenção, que fotos eram essas?

- Que estava com você sim, mais onde e com mais alguém como vejo aqui não. – respira fundo.

- Não aconteceu nada demais, eu juro, só bebemos alguma coisa, tocamos e conversamos sobre trabalho, tínhamos acabado de ter uma reunião e reunimos a galera. – explicava nervoso.

- Ah, sobre trabalho? – ela não acredita.

- Que fotos são essas gente? Pelo amor de Deus? – Nanny reclama sem entender enquanto Sorocaba busca e começa a mostrá-las.

 

- Dá pra ver o trabalho de vocês. – Nanny o cultuca.

- Não entendo, porque o Luan não me contou? Eu teria entendido, poxa, ele pensa que eu não confio nele? Agora vendo isso, dá pra perceber. Nossa relação é tão aberta e...

- Não pensa que teve algo mais, as meninas são só amigas nossas. – Sorocaba procurava amenizar a situação.

- E elas trabalham em quê? – Nanny rebate, também tinha mexido um pouco com ela.

- Não sei, na verdade, são amigas de outros caras que estavam aí e....

- Não precisa explicar Sorocaba, pelo menos você e o Luan estão bem, trabalhando juntos, amigos de novo, como sempre foram, isso sim importa. – Vanessa deixa a xícara de chocolate no centro da sala – bom, obrigada por me ouvirem, agora eu preciso ir, é muita coisa pra digerir.

- Você não tá bem, fica e amanhã vamos juntas pra empresa, sei que anda com uma mala no carro, então...

- Não Nanny, eu preciso da minha casa, minha cama, eu prometo não cometer nenhuma loucura, e chegar bem, eu ligo avisando ok? E você não se preocupe – fala pra Sorocaba – eu não vou falar nada pro Luan, das fotos, porque isso indicaria que foi você, fica tranqüilo, e obrigada mais uma vez. Estou feliz pelos dois, cuida bem dela tá? – uma lágrima começava a se formar, enquanto pegava as chaves do carro e partia.

- Eu não devia deixar ela ir. – Nanny reclama.

- Vamos dar um crédito, depois vai passar eu espero.

Assim que chegou no apartamento Vanessa respirou fundo pra sua voz sair com o som que estava bem, ligou dizendo que tinha acabado de chegar e que ia dormir, mal trocou de roupa e deitou, com um peso enorme sob a cabeça por ter chorado, não estava preocupada com a gravidez da tal menina, realmente deveria ter sido só pra causar, mais porque Luan tinha mentido pra ela? A figura de seus braços sob a cintura daquela garota invadiam em cheio sua mente: - Apenas amigos, apenas amigos – repetia pra si mesma, Luan costumava ligar tarde da noite então resolve desligar o telefone, não estava bem o suficiente pra falar com ele, não agora. E fingindo estar tudo bem e depois de mais lágrimas derramadas adormeceu.

Acordou com dificuldade, seu rosto estava inchado das lágrimas, tomou banho e pesou na base pra disfarçar as marcas do choro, nem tomou café, só lembrou de ligar o celular quando chegou na empresa, indo direto pra sua sala. Nanny chega em seguida preocupada ela acabava de ligar o telefone que não parava de fazer barulho com as mensagens das ligações de Luan.

- Oi – dá meio sorriso – bom dia, tá melhor?

Ela só faz que sim com a cabeça.

- Quer falar alguma coisa? – insiste.

- Eu to bem – falava uma oitava mais baixo – o lance da gravidez pode ser mentira, tem tudo pra ser na verdade, só estou chateada porque ele mentiu pra mim, isso tá doendo aqui. – aponta pro peito.

- Não liga Vanessa, o Sorocaba me garantiu que não aconteceu nada lá, o Luan não pode te ver sempre, mais também tem que sair, se divertir, ele te namora e todo mundo sabe disso, desencana.

- Justamete lá não aconteceu nada enquanto estava em suas vistas, mais e depois? Olha eu não quero que esse sentimento de desconfiança me corroa, to lutando contra isso, mais tivesse falado a verdade poxa, custa? 

- O Luan pode ter esquecido, ele deve ter ido relaxar, fica tranqüila, mais você vai falar com ele sobre isso?

- Não, não posso tem o Sorocaba envolvido nisso, e não tenho certeza de nada.

- Então melhor esquecer ok? Nada aconteceu, isso é coisa da sua cabeça, fica calma.

