Capítulo 4 ( Parte 27)

- Luan? Acorda! – Vanessa chamava próximo ao seu ouvido.

- Hã? Humm...

- Luan, abre o olho vai, temos que levantar – começava a saculejar seu corpo.

- Só mais cinco minutos. – levanta sua mão aberta indicando o tempo.

Luan estava deitado de bruços, coberto até a cintura, suas costas largas já bem definidas devido a malhação chamavam atenção de Vanessa, pele branca, cabelo bagunçado. – Lindo!

- Desculpa Luan mais vai ter que levantar! – puxa as cobertas que o envolviam, seu corpo reclama a ausência enquanto ele vira-se a fitando com dificuldade.

- Porque fez isso?

- Porque é hora de levantar, temos um lugar pra ir. – sorria.

- Ah não, é muito cedo – vira olhando o relógio de canto que marcava sete da manhã.

- Pra você ver quando me acorda como é, anda vai, temos que tomar café e pegar a estrada.

- Pegar a estrada? Aonde vamos? – puxa a coberta da cama e enrola-se pela cintura.

- É surpresa, mais vou ser boazinha, trouxe roupa de banho? É melhor levar uma. 

Vanessa já estava pronta, estava com um vestido soltinho em tom salmon que ficava lindo em sua pele, com uma sandália rasteira branca aguardava Luan, sem paciência, sabia que a demora toda não era no banho, ou escolhendo o que usar e sim arrumando o seu cabelo, num bagunçado perfeito que só ficava bem nele.

Luan aparece descendo as escadas, vestia bermuda azul escuro e camiseta branca, de óculos e boné sua expressão se misturava com cansaço e sono, muito sono.

- Bom dia! – abre a boca e sorri a beijando.

- Bom dia, desculpa te acordar, sei que está cansado mais garanto que vai gostar aonde vamos.

- Eu espero. – enchia um copo com suco de laranja.

Mari estava dormindo, Vanessa quem arrumou a mesa do café, comeram algumas frutas, pães, biscoitos, bolo e iogurte.

- Nossa, sabe a quanto tempo não tomo café direito?

- A muito suponho, porque você só deve almoçar pela hora que acorda.

- Bom vamos? Quero te trazer cedo pra casa.

Levantam-se e seguem pra garagem, Luan estava curioso com a idéia do lugar desconhecido, mais pegando a BR percebeu que ao lado só tinha muitos coqueiros e o mar.

- Vamos pra uma praia? 

- A quanto tempo não toma banho de mar?

- Muito. – admite.

- Bom, só 54Km separam você disso.

- Porque tão longe?

- Prefere ir pra uma praia cheia de turistas e dar muitos autógrafos?

- Não, isso não.

Silêncio. Luan observava a viagem, o verde dos coqueiros e suas folhas a dançarem junto com o vento, o sol brilhava ao céu num amarelo intenso, ele gostava muito disso, sol, praia e mar, na maioria das viagens de férias de sua família sempre iam pro litoral, e vendo algumas fotos em sua casa, Vanessa resolveu privilegiá-lo com isso, iriam para praia de Itamaracá que fica na região metropolitana de Recife, a exatos 54km da cidade.

Era muito visitada, mais o amigo de Vanessa de tempos da faculdade tem uma casa numa parte reservada da praia, ao qual ela pediu e ele cedeu prontamente.

- Bem vindo a Itamaracá.

- O mar tá lindo, como conseguiu isso?

- Com a ajuda de um amigo, essa casa é dele. – aponta enquanto descem do carro.

- Uau!

- Podemos nos trocar lá dentro, guardar nossas coisas e aproveitar o mar.

- Desculpa mais farei isso depois.

Quando Vanessa vê Luan tirava sua bermuda e jogava sua camisa ao chão junto com os óculos e o boné, ficando divinamente lindo apenas de sunga vermelha e correndo pro mar. Vanessa ria de sua euforia, jogando seu vestido fora também e o acompahando.

Luan já estava no mar, seu cabelo antes espetado agora caia-lhe pelo rosto enquanto as ondas quebravam em suas costas.

- Vem amor, a água tá ótima – limpava o rosto tirando o excesso da água.

- Tá fria Luan. – toca com a ponta dos dedos.

