Capítulo 4 ( Parte 40)

- Bruna?!

 

- Até que enfim me atendeu Vanessa, me mata logo de uma vez, juro que era a ultima vez que eu tentava.

 

- Desculpa, mais você me entende não é? – enchuga o suor da testa e abana um pouco com uma das mãos.

 

- Não, mais tudo bem, como você está?

 

- Bem, eu acho. – não queria dar informações.

 

- O Luan não está aqui ok? Pode ficar tranqüila.

 

- Eu não pensei..

 

- Ah pensou sim, onde você está? – Silêncio – ok, pelo menos sei que está bem, aqui em casa tá todo mundo do seu lado, o pai a mãe, deram uma dura no Luan.

 

- Não precisava, mais obrigada. – agradece.

 

- Não precisa agradecer, é o certo a fazer, mais...você vai perdoar ele?

 

- Bruna, mal conversamos, melhor não conversamos e preciso de tempo eu não sei o que fazer ainda. – dizia confusa.

 

- Tudo bem, se cuida eu tenho que ir pro inglês agora, eu volto a ligar tá certo? E me atende por favor?

 

- Tá bom minha linda, eu atendo sim, pode ficar despreocupada, nada muda entre a gente certo?

 

- Tá bom, fica bem, até mais.

 

Se sentia exausta, caiu e sem se dar conta adormeceu mais uma vez, acordando horas depois, não sonhou, nem pensou em nada, o que a fez acordar com uma sensação de alívio e vazio ao mesmo tempo. Olha o relógio já era noite. – Como eu dormi – pensava. Levanta, tomando banho e já desce pronta pra saírem, estava com um vestido preto com brilhos a sua frente, cabelos soltos e salto vermelho. – Não deixou de pensar no sonho.

 

- Hey dorminhoca! – Richard ri.

 

- Oi. – sorri envergonhada.

 

- Mandei preparar algo pra você comer filha, vem. 

 

- Tudo bem, eu estou com fome. – admite.

 

- Eu não vou acompanhar, porque já comi. – ele ri – a comida da Maria é excelente.

 

Vanessa come tudo rápido demais, era uma sopa de abóbora que era uma das sua preferidas, tinha alguns pãezinhos a qual devorou todos.

 

- Filha, come devagar, vai te fazer mal, a quanto tempo você não come direito?

 

- Três semanas mais ou menos. – admite. – Bom, vou indo, a Iara deve estar nos esperando.

 

- Não bebe tá? – recomenda.

 

- Sou a motorista da vez. –ri. – a única coisa que irei fazer é queimar as calorias dançando – fala animada fazendo sua mãe feliz pela sua motivação, estava aparentemente bem.

 

Vanessa sai no carro de sua mãe, passam na casa de Iara e seguem pra balada, estava lotada, era um Dj dos EUA que animava a noite, sentou no bar e pediu um coquetel, pediu pra colocar o mínimo de champanhe possível, para a noite toda não faria mal. Se divertia vendo Richard dançar com Iara, eles pareciam se dar bem, bem demais até darem o seu primeiro beijo, o que fez Vanessa rir muito dele desengonçado olhando pra sua amiga na pista de dança. Pensava se ele era tímido, porque tão bonito e solteiro, parecia não saber chegar na garota, e precisou do seu empurrãozinho, acreditava que os dois dariam certo.

 

Enquanto Richard tinha essa dificuldade, outros eram diferentes.

 

- O que faz uma moça bonita sozinha na balada? – alguém se aproxima e senta ao seu lado, era moreno, alto, bem vestido e muito bonito. – Raul ao seu dispor. – beija sua mão.

 

- Então Raul, tecnicamente eu não estou sozinha, estou acompanhando meus amigos- aponta pros dois dançando na pista -  é, dando uma de culpido. – ri.

 

- E esse culpido tem nome?

 

- Vanessa.

 

- Não quer dançar? Tomar alguma coisa? – insiste.

 

- Olha, vou ser bem direta, eu to de boa sozinha, se quiser apenas – frisa bem essa palavra -  conversar, fique a vontade.

 

Raul era promotor de vendas, não saiu dali antes por educação, demorou um pouco, e logo estava dançando com outra garota aos beijos. – Idiotas – Vanessa sussurra. Levanta e resolve dançar ao lado dos amigos, já que estavam soltos pela pista.

 

- Oi pombinhos! – zua deles.

 

- Parando tá Vanessa? – Iara reclama.

 

- Falei alguma coisa errada? – tapa a boca se calando enquanto Richard ria.

 

- Já vi que tá melhor né? Tá até..tirando onda? – olha em dúvida – não é assim que vocês falam aqui?