- Vou tentar. – telefone toca  e ela fica olhando o visor.

- É ele? 

- Sim!

- Vou sair, nada conteceu tá Vanessa?  Esquece.

- Hum Rum. Alô?

- Vanessa! O que aconteceu com seu celular? – estava nervoso.

- Desculpa Luan, eu cheguei de viagem ontem, tava cansada. – tentava melhorar a voz.

- E eu louco pra falar com você, to morrendo de saudades amor. – se derrete todo.

- Eu também Luan – respira – to com saudades.

- Você tá bem? – percebe que ela estava diferente.

- Só um pouco de dor de cabeça, só isso, ou talvez acho que vou gripar, mais tá tudo bem. – mentia.

- Tem certeza?

- Hum rum.

- Mais eu tenho uma boa notícia pra te dar, eu to chegando no Rio amor! – diz todo eufórico.

- Sério? Que bom!

- Só isso? Estamos a mais de um mês sem se ver e você diz que bom? 

Vanessa percebe que teria que fingir mais e melhor : - Deixa de ser bobo amor, to mega feliz e louca pra te ver. – fala na mesma euforia, aliás tinha um pouco de verdade nisso tudo.

- Agora sim! Gostei, te vejo no nosso cantinho certo? Vou preparar uma surpresa.

- Tudo bem! Quero que o dia passe logo então, e vê o que cê vai aprontar hein Luan!

- Garanto que vou deixar seu apartamento inteiro. Te amo, muito, nunca duvide disso.

- Não, não duvido. Também...te amo. 

Não sabia se ficava feliz em vê-lo, ou triste em ter que enfrentá-lo cheia de dúvidas, teria que parecer normal, o que era quase impossível, ela era fácil demais de decifrar. Passou o resto do dia calada, tentou animar Nanny mais ela também percebia que não estava bem, quando menos quer enfrentar uma coisa mais as horas voam. Já era noite, Vanessa se arrastou por mais uma hora, Luan não ligou, talvez não queria apressá-la já que teriam uma surpresa.

Dirigia devagar demais, imaginando o que ele aprontava, até que a sensação do desconhecido tirou de sua mente todas as dúvidas, e procurou mentalizar que veria ele, com aquele sorriso lindo de parar o mundo a olhar pra ela, beijá-la e dizer eu te amo. 

Pensando dessa maneira, abriu a porta devagar, as luzes estavam apagadas e tinha velas espalhadas por toda a casa iluminando e traçando um caminho da porta até o “nosso cantinho”. – Ele realmente a surpreendia  - percebeu que a mesa estava arrumada. – Um Jantar? – Não importa, nada mais importava, segue o caminho de luzes até seu menino de sol.

A sacada também estava escura, mais era possível enchergar aquela figura em pé a sua espera, com o violão nos braços, começa a tocar enquanto ela fica parada ouvindo.

“ Não alimento amor, pelo telefone, isso é ilusão...

Não adianta falar de amor ao telefone, isso é ilusão...

Pra quê tanto telefonema, se o homem inventou o avião...

Pra você chegar mais rápido, ao meu coração...

Vou desligar, não me ligue mais, a obrigação da sua voz é estar aqui...

Vou desligar não me ligue mais, a obrigação da tua voz é estar aqui...

No ouvido do meu coração. No ouvido do meu coração.”

Impossível não se emocionar com aquela canção, e se encaixava muito na história dos dois, atendendo ao seu pedido, ela voa pros seus braços, escutando as batidas no seu peito. Pelo menos por aquelas horas não se permitiria pensar em mais nada, só nos dois.

- Estou aqui. – responde enquanto ele a afastava e olhava em seus olhos.

- Parabéns atrasado meu amor. – beija o alto de sua cabeça.

- Obrigada, amei, tudo.

- Você nem viu nada ainda. – ri.

- Tem mais? Por mim já estaria tudo perfeito.

- Primeiro isso – a beija demoradamente – e agora vem comigo lá dentro. – a puxa pelas mãos.

Acende apenas uma das luzes deixando o ambiente numa penumbra encantadora, mostra a mesa, tinha um jantar preparado para os dois, e uma garrafa de vinho.

- Nossa Luan – fala surpresa- que lindo. Eu amei!

- O Rober que me ajudou. 

- Não esquece de agradecer a ele também, mais você só veio pra fazer isso?