- Ah não acredito nisso. – começava a sair da água em sua direção com um leve sorriso no rosto.

- Ah não Luan, depois eu entro ok? – na medida que ele se aproximava ela dava passos para trás.

- Você vai entrar comigo!

- Não, não não!! – corre em direção a casa mais Luan é mais rápido e a abraça por trás, seu corpo molhado causou arrepios com o atrito junto ao seu, e num movimento rápido demais a pegou em seus braços e levou até o mar a soltando devagar deixando-a de frente pra ele.

- Nada mal pra quem tava reclamando da temperatura da água.  – a mantem bem próxima do seu corpo.

- Você é quente, meu menino de sol.

Enquanto se beijavam, misturando-se ao sabor do beijo o sal da água, as ondas quebravam sobre seus corpos, Luan parecia criança, mergulhando e saindo logoa frente, quebrando ondas, jogando água em Vanessa que outras vezes ficavam parados admirando a imensidão do mar azul, ela sob suas costas, beijava sua nuca causando arrepios e sensações que faziam com que Luan sempre procura-se sua boca..

Desenharam um coração na areia com seus nomes e observaram o mar vindo buscar aqueles dizeres e os levando para sua profundesa: “ Luan e Vanessa, amor eterno”.

Correram, caíram na areia, voltaram para o mar, deitaram em uma rede na varanda da casa e ficaram em silêncio, apenas sentindo a respiração um do outro se misturando ao som das ondas. 

- Obrigado por isso.

- Você gostou? – o olha em dúvida.

- Muito. – beija o alto da sua cabeça. – como advinhou que eu gostava de mar, praia?

- As fotos de férias com sua família, vocês iam muito pro litoral.

- Você sabe muito de mim então.

- Não, não sei, procuro aprender mais a cada dia e confesso que sempre me surpreendo. Temos que voltar. – fala triste.

- É uma pena, mais um dia teremos um cantinho assim só pra nós, nossos filhos, e os amigos. Iremos construir castelos de areia juntos e ver as ondas levarem, ensinar as crianças a jogarem bola e correr junto com eles. – Luan falava em tom protetor, familiar, como que aquilo fosse um dos seus maiores desejos, lembrava muito seu pai, ele queria construir uma família e cuidar dela.

- Promete?

- O que?

- Que teremos tudo isso?

- Se você ficar comigo é lógico que teremos.

- Não existe motivos pra não ficar com você, teremos a vida toda.

Passava do meio dia, no caminho tinha um restaurante de frutos do mar, não estava muito cheio, e estavam famintos era necessário parar, Luan com seu boné e óculos infalíveis passou despercebido. Comeram, conversaram um pouco na parte mais reservada do restaurante e seguiram viagem de volta.

Tinham tido uma manhã perfeita, e ainda teriam a tarde que aproveitariam na piscina, curtiriam mais a casa, mais a Mari até irem embora a noite. Viajariam juntos no bicuço, passariam no Rio e depois seguiria pra Londrina, Luan ficaria dis dias com sua família.

- Ué, o carro da Iara por aqui? – Vanessa falava enquanto o portão abria.

- Será que ela veio com o Guilherme?

- Não sei, mais iremos logo descobrir. – descem e vão em direção a entrada.

Mari esperava na porta, sua expressão não era nada boa, Vanessa e Luan s eolham pensando na mesma coisa e se aproximam.

- Vocês tem visita.

- É a Iara que está aí? Aconteceu alguma coisa com a Miriam? Com o Guilherme? – Vanessa falava preocupada enquanto Luan dava sua mão como apoio.

- É melhor verem com seus próprios olhos. 

Entram seguindo Mari, sua voz não era nada boa, mais lá estava sentada no sofá da sala, com as mãos unidas junto a cabeça baixa, impossível de não reconhecer aquela figura.

A mão de Luan começou a suar junto com a de Vanessa, o que ela queria ali? O que pretendia fazer? Como depois d etanto tempo aparece assim? 

Paula levanta a cabeça observando a strês figuras a lhe olharem e dá um meio sorriso levantando-se em seguida, começava a falar.

CONTINUA...

E agora hein meninas?

Não vou me demorar, apenas imaginem o que pode acontecer.

Hahaha...

Paz&Bem