 

As duas começam a rir do Richard, Vanessa se deixa levar pela música e por um momento esquece seus problemas, dança, pula, joga o cabelo, era como se estivesse livre de todo o peso que estava carregando, era somente ela e a música.

 

Mais algo a faz parar e por instinto põe a mão no ombro de Richard se apoiando, Iara logo se aproxima.

 

- Vanessa você tá bem? O que está acontecendo? – fala preocupada enquanto Richard a abraçava pela cintura.

 

- Eu to tonta. – fala com dificuldade.

 

- Você tá pálida, um fantasma porque branca já é. Vem vamos lá fora aqui tá quente. – tiram ela da pista.

 

Sentam em um banco que ficava de frente da boate, Richard segurava sua mão.: - Você tá fria.

 

- Eu to melhor, mais acho que vou vomitar. – corre pro meio da rua, Iara pega um lenço de papel em sua bolsa e entrega a amiga pra ela se secar.

 

- Você não tá legal.

 

- Vai passar Iara.

 

- Temos que ir no médico. Richard reclama.

 

- Médico não!

 

- Eu vou comprar uma água pra você, é rápido. – Iara corre pra dentro do local da festa.

 

- Vanessa, isso é sério, precisa procurar um médico, que doença é essa? Que vai e volta?

 

- Eu não sei, mais vai passar.

 

Iara volta com a água e ela toma toda de uma vez. – Não toma tão rápido Vanessa, você pode – tarde demais, quando Iara termina de falar ela já botava tudo pra fora.

 

- Inferno! – reclamava.

 

- Você está com seus documentos? 

 

- Richard eu não vou ao médico. – diz entredentes.

 

- Você vai sim! – Iara repete junto com ele. – Mal pode se sustentar, e o pior que nós bebemos, droga! – Richard reclama.

 

- Vou ligar pra Paula, é o jeito.

 

- Não Iara, a Paula não.

 

- Vanessa é a única solução, ela passa na sua casa, trás sua mãe que leva o carro e nós vamos todos juntos, não quero passar a noite na delegacia por dirigir alcoolizada ok?

 

Não tinha mais o que discutir, Iara liga pra irmã, que claro topou prontamente, pois estava se fazendo útil, e em minutos estavam lá, Vanessa bateu o pé, insistiu, mais não deram ouvidos, levaram pro hospital, sorte ou não, era o médico da família que estava de plantão, o César.

 

Richard a carregava pela cintura, ao verem ela arruma da começavam os rumores: - Mais um caso de bebida, olha pra isso? – Uma mulher passava pela recepção e comentava.

 

- Ela mal se sustenta em pé, tomou todas. – Outra falou ao ver trazerem a cadeira de rodas pra Vanessa, que ao ouvir o comentário olhou pra mulher e reclamou: - Eu não estou bêbada ok? Passei mal, só isso.

 

- Vanessa! – Mari reclama.

 

- Mãe, eu to doente e não morta pra me defender. – Richard, Iara e Paula riam da situação.

 

- Ora, ora, quanto tempo, ainda continua com medo de hospitais? – César comprimentava.

 

- Não posso fazer nada se as pessoas me obrigam a vir até aqui. – abaixa a cabeça um pouco tonta.

 

- Bom, vamos examinar essa minha antiga paciente birrenta?

 

- Desde que não tenha injeções, tá tudo perfeito.

 

César com a ajuda do enfermeiro que empurrava a cadeira de rodas levou ela até a sua sala.

 

- Examina seus batimentos, pede pra ela pôr a língua pra fora, vê sua temperatura, estava tudo ok, a olha estranho e depois ri, o que a incomoda - Bom, vou começar a fazer algumas perguntas.

 

- Comece o interrogatório. – zomba.

 

- A quanto tempo vem sentindo esses enjôos, mal estar?

 

- Ah três semanas, acho – pensa em falar dos remédios, ele era médico, tinha que dizer – eu tomei alguns antidepressivos, calmantes, não sei se foi alguma reação.

 

- Qual o nome deles? – Vanessa fala e ele faz cara de susto – você está proibida de tomar eles ok? São medicamentos muito fortes e pode piorar o seu estado.

 

- É grave então o que eu tenho? – se assusta.

 

César ri – Pedirei alguns exames pra confirmar minahs suspeitas, mais deixe eu continuar -  a quanto tempo mestruou?

 

Vanessa o olha esquisita, pra que ele queria saber? Começa a contar mentalmente, nesse momento ela deveria estar mestruada, mais como sempre atrasou, não se importou – Vinte dias .