- Viria quantas vezes fosse preciso, eu fiz uma promessa lembra? Agora vamos jantar.

Luan puxa a cadeira pra ela e descobre os pratos, era algo feito com frutos do mar, que ele não conseguiu dizer o nome, Vanessa ria da sua expressão tentando lembrar, ela não conehcia o prato mais era uma delícia, conversam, toma vinho, tudo estava perfeito, e ela amava essas surpresas.

- Espera aqui tá? – levanta.

- Onde você vai?

Rápido demais Luan aparece com um embrulho vermelho nas mãos: - A aniversariante merece um presente. Parabéns meu amor. – a beija mais uma vez e aguarda ao seu lado enquanto abria.

- Nossa, em quantos papeis você pediu pra colocar? – tinha dificuldade em tirar o presente.

- Eu pedi pra moça embrulhar direito, é delicado e fui eu mesmo quem escolhi. – se orgulhava  - é pro nosso cantinho.

- É lindo. – Vanessa falava deslumbrada – era uma estatueta de cristal representando um casal apaixonados – vem, vamos colocar lá.

- Espera, não é só esse, tem mais. – entrega outra caixa.

- Mais? – o olha em dúvida.

- É, esse é o nosso presente, representando nós dois, no nosso cantinho e esse é o seu de fato.

Vanessa pega a caixa e abre, era um colar dourado com formas diferentes. – Não foi no Brasil suponho?

- Não, os dois eu comprei no Chile, a mulehr lá disse que aquela estátua trás sorte pro casal, vamos ver né? E esse colar, quero que use comigo, em alguma ocasião especial.

- Toma, coloca aqui em mim. – ele a olha sem entender pegando o colar-  estou aqui, com você, em uma ocasião especial. – sorri e coloca o colar satisfeito. – é pesado, mais é lindo.

- É de ouro. – ri.

- Luan! Deve ter sido caro.

- Não me diga que não gosta de presentes caros? Assim me ofende.

- Tá, tá bom, agora vem. Vamos colocar nossa estátua, no nosso cantinho. – sai puxando ele atravessando mais uma vez o caminho de luz.

Colocam em uma das pranchas mais baixas, perto da orquídea e do violão. – Ficou lindo.

- Ficou sim. – beijava seu pescoço por trás. – agora vem – a toma pelos braços – quero te mostrar uma coisa. Fecha os olhos tá bom?

- Hum rum. Já fechei. – sorri tapando com a mão.

- Não abre tá? Só quando eu mandar.

- Tá bom seu bobo! – ria da preocupação de Luan.

Ele a põe devagar no chão, seus pés descalços tocam em algo macio e reconehce o tapete do seu quarto – Pode abrir.

O quarto estava bem iluminado, com velas cor de rosa, sua cama estava repleta de pétalas de flores, tinha um incenso no canto que deixava o ambiente ainda mais romântico.

- Luan isso é...

- Xii – vira-se a olhando nos olhos e contornando seus lábios com o polegar – que tal me mostrar o que estar sentindo ao invés das palavras? – sorria em uma mistura de malícia e amor, vontade de tê-la em seus braços e sentir seu corpo, seus sentimentos transbordavam por seus olhos.

Vanessa não pensou duas vezes, começou a beijá-lo dessa vez prestando mais atenção em sua roupa, começou a tirar sua camisa branca a jogando no canto, passando as mãos sob seu peito nu causando leves arrepios em Luan que também a despia, sem parar um minuto de beijá-la.

As pétalas de rosas se misturavam com o suor dos seus corpos, dançavam no mesmo ritmo, misturando o seu suave perfume a essência de cada um. Dessa vez a lua não  podia espiar os dois como da úiltima vez, mais de alguma forma o céu comemorava, em forma de chuva.

CONTINUA...

Amores....

Será que Vanessa realmente esqueceu essas fotos?

Será que ela realmente confia no Luan?

Porque ele mentiu hein?

AGUARDEM próximos Post's

Enfim, quem não desejaria na face do Universo uma surpresa dessas?

Ah, deixa eu parabenizar a @semprecomvocelu que realizou o sonho dela

e conehceu o Luan ontem!! Parabéns linda..

Garanto que é o sonho de muitas meninas inclusive o meu....

E isso é um motivo a mais para continuarmos acreditando!!

@FanficUmaHdAmor @_Vanesssaa_

Paz&Bem