 

- Humm..- balança a cabeça e ri. – Vou pedir pra que troque de roupa ok? Você vai vestir aquela bata azul, preciso te examinar mais um pouco. - Vanessa faz bico e tenta se levantar e não consegue – bom, vou mandar te darem um remédio pra aliviar essa sensação, e tirará um pouco de sangue, nos vemos daqui a 15min.

 

- Sangue?!

 

- É pra exames, não se preocupe.

 

Levam Vanessa até outra sala onde ela troca de roupa e toma o remédio,tiram uma ampola de snague a qual fez muita careta de dor, não sabia se era milagroso ou não, mais quando já se dirigiu pra sala de César já se sentia melhor.

 

Ela deita na cama e César pega o estetoscópio e posiciona no ouvido, ouve os batimentos de Vanessa e vai descendo até a barriga, para lá e presta atenção, Vanessa tinha uma mistura de tédio, e pressa na sua afce, mais fica intrigada quando César começa a rir.

 

- Tá o que é que eu tenho César, já estou me irritando.

 

- Meu Deus! – Ele ria – não se irrite pro favor, tudo que você fizer agora pode te fazer mal – ela o olha estranho – Nossa, ainda me lembro daquele menininha que eu atendia quando adolescente e veja só você! 

 

- E o que tem a ver minha infância com minha doença? – pergunta.

 

- Você realmente não suspeita do que tem?

 

- Não sou médica! – fala com descaso.

 

- Parabéns futura mamãe, daqui a alguns meses teremos uma criança pra alegrar a Mari e nossas vidas. – ele a abraçava enquanto ela estava inerte.

 

- Impossível, não pode ser! Você tá completamente equivocado.

 

Ele a olha estranho – Não Vanessa, assim você me ofende com anos de medicina eu sei muito bem o que vejo, confirmaremos no exame daqui a algumas horas, mais se minhas contas estievrem certas, você está com oito semanas.

 

- Oito semanas? – Zomba – Impossível, eu mestruei nesses ultimso meses.

 

- Normal, até o quarto, quinto mês ocorrer sangramentos, mais garanto que não foi como os dias normais, quantos dias passou mestruada.

 

Pensa e faz cara de desespero – Bom, normalmente passo, três, quatro dias, mais dessa última evz, foram apenas dois dias.

 

- Mais uma comprovação, e como está atrasada, garanto que não virá mais pelos próximos nove meses.

 

Aquilo não podia estar acontecendo, coloca as mãos tapando o rosto, grávida do Luan? Mais sempre se protegeram, sempre usaram preservativo, como pode ter acontecido? Conta mentalmente as úiltimas vezes que transaram, no seu apartamento usaram camisinha, na fazenda usaram, em Recife, no seu quarto da última vez que Luan esteve ali – Ai não!

 

- O que foi? Não está gostando da idéia?

 

- Eu não sei, foi um descuido e...

 

- E vai nascer um bebê lindo, isso eu garanto, torça pra que seja saudável minha querida.

 

- Eu não sei o que fazer – toca a barriga  era estranho e incrível a sensação de ter uma vida ali dentro.

- Vamos começar contando pra todo mundo que está te esperando lá fora?

 

Vanessa geme, como seria :- Oi tô grávida? -  Isso era absurdo, deveriam ter tomado as precauções naquela noite, empolgados em eu quarto Luan não lembrou de ir buscar seu preservativo em sua mala no outro quarto, Vanessa caminhava por aqueles corredores brancos como caminhava pra forca, estava sem chão, não se tratava apenas dela, mais tinha outro alguém entre eles que agora estavam separados e sem perspectiva de voltarem, uma nova vida dentro dela, que pelo que lembrava, foi feita em meio a muito amor, numa linda noite quente de verão e Luan cheia. Mais hoje esse cenário não mais existia.

 

 Medo, medo e mais medo se misturavam ao encarar sua mãe e seus amigos levantando anciosos. Não sabia como seria o futuro, no fundo acreditava que fosse um engano ou um sonho. – O sonho? – pensa na criança a chamando de mamãe e do instinto de proteção, tenta reunir forças pra dizer que estava grávida, do cara que amava, que sabia fazê-la feliz e numa atitude idiota a traiu. Os quatro logo eprcebem que tinha algo errado. Em uma contradição, a cara de César em felicidadee a sua nervosa e completamente perdida.

 

CONTINUA...

Eita amores! Como vai ser a reação de Mari hein? Será que Vanessa vai querer contar pro Luan? 

E agora como vai ser com um bebê? Aliás, será que Vanessa vai querer esse bebê?

Aguardem próximo capítulo.

Paz&Bem

Comentem!!

@FanficUmaHdAmor @_Vanesssaa_